Singularidades de género nas representações de vinculação durante o período pré-escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Joana
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Veríssimo, Manuela, Ferreira, Bruno, Silva, Filipa, Antunes, Marta
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/7813
Resumo: Visando identificar diferenças individuais no modo como as crianças encenam uma variedade de situaçõesrelacionadas com a vinculação, o Attachment Story Completion Task-ASCT (Bretherton. Ridgeway, &Cassidy, 1990) tem sido utilizado em diferentes culturas, tanto com amostras clínicas como normativas,sendo uma das metodologias de narrativas mais utilizadas durante o período pré-escolar. Todavia, umponto problemático da sua utilização prende-se com o facto de alguns estudos reportarem especificidadesao nível dos perfis narrativos evidenciados por meninos e meninas o que, do ponto de vista da Teoria daVinculação, não seria de esperar. O ASCT foi aplicado a 252 crianças em idade pré-escolar (M=62; DP=15,1) tendo as narrativas sido analisadas através de uma escala contínua de segurança. Não foi encontradanenhuma relação significativa entre a segurança das narrativas e o Q.I. verbal dos participantes. Nasrespostas ao ASCT verificou-se uma diferença em função do género [F(1, 253)=11,8, p<0,01], com ashistórias produzidas pelas raparigas, em média, a receberem pontuações mais elevadas na dimensãosegurança. Várias hipóteses teóricas são exploradas para explicar os perfis encontrados e, partindo daideia avançada por Oppenheim (1997) de que a aplicação deste tipo de metodologias representa umasituação indutora de ansiedade para a criança, é dado destaque à tese evolutiva proposta por Taylor et al.(2000) que afirma existir divergências ao nível das estratégias de regulação emocional tendencialmenteadoptadas pelos dois sexos em situações de stress e de conforto interpessoal.
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