Os Institutos de Surdos dos séculos XVIII e XIX: Centros de Língua Gestual e Cultura Surda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Paulo Vaz de
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Carmo, Helena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.34632/diffractions.2023.12342
Resumo: A educação pública de surdos a nível mundial surgiu e estruturou-se nos Institutos de surdos dos séculos XVIII e XIX, hoje na sua maioria encerrados. Na atualidade, estes institutos são vistos como anacrónicos e segregadores à luz das teorias da educação inclusiva. Paradoxalmente, quando analisamos a História da Educação de Surdos muitos autores apontam a educação de surdos no referido período como a “Idade de Ouro” deste ramo da educação (Lane 1992; Cantin 2018; Delaporte 2002; Carvalho 2007). O presente artigo tem como objetivo olhar para estes antigos institutos como centros vivos e dinâmicos de desenvolvimento das línguas gestuais que eram transmitidas de geração em geração entre alunos, professores e funcionários Surdos. Por não ser separável língua de cultura, demonstraremos como estes institutos eram também centros de génese, estruturação e divulgação da Cultura Surda. A nossa análise será focada em três Institutos dos séculos XVIII e XIX, o Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris, o Instituto Público de Surdos-Mudos e Cegos de Manilla em Estocolmo e o Real Instituto de Surdos-Mudos e Cegos de Lisboa, abrangendo um recorte temporal entre 1760 e 1834 e baseada em fontes primárias cotejadas nas bibliotecas e arquivos nacionais dos três países.
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