A Língua Gestual Portuguesa como primeira língua da criança surda
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/1945 |
Resumo: | Hoje em dia a realidade das nossas escolas com crianças surdas é que estas se situam na generalidade aquém dos alunos ouvintes, cujas competências académicas são na grande maioria acima da dos alunos surdos. Neste trabalho vamos tentar perceber se esse facto está relacionado com o acesso tardio à Língua Gestual ou se se relaciona com a forma não natural como é ensinada esta língua. Outra das razões desta diferença nos resultados destas crianças resulta da dificuldade das famílias comunicarem com as suas crianças surdas e destas comunicarem com os seus pares ouvintes e com adultos no contexto escolar, por não poderem partilhar de um mesmo código linguístico. Esta preocupação resultou neste trabalho, com o tema “A Língua Gestual como primeira língua da criança surda” considerando que a idade com que estas crianças iniciam a aprendizagem da Língua Gestual (doravante LG) é muito importante e está relacionada com o seu processo comunicativo e, com as aprendizagens decorrente no meio escolar. Assim, a finalidade deste estudo é a análise da comunicação das crianças surdas, e em como é essencial o ensino primordial da língua gestual e que esta seja aprendida o mais precocemente possível. É também de realçar e destacar dos demais intervenientes na educação da criança a importância do envolvimento dos pais e dos familiares mais próximos nos processos de aprendizagem da língua gestual. No presente trabalho, procedemos a um estudo com observações diretas e participantes a um sujeito surdo no seu contexto escolar e familiar analisando, assim, a comunicação deste para com a família e vice-versa. Examinando ainda a reação deste com os seus pares ouvintes aquando a aprendizagem destes da LG e dos docentes envolvidos no processo. Foram ainda construídos dois inquéritos, para completar o estudo e serem comparadas realidades, dado que as observações diretas foram realizadas a um só sujeito. De forma a poder também analisar e caracterizar a comunicação dos adultos que trabalham com estas crianças e, descrevendo também, como os adultos surdos se sentem / sentiam na comunicação enquanto crianças surdas com adultos e familiares ouvintes. Os dois inquéritos foram preenchidos um por professores ou técnicos que trabalhem com crianças surdas e outro para por adolescentes e adultos surdos. Os resultados obtidos apontam para um acesso tardio à LG que será a primeira língua dos sujeitos surdos e, a uma comunicação disfuncional entre adultos no âmbito escolar e as crianças surdas. Este défice comunicacional é também comprovado entre familiares diretos dos sujeitos surdos, ficando a criança com um atraso comunicacional, nas aprendizagens e na socialização. Desta forma, defendemos, na educação das crianças surdas, a importância da precocidade na identificação da surdez e na implementação da aprendizagem da LG o mais cedo possível. |
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