Sofrimento psicológico em cuidadores informais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruno, Castro
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ana , Lopez, Dias, S, Xavier, M
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/116493
Resumo: Introdução: O aumento da esperança de vida à nascença, conjuntamente com a diminuição da natalidade, traduz-se no envelhecimento da população e numa sobrecarga nos serviços de saúde. Uma parte considerável de cuidados de saúde é prestada por cuidadores informais e este estudo tem como objetivo avaliar o grau de sofrimento psicológico associado ao ato de cuidar. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal constituído por 131 cuidadores informais (101 cuidadores a tempo inteiro e 30 a tempo parcial). Foram recolhidos dados sociodemográficos e aplicadas escalas para aferir sofrimento psicológico e a sobrecarga do cuidador. Resultados: Foi encontrada uma maior proporção de cuidadores informais do sexo feminino, com níveis de escolaridade baixos. O consumo de psicofármacos foi superior em indivíduos com sofrimento psicológico. Uma maior proporção de indivíduos do grupo com sofrimento psicológico era de cuidadores a tempo parcial. Conclusão: Os dois grupos em estudo não mostraram diferenças significativas no que toca às variáveis sociodemográficas. No entanto, comprovou-se que os cuidadores informais a tempo parcial têm uma probabilidade superior de apresentar sofrimento psicológico, assim como os que têm pontuações mais altas no score de Zarit. Este estudo e as questões por ele levantadas podem servir de base para outras investigações mais aprofundadas ao nível dos cuidados informais e os custos diretos e indiretos a eles associados. Introduction: The increase in average life expectancy, associated with the decrease in birth rates, led to an aging population with an overburden of health services. A large proportion of health care is provided by informal caregivers and this study aims to assess the degree of psychological distress associated with caring .Material and methods: An observational, cross-sectional study was carried out with 131 informal caregivers (101 full-time and 30 part-time caregivers). Sociodemographic data were collected, and scales were applied to assess psychological distress and caregiver burden. Results: There was a higher proportion of informal female caregivers, with low levels of schooling. The consumption of psychotropic drugs was higher in individuals with psychological distress. The biggest proportion of individuals in the group with psychological distress were part-time caregivers. Conclusion: The two groups in this study did not show significant differences regarding sociodemographic variables. However, this study has shown that informal part-time caregivers are more likely to experience psychological distress, as are those with higher scores on the Zarit scale. This study and the questions created by it can serve as a basis for further investigations about informal care, as well as the direct and indirect costs associated with them.
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