Repercussões materno-fetais da obesidade e excesso de peso

• Autor(a) principal: Lopes, Pedro Miguel de Almeida
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/135623
• topic: Obesidade; Excesso de peso; Complicações na gravidez; Macrossomia neonatal; Tipo de parto; Obesity; Overweight; Pregnancy complications; Neonatal macrosomia;; Mode of delivery; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

RESUMO - Introdução: Ao longo das últimas décadas, o excesso de peso e obesidade têm aumento sem demonstrar sinais de abrandamento. Para além de serem um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças não transmissíveis, estes estados podem provocar complicações adicionais em mulheres grávidas e, consequentemente, nos seus filhos. Na verdade, a maioria das crianças com elevados valores de IMC, mantê-lo-ão na vida adulta, criando-se assim um perigoso ciclo vicioso. Objetivo: O principal objetivo deste trabalho é avaliar a prevalência de obesidade e excesso de peso maternos e analisar a associação com as complicações na gravidez, os diferentes tipos de parto e a macrossomia neonatal, na área de influência do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga, no ano de 2018. Material e Métodos: Foi conduzido um estudo observacional, transversal, analítico. A população estudada englobou as mulheres grávidas de um feto em 2018, vigiadas em Unidades Funcionais do ACES Baixo Vouga, com registo de peso e altura e que não tenham realizado interrupção voluntária da gravidez. Resultados: Entre as 2020 participantes, a prevalência de excesso de peso/obesidade foi de 41,9%. O excesso de peso/obesidade pré-gestacional foi identificado como preditor significativo do desenvolvimento de complicações, especialmente diabetes gestacional, da ocorrência de macrossomia neonatal e do recurso a parto por cesariana. Conclusão: A elevada prevalência de excesso de peso/obesidade pré-gestacional, foi associada a um aumento da morbilidade materno-fetal. Contudo, estes estados são preveníveis e tratáveis, sendo importante o desenvolvimento de políticas para travar este reconhecido problema de Saúde Pública.