Equipas de Intervenção em Crise (EIC) na Redução dos Internamentos em Psiquiatria

• Autor(a) principal: Freitas, Nuno Miguel Fonseca
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=cNsMu8Et
• topic: Psychiatric Admission; Reduction Admission; Crisis Intervention Teams; Crisis Resolution Teams; Home-Based Crisis services; Home treatment teams; Out - Of - Hours Services; Rapid Response Services; Psychiatric Emergency Services.

O tratamento em contexto comunitário e a redução dos internamentos, já estão previstos pela Lei de Saúde Mental em Portugal, desde 1998. Na realidade atual, porém, existem poucas alternativas aos internamentos em situações agudas de doença psiquiátrica. Neste contexto, e através de uma pesquisa bibliográfica sistematizada, o presente trabalho pretendeu responder à seguinte Questão de Investigação: Qual a evidência científica acerca dos efeitos das equipas de intervenção em crise (EIC) na redução dos internamentos de pessoas com doença mental? Foram identificados 5 artigos na PubMed, referentes ao trabalho das Equipas de Resolução de Crise na Inglaterra e na Noruega. Face à evidência disponível acerca dos resultados de investigação, as equipas de intervenção/resolução de crise - multidisciplinares, com predomínio de enfermeiros especialistas, disponibilidade nalgumas equipas 24 horas por dia, fazendo o acompanhamento e o tratamento intensivo no domicílio de pessoas que, de outra forma, precisariam de ser internadas - reduziram claramente os internamentos, com maior satisfação dos utentes com os serviços, para além dos ganhos na qualidade e relação custo-benefício dos cuidados. Este trabalho procurou também responder a uma outra Questão de Investigação: Qual a viabilidade da criação e implementação de uma EIC no contexto dos serviços de saúde mental no distrito de Coimbra? Através da análise SWAT proposta nas entrevistas a diversas pessoas-chave, conclui-se que essa viabilidade passará pela alteração das políticas de saúde e criação de incentivos, uma vez que o regime atual privilegia o internamento hospitalar em vez do acompanhamento na comunidade.