Grupos Sociais na Sociedade Rural Africana de Angola (Período Colonial – 1909/73)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1984 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10884/424 |
Resumo: | As sociedades africanas reflectem hoje as distorções que a implantação do modelo colonial de exploração necessariamente acarretou. Na fase colonial a sociedade angolana apresentava um carácter complexo resultante da justaposição de dois sistemas de organização económica e social: o núcleo colonial, dominante e minoritário, a que correspondia o modo de produção capitalista, e, na sua periferia, o conjunto das sociedades rurais africanas, tributárias e minoritárias, que integravam vários modos de produção, indo da economia de subsistência a formas mais ou menos acentuadas de exploração capitalista. A dinâmica do modelo colonial implantado em Angola, visava arrastar as sociedades rurais periféricas para uma progressiva dependência do núcleo central capitalista, absorvendo-lhes por todos os meios possíveis, o excedente económico que sob a forma de mercadorias ou de trabalho, era por ela gerado. Este texto começa por uma caracterização sucinta da sociedade e da economia angolana nos últimos anos do período colonial e centra-se na análise das sociedades rurais africanas de Angola, debruçando-se sobre as forças produtivas, a questão das terras, os sistemas e formas de exploração da terra, o recurso à utilização da força de trabalho alheio, o excedente económico e a sua apropriação e as formas pelas quais se consuma. A análise das sociedades periféricas é elaborada na dupla perspectiva do estudo linguístico e da abordagem sócio-económica sendo seguida da identificação e ensaio de caracterização dos princípais grupos sociais. O presente trabalho pretende constituir uma primeira tentativa do estudo científico da problemática das classes sociais nas sociedades rurais angolanas, tal como se apresentavam nos últimos anos do período colonial. |
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