Processos dialógicos de auto-organização e mudança: um estudo microgenético

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Carla Alexandra Castro
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/7261
Resumo: Dissertação de Mestrado em Psicologia - Área de Conhecimento em Psicologia Clínica
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spelling Processos dialógicos de auto-organização e mudança: um estudo microgenético159.97Dissertação de Mestrado em Psicologia - Área de Conhecimento em Psicologia ClínicaA preocupação de alguns autores com os diversos problemas conceptuais, epistemológicos e ontológicos colocados à Psicologia actual, conduziu à procura de novas soluções teóricas para os desafios da ciência psicológica. Neste âmbito encontramos o Dialogismo, um movimento de contornos irregulares e com ramificações nas mais diversas escolas de pensamento que tem vindo a ser recentemente utilizado para repensar a Psicologia e o Ser Humano. O dialogismo parte da metáfora do diálogo para conceber o ser humano (e os fenómenos humanos) como processos e produtos relacionais e comunicacionais, assumindo que a existência humana é sempre uma existência relacional. A subjectividade é instituída pela partilha e diferenciação com o Outro, que permite a emergência e a experiência de um Eu. Um dos melhores exemplos da aplicação do dialogismo à Psicologia encontra-se na Teoria do Self Dialógico, desenvolvida nas últimas décadas por Hermans e colaboradores (e.g. Hermans, Kempen & van Loon, 1992). Neste enquadramento, o self surge como processo e produto dialógico resultante de uma polifonia de Posições do Eu, cada uma expressando uma determinada narrativa identitária, a partir da sua perspectiva e de um posicionamento específico de existência. O indivíduo surge, assim, como um autor poliposicionado, constituído por múltiplas vozes em diálogo, apresentando e contrapondo diferentes versões da realidade. No entanto, segundo alguns autores (cf. Valsiner, 2004a), a questão crucial do self dialógico não será a reiteração da multiplicidade do self, mas sim a tentativa de descrever como a estabilidade identitária é atingida de uma forma dinâmica e relacional. Este estudo procura atingir uma descrição desenvolvimental dos processos dialógicos de auto-organização e mudança, procurando contribuir para a resposta a velhos dilemas no questionamento filosófico e psicológico: Como mudamos? Como permanecemos os mesmos? Com este intuito, foi desenvolvida de raiz uma metodologia de Análise Microgenética Dialógico-Discursiva e foram realizados quatro estudos de casos. Os resultados obtidos permitiram discernir diferentes trajectórias desenvolvimentais e padrões de auto-organização específicos ao longo da Entrevista Posições de Identidade, concebida para facilitar a mudança pessoal e adaptada para este estudo.Some concerns with several conceptual, epistemological and ontological problems that science faces at this time of historical development has lead to the search of new theoretical solutions for the specific challenges facing psychological enquiry. In this position we find Dialogism, a movement with ramifications in several schools of thought that has been recently used to rethink Psychology and the Human Being. Dialogism departs from dialogue as the metaphor to conceive human beings (and human phenomena) as relational and communicational processes and products, assuming that human existence is always a relational existence. Subjectivity is, then, constituted by sharedness and differentiation with an Other, that allows for the emergence and the experience of an I. One of the best examples of dialogism applied to the psychological field is the Dialogical Self Theory, developed in the last decades by Hermans and his collaborators (e.g. Hermans, Kempen & van Loon, 1992). In this framework, the self is conceived of as a dialogical process and product, resulting from a polyphony of I-positions, each expressing its own voice and self-narrative from a specific point of view and spatial positioning in the landscape of the mind. Hence, the individual appears as a polipositioned author, expressing several voices in dialogue, presenting and contrasting different versions of reality. Some authors (cf. Valsiner, 2004a), however, state that the crucial feature of the dialogical self is not the reiteration of the multiplicity of the self, but the attempt to describe how stability is attained and maintained through relational dynamics between voices. This study tries to achieve a developmental description of change and organization processes of the dialogical self, attempting to contribute to solve the old dilemmas in psychological and philosophical questioning: How do we change? How do we remain the same? With this aim, a specific methodology was developed – The Dialogic-Discursive Microgenetic Analysis – and four case-studies have been investigated. The results show different developmental trajectories and specific selforganization patterns along the Identity Positions Interview, conceived to facilitate personal change and adapted to this study.Gonçalves, Miguel M.Universidade do MinhoCunha, Carla Alexandra Castro2007-07-092007-07-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/7261porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:05:21Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/7261Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:55:45.832093Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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