Avaliação do efeito de extratos de própolis português contra agentes fitopatogénicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Passão, Catarina Isabel Azevedo Pereira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1822/80595
Resumo: Dissertação de mestrado em Biologia Molecular, Biotecnologia e Bioempreendedorismo em Plantas
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spelling Avaliação do efeito de extratos de própolis português contra agentes fitopatogénicosEvaluation of the effect of Portuguese propolis extracts against phytopathogenic agentsAtividade antimicrobianaAtividade antioxidanteAtividade fitotóxicaBiopesticidasPrópolisAntimicrobial activityAntioxidant activityBiological pesticidesPhytotoxic activityCiências Naturais::Ciências BiológicasDissertação de mestrado em Biologia Molecular, Biotecnologia e Bioempreendedorismo em PlantasO própolis é um produto natural resinoso elaborado por abelhas, maioritariamente da espécie Apis mellifera L., a partir de exsudados vegetais. Com uma composição química muito diversa, que inclui numerosos compostos fenólicos bioativos, poderá constituir uma alternativa promissora aos pesticidas sintéticos que acarretam sérios riscos para o meio ambiente e a saúde humana. A nível nacional, apesar da crescente procura por diversas indústrias, o própolis é um produto apícola ainda frequentemente subvalorizado pelos apicultores. O própolis português que tem sido estudado pelo nosso grupo de investigação exibe propriedades antimicrobianas, antioxidantes e fitotóxicas. Contudo, o estudo de amostras provenientes do sul do país e o potencial de própolis contra agentes fitopatogénicos são abordagens ainda muito recentes, sendo ambas objeto deste trabalho. Prepararam-se extratos etanólicos de sete amostras de própolis recolhidas em 2016 no Baixo Alentejo, a escalas distintas: a micro-extração (miEEs: A16.miEE, GZ16.miEE, MA16.miEE, VCs16.miEE, VCm16.miEE, VF16.miEE e VP16.miEE) para rastreio da atividade antimicrobiana dos miEEs contra um painel de bactérias e leveduras fitopatogénicas; e a macro-extração da amostra com maior potencial antimicrobiano (A16.EE) para determinação da sua composição química, atividade antiradicalar, fitotóxica e antifúngica contra fungos filamentosos fitopatogénicos, com vista à aplicação de própolis português, nomeadamente do Alentejo, em formulações de pesticidas biológicos. A micro-extração etanólica, assistida por ultrassons, demonstrou ser uma alternativa à macro-extração, principalmente útil em fases de rastreio de amostras. Em termos de atividade antimicrobiana, os miEEs, no geral, foram mais ativos contra as bactérias Bacillus subtilis e Pseudomonas savastanoi pv. savastanoi (100 ≤ MIC ≤ 500 μg/mL) do que contra as leveduras testadas (estirpes de Cryptococcus neoformans, C. gattii e Saccharomyces cerevisiae; MIC ≥ 500 μg/mL). O teor em compostos fenólicos totais (89,58 ± 3,49 mg EAG/g extrato) e atividade antiradicalar (EC50 = 33,5 ± 0,83 μg/mL) determinada pelo método DPPH, estão em linha com os valores reportados para própolis português do tipo incomum, no qual A16 possivelmente se enquadra. A16.EE (500 a 2000 μg/mL) inibiu o crescimento micelial das cinco espécies de fungos filamentosos, sendo Phytophthora cinnamomi e Biscogniauxia mediterranea as mais suscetíveis e Colletotrichum acutatum a menos sensível. O modelo matemático de Gompertz revelou-se adequado para descrever o perfil de crescimento micelial de fungos filamentosos e os seus parâmetros permitem um elevado poder discriminante em ensaios de atividade antimicrobiana. Relativamente à atividade fitotóxica, A16.EE (250 a 2000 μg/mL) inibiu expressivamente o crescimento dos três órgãos primários das plântulas de linho, um resultado que sugere a possibilidade da sua inclusão em formulações de bioherbicidas. Globalmente, estes resultados revelam que a produção de própolis é uma mais-valia, permitindo aos apicultores rentabilizar e diversificar as suas explorações apícolas.Propolis is a natural resinous mixture produced by honey bees, mainly by Apis mellifera L., from plant exudates. With a very diverse chemical composition that includes many bioactive phenolic compounds, propolis could be a promising alternative to the use of synthetic pesticides that pose serious risks to the environment and to human health. At national level, despite the growing demand by several industries, propolis is still an oftenundervalued bee product by beekeepers. Portuguese propolis that has been studied by our research group exhibits antimicrobial, antioxidant and phytotoxic properties. However, the study of samples from the south of the country and the potential of propolis against phytopathogenic agents are still very recent approaches, both being object of this work. Ethanol extracts were prepared from seven propolis samples collected in 2016 from Baixo Alentejo, using different scales: the micro-extraction (miEEs: A16.miEE, GZ16.miEE, MA16.miEE, VCs16.miEE, VCm16.miEE, VF16.miEE and VP16.miEE) for screening of antimicrobial activity of miEEs against a panel of phytopathogenic bacteria and yeasts; and the macro-extraction of the propolis sample with the highest antimicrobial potential (A16.EE), to determine its chemical composition and bioactivities such as antiradical, phytotoxic and antifungal against phytopathogenic filamentous fungi, encouraging the application of Portuguese propolis, namely from Alentejo, in biological pesticide formulations. The ethanolic micro-extraction, assisted by ultrasounds, proved to be a better alternative than propolis macro-extraction, particularly for sample screening phases. Regarding the antimicrobial activity, in general, miEEs were more active against Bacillus subtilis and Pseudomonas savastanoi pv. savastanoi bacteria (100 ≤ MIC ≤ 500 μg/mL) than against the yeasts tested (strains of Cryptococcus neoformans, C. gattii e Saccharomyces cerevisiae; MIC ≥ 500 μg/mL). The content of total phenolic compounds (89,58 ± 3,49 mg EAG/g extract) and the antiradical activity (EC50 = 33.5 ± 0.83 μg/mL) determined by the DPPH method are in line with the values reported for uncommon Portuguese propolis, in which A16 possibly fits. A16.EE (500 to 2000 μg/mL) inhibited the mycelial growth of the five species of filamentous fungi tested, being Phytophthora cinnamomi and Biscogniauxia mediterranea the most susceptible and C. acutatum the least affected. The Gompertz mathematical model proved to be adequate to describe the profile of mycelial growth of filamentous fungi and its parameters allow a high discriminating power in antimicrobial tests. Concerning the phytotoxic activity, A16.EE (250 to 2000 μg/mL) expressively inhibited the growth of the three primary organs of flax seedlings, a result that suggests the possibility of its inclusion in bioherbicide formulations. Overall, these results reveal that the production of propolis is a great asset, allowing beekeepers to make their business more profitable and diversified.Cunha, AnaAlmeida Aguiar, CristinaUniversidade do MinhoPassão, Catarina Isabel Azevedo Pereira20212025-01-01T00:00:00Z2021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/80595por202990664info:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:54:27Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/80595Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:54:00.952618Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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