Células estaminais do cancro do endométrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Daniela Nobre Sarmento dos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/22663
Resumo: O cancro do endométrio é uma das patologias malignas mais comuns no mundo sendo a sétima causa de morte no sexo feminino na Europa Ocidental. A existência de populações celulares com propriedades de células estaminais que são resistentes às terapias convencionais, como por exemplo a quimioterapia, representam um problema para a cura deste tipo de cancro. O objectivo deste estudo foi isolar e identificar células com propriedades de células estaminais do cancro do endométrio, avaliar a sua importância na resposta à quimioterapia, no metabolismo glicolítico tumoral e potencial replicativo com 18F-FDG e 18F-FCHO, respectivamente, e finalmente determinar o seu comportamento in vivo. Neste trabalho submeteu-se a linha de adenocarcinoma do endométrio ECC-1 ao protocolo de formação de esferas. Tendo sido, posteriormente, o seu fenótipo caracterizado por citometria de fluxo e confirmando o seu potencial tumorigénico in vivo. A citotoxicidade da carboplatina, da ciclofosfamida, do paclitaxel e da doxorrubicina foram avaliadas, bem como a expressão da proteína p53 por western blot. Realizaram-se ainda estudos de captação com 18F-FDG e 18F-FCHO. Desenvolveu-se um modelo animal ortotópico, em que se injectaram células ECC-1 e ECC-1-G3 na trompa de Ratos RNU’s com aproximadamente 10 semanas de vida. A linha celular estudada forma esferas e as células ECC-1-G3 têm potencial tumorigénico, assim como a linha basal, ECC-1. Relativamente ao fenótipo avaliado por citometria de fluxo pode dizer-se que o fenótipo descrito na literatura como identificador destas células, CD44+/CD24-, nem sempre se verifica havendo uma propensão para ambos serem positivos. Nos estudos de citotoxicidade, verificou-se uma resposta diferencial entre os vários fármacos testados na linha ECC-1. A doxorrubicina foi o único fármaco testado nas linhas ECC-1, ECC-1-G3 e ECC-1-ES3 e a resposta a este nas 3 populações celulares apresenta diferenças interessantes, principalmente às 72 horas. A expressão de p53 mostrou-se diferencial para as XII populações celulares ECC-1, ECC-1-ES3 e ECC-1-G3, sendo maior em G3 e menor em ES3. O metabolismo glicolítico foi avaliado nestas células tendo-se verificado baixos coeficientes de captação. Já os estudos de captação efectuados com 18F-FCHO, ainda que preliminares, revelam uma maior predominância nas células ECC-1-G3. No que respeita ao modelo animal, verificou-se que o modelo proposto, ainda que preliminar, funciona, tendo-se obtido tumor no endométrio com alguma invasão pélvica e do peritoneu. Para os dois modelos in vivo, analisaram-se ainda as células tumorais por citometria de fluxo, tendo em vista verificar a presença de marcadores descritos como stem, e verificou-se uma maior positividade para os tumores de ECC-1-G3 em relação aos de ECC-1. Este projecto visou comparar a linha basal, ECC-1, com as populações de esferas que dela provêm, tendo-se provado uma resposta diferencial in vitro e in vivo. Considera-se que os resultados obtidos conduzem ao início de uma linha de investigação que poderá ter bastante impacto num futuro próximo na melhor avaliação do prognóstico e na definição de protocolos tratamento do cancro do endométrio mais orientados em termos de expressão molecular
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