Programa de atividade física no bem-estar pessoal em doentes com esclerose múltipla

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedro, Luisa
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Pais-Ribeiro, José Luís, Pinheiro, João Páscoa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/6757
Resumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica neurológica degenerativa sem cura. A multiplicidade de sintomas, que podem emergir como resultado da EM, mostra que as consequências físicas, cognitivas e psicossociais desta doença são, com frequência, muito abrangentes, variáveis e complexas. Cerca de 50 % dos doentes necessita de utilizar uma ajuda técnica para a marcha 15 anos após o início da doença. A mobilidade é só um dos aspetos da vida diária que pode ser afetado. Destes doentes, 80% reforma-se prematuramente como consequência da sua condição física; 25% necessita de assistência pessoal diária para continuar a viver em sua casa; 26% não tem condições de acessibilidade com cadeira de rodas aos locais a que necessita aceder e 44% tinha meios de transporte desajustados. Embora existam terapias que podem impedir a progressão da doença, centenas de milhares de doentes por todo o mundo ainda ficam com lesões neurológicas residuais com as consequentes deficiências associadas, necessitando assim de estratégias de reabilitação globais, que permitam a participação ativa dos indivíduos no tecido social. A presença de alterações psicológicas em pessoas com EM tem sido descrita ao longo do tempo, nomeadamente os sintomas de ansiedade e depressão. Estima-se que 50% das pessoas com EM tem sintomas de depressão, com implicações prováveis na sua Qualidade de Vida (QoL). A depressão relacionada com a EM está muitas vezes associada a sintomas como: tristeza, perda de interesse pelas coisas, problemas de sono, fadiga, agitação psicomotora, perda de apetite ou obesidade, alterações na autoimagem, sentimentos de culpa, alterações de concentração e pensamentos suicidas. Estes autores preconizam que a depressão na EM aumenta o risco de suicídio, especialmente nos indivíduos jovens de sexo masculino, que sejam socialmente isolados e tenham problemas de alcoolismo. Alguns estudos evidenciam os efeitos positivos da atividade física e do exercício integrado nas rotinas diárias do indivíduo, no sentido de promover o bem-estar através do aumento da atividade física diária, nos hábitos da vida diária ou através de práticas de exercício supervisionadas por terapeutas. O objetivo deste estudo é analisar as implicações de um programa de intervenção de promoção para atividade física (PIPA) no bem-estar pessoal em doentes com EM.
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