A Resiliência Empreendedora no Contexto de Micro, Pequenas e Médias Empresas Fracassadas em Angola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: António, Dalne
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9981
Resumo: As micro, pequenas e médias empresas (MPME) são a forma dominante de organização empresarial em economias desenvolvidas, emergentes e em desenvolvimento. Este setor de empresas desempenha um papel fundamental na promoção da estabilidade do rendimento, crescimento e emprego. A partir da perspetiva da atribuição, o objetivo central deste estudo é analisar a influência dos fatores de fracasso na resiliência empreendera nas MPME de Angola. Para atingir este objetivo, foi realizado um estudo quase-experimental, com natureza quantitativa e de corte transversal. Aplicou-se a bola de neve (Snow Sample) como técnica de amostragem originando a participação de 133 MPME Angolanas, que responderam a um questionário construído através da escala de Pardo e Alfonso (2017), com 38 itens agrupados em seis dimensões: financeira, ambiente, organizacional, operacional/técnica, marketing e recursos humanos, que mediram os fatores de fracasso. Em relação à avaliação da resiliência empreendedora, os inquiridos responderam à escala de Manzano e Ayala (2013) que compreende 25 itens, agrupados em três dimensões: resistência, Capacidade criativa e otimismo. Os resultados obtidos indicam que os empreendedores/empresários atribuem como maior causa de fracasso das suas atividades os problemas de financiamento (empréstimos), a crise económica e as mudanças das leis do país. Contudo, estes empresários são considerados resilientes, já que possuem capacidade suficiente de resistir no mercado Angolano e têm um forte sentido de otimismo. A partir das evidências empíricas, concluiu-se ainda que os fatores de fracasso relativamente às MPME estudadas apresentam uma influência significativa nalgumas das dimensões da resiliência empreendedora. Os fatores operacionais/técnicos apresentam uma influência positiva na resiliência empreendedora, enquanto as dimensões, financeira e organizacional, influenciam a resiliência empreendedora, mas de forma negativa. Não foi encontrada uma significância estatística nas dimensões ambiente, recursos humanos e marketing em relação à resiliência dos empresários. Ao nível teórico, este trabalho contribui para o campo de pesquisa sobre as MPME de forma inovadora, uma vez que assenta no interface entre os fatores de fracasso das MPME e a resiliência empreendedora. Ao nível prático, o estudo pode ser visto como uma ferramenta de apoio à tomada de decisão para alocar recursos em prol da melhoria da resiliência numa economia em via de desenvolvimento como a de Angola. Estas e outras implicações do estudo, bem como futuras linhas de investigação, são também apresentadas no final do presente trabalho.
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Aplicou-se a bola de neve (Snow Sample) como técnica de amostragem originando a participação de 133 MPME Angolanas, que responderam a um questionário construído através da escala de Pardo e Alfonso (2017), com 38 itens agrupados em seis dimensões: financeira, ambiente, organizacional, operacional/técnica, marketing e recursos humanos, que mediram os fatores de fracasso. Em relação à avaliação da resiliência empreendedora, os inquiridos responderam à escala de Manzano e Ayala (2013) que compreende 25 itens, agrupados em três dimensões: resistência, Capacidade criativa e otimismo. Os resultados obtidos indicam que os empreendedores/empresários atribuem como maior causa de fracasso das suas atividades os problemas de financiamento (empréstimos), a crise económica e as mudanças das leis do país. Contudo, estes empresários são considerados resilientes, já que possuem capacidade suficiente de resistir no mercado Angolano e têm um forte sentido de otimismo. A partir das evidências empíricas, concluiu-se ainda que os fatores de fracasso relativamente às MPME estudadas apresentam uma influência significativa nalgumas das dimensões da resiliência empreendedora. Os fatores operacionais/técnicos apresentam uma influência positiva na resiliência empreendedora, enquanto as dimensões, financeira e organizacional, influenciam a resiliência empreendedora, mas de forma negativa. Não foi encontrada uma significância estatística nas dimensões ambiente, recursos humanos e marketing em relação à resiliência dos empresários. Ao nível teórico, este trabalho contribui para o campo de pesquisa sobre as MPME de forma inovadora, uma vez que assenta no interface entre os fatores de fracasso das MPME e a resiliência empreendedora. Ao nível prático, o estudo pode ser visto como uma ferramenta de apoio à tomada de decisão para alocar recursos em prol da melhoria da resiliência numa economia em via de desenvolvimento como a de Angola. Estas e outras implicações do estudo, bem como futuras linhas de investigação, são também apresentadas no final do presente trabalho.Micro, small and medium-sized enterprises (MSMEs) are the dominant form of business organization in developed, emerging and developing economies. This business sector plays a key role in promoting stability of income, growth and employment. From the perspective of attribution, the central objective of this study is to analyse the influence of failure factors on entrepreneurial resilience in MSMEs in Angola. To achieve this goal, a quasi-experimental study of a quantitative and cross-sectional nature was carried out. The snowball sampling technique was applied involving the participation of 133 Angolan MSMEs, which answered a questionnaire based on the Pardo and Alfonso (2017) scale, with 38 items grouped into six dimensions: financial, environmental, organizational, operational/technical, and marketing and human resources, which measured failure factors. To evaluate entrepreneurial resilience, participants also responded to the Manzano and Ayala scale (2013), which comprises 25 items grouped into three dimensions: resistance, creative capacity and optimism. The results indicate that entrepreneurs attribute the failure of their activities to problems of financing (loans), the economic crisis and changes in the country’s laws. However, these entrepreneurs are considered resilient, since they have enough capacity to resist in the Angolan market and have a strong sense of optimism. Based on the empirical evidence, it was also concluded that the failure factors of the MSMEs studied have a significant influence on some of the dimensions of entrepreneurial resilience. Operational/technical factors have a positive influence on entrepreneurial resilience, while the financial and organizational dimensions influence entrepreneurial resilience more negatively. No statistical significance was found in the environmental, human resources and marketing dimensions in relation to the resilience of entrepreneurs. At the theoretical level, this work contributes to the field of research on MSMEs in an innovative way, since it is based on the interface between the failure factors of MSMEs and entrepreneurial resilience. At the practical level, the study can be seen as a tool to support decision-making to allocate resources for improving resilience in a developing economy such as Angola. These and other implications of the study, as well as future lines of research, are also presented at the end of this paper.Franco, Mário José BaptistauBibliorumAntónio, Dalne2020-03-11T17:18:54Z2018-07-192018-06-112018-07-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9981TID:202356574porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:51:21Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9981Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:03.296277Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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