As organizações enquanto unidades de observação e análise: o caso da prisão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/5236 |
Resumo: | Tomando por base uma etnografia envolvendo uma instituição prisional, proponho-me interrogar o estatuto de contextos etnográficos que parecem constituir à partida não só unidades de observação coerentes como, sobretudo, unidades de análise pré-delimitadas, quer dizer, cuja delimitação precede a investigação e as questões que esta gera. Esta precedência é de resto não só de ordem cronológica mas também lógica quando esse mesmo recorte não raro dimensiona inteiramente a investigação e rege o olhar sobre o terreno assim delimitado. Se em virtude das suas características particulares as prisões têm originado investigações onde estes problemas se colocam de maneira extrema, elas porventura providenciam uma oportuna via para regressar à questão da coincidência entre terreno e objecto, volvida com os velhos estudos de comunidade mas talvez espreitando a cada passo um regresso à boleia da antropologia das organizações. |
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As organizações enquanto unidades de observação e análise: o caso da prisãoPrisõesAntropologia das organizaçõesEstudos de comunidadeInstituições totaisUnidade de observaçãoTomando por base uma etnografia envolvendo uma instituição prisional, proponho-me interrogar o estatuto de contextos etnográficos que parecem constituir à partida não só unidades de observação coerentes como, sobretudo, unidades de análise pré-delimitadas, quer dizer, cuja delimitação precede a investigação e as questões que esta gera. Esta precedência é de resto não só de ordem cronológica mas também lógica quando esse mesmo recorte não raro dimensiona inteiramente a investigação e rege o olhar sobre o terreno assim delimitado. Se em virtude das suas características particulares as prisões têm originado investigações onde estes problemas se colocam de maneira extrema, elas porventura providenciam uma oportuna via para regressar à questão da coincidência entre terreno e objecto, volvida com os velhos estudos de comunidade mas talvez espreitando a cada passo um regresso à boleia da antropologia das organizações.Based on an ethnographic study focusing on a prison institution, I intend to examine the theoretical status of those ethnographic contexts that seem to constitute from the onset coherent observation units, as well as pre-given analytical frameworks, that is, units whose analytical outline is neither part of the research process nor coterminous to it. Instead it precedes the research itself, and sometimes determines its terms entirely. Given the characteristics of prison institutions, research on carceral contexts is especially prone to a number of distortions generated by this kind of approach. But for all their saliency in this area, these distortions are not fundamentally different from problems faced by a wide range of other areas, from the bygone “community studies” to the anthropology of organizations.Wenner-Gren Foundation for Anthropological Research.CeltaUniversidade do MinhoCunha, Manuela Ivone P. da20042004-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/5236por"Etnográfica". ISSN 0873-6561. 8:1 (2004) 151-157.0873-6561info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:52:59Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/5236Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:52:13.773892Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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