Conhecimentos sobre cuidados paliativos dos estudantes de enfermagem : um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Maria João dos Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/5459
Resumo: Enquadramento: Os cuidados paliativos são considerados atualmente uma prioridade da política de saúde. É recomendado pelas entidades internacionais que a sua abordagem seja programada e planificada numa perspetiva de apoio global aos múltiplos problemas dos doentes e respetiva família, encontrando-se o enfermeiro numa posição singular para prestar cuidados a esta díade. Por conseguinte, a formação em cuidados paliativos assume-se como relevante, devendo esta começar durante o curso de licenciatura em enfermagem. Objetivos: verificar que variáveis sociodemográficas interferem nos conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos; averiguar se existe relação entre a formação curricular e extracurricular em cuidados paliativos e os conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 165 estudantes do Curso de Licenciatura de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu a frequentarem o 2.º ano. Para a recolha de dados usou-se o questionário de caracterização sociodemográfica, o Questionário Geral sobre Cuidados Paliativos - QGCP e o Questionário de Conhecimentos sobre Cuidados Paliativos - QCCP, ambos de autoria de Ribeiro e Lopes (2012). Resultados: A amostra é maioritariamente feminina (81,2%), com uma média de idades de 21,10 anos (±3.81 anos). Quase a totalidade da amostra recebeu formação (90,9%) sobre cuidados paliativos no curso de licenciatura; 55,2% realizaram algum trabalho na área de cuidados paliativos; 67,3% consideraram muito importante a inclusão de conteúdos sobre cuidados paliativos no plano de estudos do curso de licenciatura em enfermagem. As horas de formação em cuidados paliativos no curso de licenciatura em enfermagem oscilam entre 2 a 81 horas de formação, com uma média de 20,26 horas (15,24 horas). A maioria dos estudantes (78,8%) não frequentou formação extracurricular na área dos cuidados paliativos, apontando como principais motivos a pouca oferta formativa na área (23,3%), a falta de tempo (34,9%), não terem tido conhecimento de formação na área (57,4%), dos que frequentaram essa formação foi feita maioritariamente em conferências (88,6%).Grande parte dos estudantes gostaria de frequentar formação específica na área (55,8%), considerando 89,1% muito importante existirem enfermeiros especialistas em pessoa em situação crónica/paliativa, atribuindo muita importância à intervenção do Enfermeiro em cuidados paliativos (92,1%). A maioria dos estudantes considera ter conhecimentos moderados (44,2%). Os estudantes do género feminino revelam mais conhecimento sobre cuidados paliativos, com diferenças estatisticamente significativas (p=0,005). Existe relação entre a formação curricular e extracurricular em cuidados paliativos e os conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos, com diferenças estatisticamente significativas (p=0,041). Conclusões: Os resultados obtidos no presente estudo revelam que é importante que haja uma unidade curricular de cuidados paliativos, independente e de caráter obrigatório, no curso de licenciatura em enfermagem, dotando os estudantes de mais conhecimentos e melhor preparação para a prática clínica.
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Objetivos: verificar que variáveis sociodemográficas interferem nos conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos; averiguar se existe relação entre a formação curricular e extracurricular em cuidados paliativos e os conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 165 estudantes do Curso de Licenciatura de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu a frequentarem o 2.º ano. Para a recolha de dados usou-se o questionário de caracterização sociodemográfica, o Questionário Geral sobre Cuidados Paliativos - QGCP e o Questionário de Conhecimentos sobre Cuidados Paliativos - QCCP, ambos de autoria de Ribeiro e Lopes (2012). Resultados: A amostra é maioritariamente feminina (81,2%), com uma média de idades de 21,10 anos (±3.81 anos). Quase a totalidade da amostra recebeu formação (90,9%) sobre cuidados paliativos no curso de licenciatura; 55,2% realizaram algum trabalho na área de cuidados paliativos; 67,3% consideraram muito importante a inclusão de conteúdos sobre cuidados paliativos no plano de estudos do curso de licenciatura em enfermagem. As horas de formação em cuidados paliativos no curso de licenciatura em enfermagem oscilam entre 2 a 81 horas de formação, com uma média de 20,26 horas (15,24 horas). A maioria dos estudantes (78,8%) não frequentou formação extracurricular na área dos cuidados paliativos, apontando como principais motivos a pouca oferta formativa na área (23,3%), a falta de tempo (34,9%), não terem tido conhecimento de formação na área (57,4%), dos que frequentaram essa formação foi feita maioritariamente em conferências (88,6%).Grande parte dos estudantes gostaria de frequentar formação específica na área (55,8%), considerando 89,1% muito importante existirem enfermeiros especialistas em pessoa em situação crónica/paliativa, atribuindo muita importância à intervenção do Enfermeiro em cuidados paliativos (92,1%). A maioria dos estudantes considera ter conhecimentos moderados (44,2%). Os estudantes do género feminino revelam mais conhecimento sobre cuidados paliativos, com diferenças estatisticamente significativas (p=0,005). Existe relação entre a formação curricular e extracurricular em cuidados paliativos e os conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos, com diferenças estatisticamente significativas (p=0,041). Conclusões: Os resultados obtidos no presente estudo revelam que é importante que haja uma unidade curricular de cuidados paliativos, independente e de caráter obrigatório, no curso de licenciatura em enfermagem, dotando os estudantes de mais conhecimentos e melhor preparação para a prática clínica.Abstract Background: Palliative care is currently considered a health policy priority. It is recommended by international agencies that their approach be programmed and planned in a perspective of global support to the multiple problems of patients and their families, and the nurse is in a unique position to provide care for this dyad. Therefore, the training in palliative care is assumed to be relevant, and it should begin during the undergraduate nursing course. Objectives: to verify that sociodemographic variables interfere in the knowledge of nursing students in palliative care; to investigate whether there is a relationship between curricular and extracurricular training in palliative care and the knowledge of nursing students in palliative care. Methods: Quantitative study, with cross-sectional, analytical-correlational descriptive. The data were collected from 165 students of the Nursing Degree Course of the School of Health of Viseu attending the 2nd year. Data were collected using a sociodemographic characterization questionnaire, the General Questionnaire on Palliative Care (QGCP) and the Knowledge Questionnaire on Palliative Care (QCCP), both by Ribeiro and Lopes (2012). Results: The sample is mostly female (81.2%), with a mean age of 21.10 years (± 3.81 years). Almost all of the sample received training (90.9%) on palliative care in the undergraduate course; 55.2% did some work in the area of palliative care; 67.3% considered it very important to include palliative care contents in the curriculum of nursing undergraduate courses. The hours of training in palliative care in nursing undergraduate courses range from 2 to 81 hours of training, with a mean of 20.26 hours ( 15.24 hours). The majority of the students (78.8%) did not attend extracurricular training in the palliative care area, pointing out the lack of time (34.9%), lack of time Most of the students would like to attend specific training in the area (55.8%), considering 89 , 1% are very important specialists nurses in a chronic / palliative situation, attaching great importance to the nurse's intervention in palliative care (92.1%). Most students consider that they have moderate knowledge (44.2%). Female students reveal more knowledge about palliative care, with statistically significant differences (p = 0.005). There is a relationship between curricular and extracurricular training in palliative care and knowledge of nursing students in palliative care, with statistically significant differences (p = 0.041). Conclusions: The results obtained in the present study reveal that it is important that there is an independent palliative care curriculum unit, which is compulsory, in the undergraduate nursing course, providing students with more knowledge and better preparation for clinical practice.Ribeiro, Olivério de PaivaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuMachado, Maria João dos Santos2022-02-25T01:30:12Z2019-02-252018-052019-02-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/5459TID:202191540porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:28:06Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/5459Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:48.647487Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: Os cuidados paliativos são considerados atualmente uma prioridade da política de saúde. É recomendado pelas entidades internacionais que a sua abordagem seja programada e planificada numa perspetiva de apoio global aos múltiplos problemas dos doentes e respetiva família, encontrando-se o enfermeiro numa posição singular para prestar cuidados a esta díade. Por conseguinte, a formação em cuidados paliativos assume-se como relevante, devendo esta começar durante o curso de licenciatura em enfermagem. Objetivos: verificar que variáveis sociodemográficas interferem nos conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos; averiguar se existe relação entre a formação curricular e extracurricular em cuidados paliativos e os conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 165 estudantes do Curso de Licenciatura de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu a frequentarem o 2.º ano. Para a recolha de dados usou-se o questionário de caracterização sociodemográfica, o Questionário Geral sobre Cuidados Paliativos - QGCP e o Questionário de Conhecimentos sobre Cuidados Paliativos - QCCP, ambos de autoria de Ribeiro e Lopes (2012). Resultados: A amostra é maioritariamente feminina (81,2%), com uma média de idades de 21,10 anos (±3.81 anos). Quase a totalidade da amostra recebeu formação (90,9%) sobre cuidados paliativos no curso de licenciatura; 55,2% realizaram algum trabalho na área de cuidados paliativos; 67,3% consideraram muito importante a inclusão de conteúdos sobre cuidados paliativos no plano de estudos do curso de licenciatura em enfermagem. As horas de formação em cuidados paliativos no curso de licenciatura em enfermagem oscilam entre 2 a 81 horas de formação, com uma média de 20,26 horas (15,24 horas). A maioria dos estudantes (78,8%) não frequentou formação extracurricular na área dos cuidados paliativos, apontando como principais motivos a pouca oferta formativa na área (23,3%), a falta de tempo (34,9%), não terem tido conhecimento de formação na área (57,4%), dos que frequentaram essa formação foi feita maioritariamente em conferências (88,6%).Grande parte dos estudantes gostaria de frequentar formação específica na área (55,8%), considerando 89,1% muito importante existirem enfermeiros especialistas em pessoa em situação crónica/paliativa, atribuindo muita importância à intervenção do Enfermeiro em cuidados paliativos (92,1%). A maioria dos estudantes considera ter conhecimentos moderados (44,2%). Os estudantes do género feminino revelam mais conhecimento sobre cuidados paliativos, com diferenças estatisticamente significativas (p=0,005). Existe relação entre a formação curricular e extracurricular em cuidados paliativos e os conhecimentos dos estudantes de enfermagem em cuidados paliativos, com diferenças estatisticamente significativas (p=0,041). Conclusões: Os resultados obtidos no presente estudo revelam que é importante que haja uma unidade curricular de cuidados paliativos, independente e de caráter obrigatório, no curso de licenciatura em enfermagem, dotando os estudantes de mais conhecimentos e melhor preparação para a prática clínica.
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