Diferenças inter-individuais na construção de falsas memórias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Olaio, Maura Yoná D'antas
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/11618
Resumo: Dada a suscetibilidade da memória aos erros, é de grande importância toda a investigação científica, de forma a detetar, analisar e adaptar estratégias para os evitar. Assim, a Psicologia do Testemunho surge com esse o intuito, de fazer uma análise científica dos processos psicológicos básicos, associados ao depoimento e testemunho dos sujeitos. Com esta investigação pretendeu-se estudar as Falsas Memórias e como estas podem influir de forma negativa a memória das testemunhas, tendo por base traços de personalidade, género e raça/estereótipos raciais, enquanto variáveis potenciadores da criação de falsas memórias. Participaram neste estudo 131 estudantes universitários (66 Negros, 65 Caucasianos), distribuídos por dois grupos (experimental vs. controlo), o que diferenciou cada grupo foram os vídeos expostos e as tarefas propostas, sendo que ao grupo experimental foi apresentado o vídeo de crime e a tarefa distratora (resumo com informação falsa), e ao grupo neutro foi apresentado um vídeo que retrata uma situação quotidiana. Os instrumentos utilizados foram o IAT (influência de estereótipos raciais), escala de stresse – VAS, escala de personalidade – NEO-FFI, e questionários sobre os vídeos. Em suma, os resultados revelaram que memória é falível e suscetível a fatores externos e internos. Destes, destaca-se como fatores internos a personalidade, mais especificamente a dimensão “Abertura à Experiência” que se manifesta através de uma maior propensão à formação de FM. E como fatores externos destacam-se a exposição a informação falsa e a ativação emocional – stresse, como potenciadores da criação de FM.
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