A sugestionabilidade infantil: construção de um instrumento de avaliação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/21208 |
Resumo: | Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça) |
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A sugestionabilidade infantil: construção de um instrumento de avaliaçãoSugestionabilidade infantilFalsas memóriasTestemunho infantilIdade cronológicaDesejabilidade socialChild suggestibilityFalse memoriesChild testimonyChronological ageSocial desirability159.962.7159.922.7Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça)A última década tem sido marcada pelo crescente interesse na avaliação da credibilidade de testemunho. Isto deve-se ao facto das recentes evoluções na área de investigação das falsas memórias, isto é, o modo como as nossas memórias para acontecimentos são ditorcidas. Neste sentido, desde os finais do século XX, temos assistido à evolução da investigação da sugestionabilidade infantil. O interesse pelo estudo da sugestionabilidade infantil surge pelo aumento dos testemunhos infantis em contexto forense/tribunal. Estes estudos têm como principais objectivos a compreensão do fenómeno em si, bem como dos factores que o influenciam. A maior controvérsia em torno da sugestionabilidade infantil diz respeito à sua relação com a idade cronológica, sendo os resultados alcançados controversos. Enquanto alguns autores defendem que as crianças mais novas são mais sugestionáveis do que crianças mais velhas (Cunha, 2010; Gudjonsson, 1997), outros argumentam que as crianças são menos sugestionáveis do que os adultos (Goodman, Batterman-Faunce & Kenney, 1992). No entanto, outros factores têm sido tomados em conta para a compreensão da sugestionabilidade infantil, nomeadamente características individuais (memória e desejabilidade social). Sendo que os testemunhos infantis têm adquirido uma crescente importância, este estudo tem como principal objectivo a compreensão de alguns dos aspectos referidos, numa amostra de três grupos de crianças: 5/6 anos, 8/9 anos e 10/11 anos. Para tal, procedemos à construção de uma escala de avaliação da sugestionabilidade infantil, baseada na GSS (Gudjonsson, 1997), avaliando também algumas características individuais como a memória. Os resultados obtidos revelam que as crianças mais novas apresentam piores resultados nas medidas de evocação do que as crianças mais velhas, ao mesmo tempo que demonstram ser mais sugestionáveis, revelando que estas duas variáveis não estão relacionadas. O mesmo é comprovado pelo número superior de confabulações produzidas pelas crianças mais velhas. Quanto à desejabilidade social, percebemos que esta deve ser tida em conta na avaliação da sugestionabilidade infantil, uma vez que a influencia. O presente estudo conclui assim que alguns factores devem ser alvo de especial atenção num interrogatório, nomeadamente o uso de questões sugestivas, o viés e expectativas do investigador, bem como o processo confabulatório, nomeadamente as distorções produzidas.The last decade has been marked by the growing interest in assessing the credibility of testimony. This is due to recent developments in the research field of false memories, that is, how memories for events are distorted. In this sense, since the end of the XX century, we have seen an evolution on research of children’s suggestibility. The interest in the study of child suggestibility emerges a consequence of the increasing amount of children that testifies in forensic/law-court context. These studies have as main goal the understanding of the phenomenon itself, as well as the factors that influence it. The biggest controversy around child suggestibility relates with chronological age. While some authors argue that younger children are more suggestible than older ones (Cunha, 2010; Gudjonsson, 1997), others argue that children are less suggestible than adults (Goodman, Batterman- Faunce, & Kenney, 1992). However, other factors have been taken into account for understanding child suggestibility, including individual characteristics (such as memory and social desirability). Because children’s testimonies have acquired an increased importance, this study has a main objective the understanding of some of these aspects within three groups of children: 5/6 years-old, 8/9 years-old and 10/11 years-old. For this, we adapted a scale to assess child suggestibility, based on the GSS (Gudjonsson, 1997), also evaluating some individual characteristics such as memory. The results show that younger children have worse results on recall measures than older children at the same time they showed to be more suggestible, revealing that these two variables are uncorrelated. The same is evidenced by the higher number of confabulations produced by older children. As for a social desirability, we perceived that it must be taken into account when assessing child suggestibility, once it influences it. We conclude that particular attention should be given to some variables present on interrogation, including the use of suggestive questions, biases and researcher’s expectations, as well as the confabulation processes, including memory distortions.Albuquerque, Pedro BarbasUniversidade do MinhoSaraiva, Magda Catarina Gomes20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/21208porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:38:07Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/21208Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:34:30.448181Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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