O Diabo Velho: Narrativas e contra-narrativas do bandeirantismo em Goiás
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/24798 |
Resumo: | Dissertação para obtenção de grau de Mestre em Antropologia |
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O Diabo Velho: Narrativas e contra-narrativas do bandeirantismo em GoiásAnhangueraBandeirantesMonumentosNacionalidade brasileiraIdentidade goianaAnhangueraBandeirantesMonumentsBrazilian nacionalityDissertação para obtenção de grau de Mestre em AntropologiaEste trabalho investiga se e de que modo se dá a identificação dos goianienses com seu mito fundador: Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido também como o Anhanguera, “diabo velho” em língua Tupi-guarani, num panorama mais amplo de formação da identidade nacional brasileira. Numa abordagem decolonial, propus desmontar a ideia de “Brasil como síntese” segundo a qual foi criado o brasileiro típico pela Antropologia nacional através das manobras teóricas que criaram uma imagem homogênea e totalizante, apagando as alteridades negra e indígena das narrativa bandeirantistas. Apresento como o conceito de raça foi introduzido nas narrativas bandeirantistas e reconstruo o processo pelo qual acadêmicos e personalidades paulistas erigiram o monumento ao bandeirante em Goiânia como homenagem símbolo dos laços goiano e paulista. Através de observações do monumento e de entrevistas semi estruturadas pude concluir que a coesão social da identidade goiana supostamente evocada pela estátua do Anhanguera como marcadora de um passado comum não foi verificada no campo. Não pude perceber que a praça é vivida pela população como um lugar de memória e, havendo Goiânia completado apenas 88 anos em 24 de outubro de 2021, acredito que a formação de sua identidade está em disputa e em processo, sendo o Anhanguera figura amplamente contestada, ou mesmo esquecida, pelos goianienses.This work investigates if and in what way the identification of the people of Goiás occurs with its founding myth: Bartolomeu Bueno da Silva, also known as the Anhanguera, “old devil” in the Tupi-Guarani language, in a broader panorama of the formation of Brazilian national identity. In a decolonial approach, I proposed to dismantle the idea of “Brazil as a synthesis”, according to which the typical Brazilian was created by national anthropology through theoretical maneuvers that created a homogeneous and totalizing image, erasing black and indigenous alterities from the bandeirante narratives. I present how the concept of race was introduced in the bandeirante narratives and reconstruct the process by which academics and personalities from São Paulo erected the monument to the bandeirante in Goiânia as a tribute to the symbol of the ancient ties between Goiás and São Paulo. Through observations of the monument and semi structured interviews, I could conclude that the social cohesion of the Goiás’s identity supposedly evoked by the Anhanguera statue as a marker of a common past was not verified in the field. I could not see that the square is experienced by the population as a place of memory and, as Goiânia turned only 88 years old on October 24, 2021, I believe that the formation of its identity is in dispute and in process, with Anhanguera being a widely contested figure, even forgotten, by the people of Goiás.Instituto Superior de Ciências Sociais e PolíticasPignatelli, MarinaTamaso, IzabelaRepositório da Universidade de LisboaOliveira, Markus Vinícius de2022-07-08T15:12:51Z2022-06-082022-06-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/24798TID:203029160porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:54:28Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/24798Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:08:45.803999Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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