Qualidade do Sono em Idosos Institucionalizados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/10760 |
Resumo: | Introdução: O sono é essencial para a saúde física e mental do ser humano em todo o ciclo de vida, apresentando algumas especificidades nas diferentes etapas evolutivas. Com o envelhecimento, há uma mudança estrutural e fisiológica na arquitetura do sono, ocorrendo uma redução na capacidade de manter a quantidade e qualidade de sono necessárias. Na velhice, os distúrbios do sono são muito comuns e, frequentemente, o contexto institucional apresenta um conjunto de fatores que contribuem para um aumento dos problemas de sono e uma redução da qualidade do mesmo. A qualidade do sono tem implicações ao nível da saúde, funcionamento cognitivo e estado de ânimo, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva e ansiógena. Neste sentido, este trabalho tem como objetivos: 1) caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico da amostra; 2) avaliar a perceção da qualidade do sono e o número médio de horas de sono por dia e 3) analisar a relação entre a perceção da qualidade do sono, o funcionamento cognitivo e a sintomatologia psicopatológica. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, integrado no projeto Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON), no qual participaram 442 idosos residentes em Estruturas Residenciais Para Idosos ou em regime de Centro de Dia, da Beira Interior - Portugal. Para a recolha de dados foi usada a Avaliação Cognitiva de Addenbrooke e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos. Resultados: Os participantes têm uma média de idades de 83,98 anos (DP=8,06), 311 são mulheres e 254 participantes apresentam défice cognitivo. O número médio de horas de sono reportado é 6,31 horas (DP=1,76) e a maioria (71,1%) classifica como positiva a qualidade do seu sono. Constata-se uma correlação positiva moderada estatisticamente significativa entre o número médio de horas de sono e a perceção da qualidade do mesmo, tanto para os indivíduos com défice (r=0,540; p<0,001) como para os que não têm défice cognitivo (r=0,610; p<0,001). Verifica-se, ainda, uma correlação negativa fraca entre a perceção da qualidade do sono e a presença de sintomatologia psicopatológica. Conclusões: Os resultados deste estudo enfatizam a importância da qualidade do sono para um maior bem-estar das pessoas idosas institucionalizadas. Destaca-se a necessidade de, em futuros estudos, se recorrer a medidas de avaliação do sono mais objetivas, como a polissonografia, para uma mais robusta e ampla recolha de dados. |
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Qualidade do Sono em Idosos InstitucionalizadosEstudo desenvolvido no âmbito do projeto ICONEnvelhecimentoIconInstitucionalizaçãoSonoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O sono é essencial para a saúde física e mental do ser humano em todo o ciclo de vida, apresentando algumas especificidades nas diferentes etapas evolutivas. Com o envelhecimento, há uma mudança estrutural e fisiológica na arquitetura do sono, ocorrendo uma redução na capacidade de manter a quantidade e qualidade de sono necessárias. Na velhice, os distúrbios do sono são muito comuns e, frequentemente, o contexto institucional apresenta um conjunto de fatores que contribuem para um aumento dos problemas de sono e uma redução da qualidade do mesmo. A qualidade do sono tem implicações ao nível da saúde, funcionamento cognitivo e estado de ânimo, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva e ansiógena. Neste sentido, este trabalho tem como objetivos: 1) caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico da amostra; 2) avaliar a perceção da qualidade do sono e o número médio de horas de sono por dia e 3) analisar a relação entre a perceção da qualidade do sono, o funcionamento cognitivo e a sintomatologia psicopatológica. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, integrado no projeto Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON), no qual participaram 442 idosos residentes em Estruturas Residenciais Para Idosos ou em regime de Centro de Dia, da Beira Interior - Portugal. Para a recolha de dados foi usada a Avaliação Cognitiva de Addenbrooke e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos. Resultados: Os participantes têm uma média de idades de 83,98 anos (DP=8,06), 311 são mulheres e 254 participantes apresentam défice cognitivo. O número médio de horas de sono reportado é 6,31 horas (DP=1,76) e a maioria (71,1%) classifica como positiva a qualidade do seu sono. Constata-se uma correlação positiva moderada estatisticamente significativa entre o número médio de horas de sono e a perceção da qualidade do mesmo, tanto para os indivíduos com défice (r=0,540; p<0,001) como para os que não têm défice cognitivo (r=0,610; p<0,001). Verifica-se, ainda, uma correlação negativa fraca entre a perceção da qualidade do sono e a presença de sintomatologia psicopatológica. Conclusões: Os resultados deste estudo enfatizam a importância da qualidade do sono para um maior bem-estar das pessoas idosas institucionalizadas. Destaca-se a necessidade de, em futuros estudos, se recorrer a medidas de avaliação do sono mais objetivas, como a polissonografia, para uma mais robusta e ampla recolha de dados.Introduction: Sleep is essential for the physical and mental health of the human being throughout the life cycle, presenting some specificities in the different evolutionary stages. With aging, there is a structural and physiological change in sleep architecture, with a reduction in the ability to maintain the amount and quality of sleep required. With aging, sleep disorders are very common, and living in nursing homes often presents a set of factors that contribute to an increase in sleep problems and a reduction in the quality of sleep. Sleep quality has implications for health, cognitive functioning and mood, particularly in the development of depressive and anxiety symptoms. This work aims to: 1) characterize the sociodemographic and clinical profile of the sample; 2) to evaluate the perception of sleep quality and the average number of hours of sleep per day and 3) to analyze the relationship between the perception of sleep quality, cognitive functioning and psychopathological symptomatology. Materials and Methods: This is a cross-sectional and descriptive study, integrated in the Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON) project, involving 442 elderly residents in Residential Structures for the Elderly or in Day Care of Beira Interior - Portugal. For data collection, the Addenbrooke Cognitive Assessment and the Psychopathological Symptom Inventory were used. Results: Participants have a mean age of 83.98 years (SD = 8.06), 311 are women, and 254 participants have cognitive impairment. The average number of reported hours of sleep is 6.31 hours (SD = 1.76) and most (71.1%) rate their sleep quality as positive. A statistically significant moderate positive correlation is found between the average number of hours of sleep and the perceived quality of sleep, both for individuals with deficit (r = 0.540; p <0.001) and for those without cognitive impairment (r = 0.610; p <0.001). There is also a weak negative correlation between the perception of sleep quality and the presence of psychopathological symptoms. Conclusion: The results of this study emphasize the importance of sleep quality for better wellbeing of institutionalized elderly people. In future studies, more objective sleep assessment measures such as polysomnography should be used for more robust and broad data collection.Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsPatto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazAmaral, Luísa Maria Jota PereirauBibliorumFernandes, Marta Tavares2020-12-17T16:45:28Z2020-06-032020-01-242020-06-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/10760TID:202548902porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:52:44Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/10760Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:50:38.657787Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: O sono é essencial para a saúde física e mental do ser humano em todo o ciclo de vida, apresentando algumas especificidades nas diferentes etapas evolutivas. Com o envelhecimento, há uma mudança estrutural e fisiológica na arquitetura do sono, ocorrendo uma redução na capacidade de manter a quantidade e qualidade de sono necessárias. Na velhice, os distúrbios do sono são muito comuns e, frequentemente, o contexto institucional apresenta um conjunto de fatores que contribuem para um aumento dos problemas de sono e uma redução da qualidade do mesmo. A qualidade do sono tem implicações ao nível da saúde, funcionamento cognitivo e estado de ânimo, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva e ansiógena. Neste sentido, este trabalho tem como objetivos: 1) caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico da amostra; 2) avaliar a perceção da qualidade do sono e o número médio de horas de sono por dia e 3) analisar a relação entre a perceção da qualidade do sono, o funcionamento cognitivo e a sintomatologia psicopatológica. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, integrado no projeto Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON), no qual participaram 442 idosos residentes em Estruturas Residenciais Para Idosos ou em regime de Centro de Dia, da Beira Interior - Portugal. Para a recolha de dados foi usada a Avaliação Cognitiva de Addenbrooke e o Inventário de Sintomas Psicopatológicos. Resultados: Os participantes têm uma média de idades de 83,98 anos (DP=8,06), 311 são mulheres e 254 participantes apresentam défice cognitivo. O número médio de horas de sono reportado é 6,31 horas (DP=1,76) e a maioria (71,1%) classifica como positiva a qualidade do seu sono. Constata-se uma correlação positiva moderada estatisticamente significativa entre o número médio de horas de sono e a perceção da qualidade do mesmo, tanto para os indivíduos com défice (r=0,540; p<0,001) como para os que não têm défice cognitivo (r=0,610; p<0,001). Verifica-se, ainda, uma correlação negativa fraca entre a perceção da qualidade do sono e a presença de sintomatologia psicopatológica. Conclusões: Os resultados deste estudo enfatizam a importância da qualidade do sono para um maior bem-estar das pessoas idosas institucionalizadas. Destaca-se a necessidade de, em futuros estudos, se recorrer a medidas de avaliação do sono mais objetivas, como a polissonografia, para uma mais robusta e ampla recolha de dados. |
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