Instabilidade após entorse do tornozelo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1465 |
Resumo: | Introdução: A entorse aguda do tornozelo constitui cerca de 7 a 14% de todas as recorrências hospitalares, sendo a lesão desportiva a causa principal em jovens. A lesão afeta habitualmente o complexo ligamentar lateral e a inversão constituiu o principal mecanismo de lesão. Cerca de 30% das entorses do tornozelo progridem para instabilidade. Este trabalho pretendeu determinar a percentagem de indivíduos com entorse do tornozelo que progridem para instabilidade subjetiva e objetiva, após um período de 6 semanas. Secundariamente pretendeu-se traçar relações entre um perfil de doente e instabilidade da articulação e também identificar a causa e mecanismo de lesão mais prevalentes de entorse da articulação tibiotársica. Métodos: Através de um estudo prospetivo longitudinal dos doentes que recorreram ao SU do CHCB por entorse do tornozelo entre 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2012, estudou-se 24 indivíduos com idade igual ou superior a 16 anos e inferior ou igual a 65. Após 6 semanas, na consulta de revisão, foi aplicado um questionário para a recolha de dados, incluindo a escala funcional CAIT e FAOS. Os indivíduos com queixas e sinais de instabilidade subjetiva do tornozelo foram submetidos a radiografia do tornozelo, face em carga bilateral e em stress lateral bilateral, com o intuito de identificar instabilidade objetiva. Resultados: A amostra era composta por 58,3% homens e 41,7% mulheres. No exame físico 45,8% dos indivíduos apresentaram instabilidade subjetiva na consulta. Destes, 45,5% tiveram radiografia em stress lateral bilateral positiva, ou seja, instabilidade objetiva. Neste estudo, a sintomatologia positiva na consulta obteve relações estatisticamente significativas com CAIT positivo, instabilidade subjetiva e instabilidade objetiva. Também se observou relação estatisticamente significativa entre instabilidade objetiva e idade, tratamento RICE e evolução da dor, sintomas graves no SU e instabilidade objetiva, instabilidade objetiva e subescala de qualidade de vida no FAOS, e entre a mobilização precoce e a diminuição da dor. Na entorse a causa mais prevalente foi a irregularidade do solo (54,2%) e o mecanismo de lesão mais prevalente foi a inversão (89,5%). Conclusões: As entorses do tornozelo são traumatismos músculo-esqueléticos muito frequentes no SU, com elevados custos socioeconómicos. Para além de um tratamento correto na fase aguda, verificou-se com este estudo a importância de uma consulta de seguimento. Aproximadamente metade dos doentes com entorse progrediram para instabilidade subjetiva e objetiva do tornozelo, pelo que deve ser diagnosticada e tratada precocemente para evitar entorses de repetição e sequelas articulares degenerativas. |
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Instabilidade após entorse do tornozeloEstudo prospetivo longitudinalEntorse do tornozeloEntorse do tornozelo - SintomatologiaEntorse do tornozelo - Instabilidade subjectivaEntorse do tornozelo - Instabilidade objectivaEntorse do tornozelo - TratamentoIntrodução: A entorse aguda do tornozelo constitui cerca de 7 a 14% de todas as recorrências hospitalares, sendo a lesão desportiva a causa principal em jovens. A lesão afeta habitualmente o complexo ligamentar lateral e a inversão constituiu o principal mecanismo de lesão. Cerca de 30% das entorses do tornozelo progridem para instabilidade. Este trabalho pretendeu determinar a percentagem de indivíduos com entorse do tornozelo que progridem para instabilidade subjetiva e objetiva, após um período de 6 semanas. Secundariamente pretendeu-se traçar relações entre um perfil de doente e instabilidade da articulação e também identificar a causa e mecanismo de lesão mais prevalentes de entorse da articulação tibiotársica. Métodos: Através de um estudo prospetivo longitudinal dos doentes que recorreram ao SU do CHCB por entorse do tornozelo entre 1 de Outubro a 31 de Dezembro de 2012, estudou-se 24 indivíduos com idade igual ou superior a 16 anos e inferior ou igual a 65. Após 6 semanas, na consulta de revisão, foi aplicado um questionário para a recolha de dados, incluindo a escala funcional CAIT e FAOS. Os indivíduos com queixas e sinais de instabilidade subjetiva do tornozelo foram submetidos a radiografia do tornozelo, face em carga bilateral e em stress lateral bilateral, com o intuito de identificar instabilidade objetiva. Resultados: A amostra era composta por 58,3% homens e 41,7% mulheres. No exame físico 45,8% dos indivíduos apresentaram instabilidade subjetiva na consulta. Destes, 45,5% tiveram radiografia em stress lateral bilateral positiva, ou seja, instabilidade objetiva. Neste estudo, a sintomatologia positiva na consulta obteve relações estatisticamente significativas com CAIT positivo, instabilidade subjetiva e instabilidade objetiva. Também se observou relação estatisticamente significativa entre instabilidade objetiva e idade, tratamento RICE e evolução da dor, sintomas graves no SU e instabilidade objetiva, instabilidade objetiva e subescala de qualidade de vida no FAOS, e entre a mobilização precoce e a diminuição da dor. Na entorse a causa mais prevalente foi a irregularidade do solo (54,2%) e o mecanismo de lesão mais prevalente foi a inversão (89,5%). Conclusões: As entorses do tornozelo são traumatismos músculo-esqueléticos muito frequentes no SU, com elevados custos socioeconómicos. Para além de um tratamento correto na fase aguda, verificou-se com este estudo a importância de uma consulta de seguimento. Aproximadamente metade dos doentes com entorse progrediram para instabilidade subjetiva e objetiva do tornozelo, pelo que deve ser diagnosticada e tratada precocemente para evitar entorses de repetição e sequelas articulares degenerativas.Introduction: The acute sprain is about 7 to 14% of all hospital recurrences, with sports injuries being the main cause in young adults. The lesion usually affects the lateral ligament complex and the main mechanism of injury is the inversion. Approximately 30% of ankle sprains progresses to instability. This study sought to determine the percentage of subjects with ankle sprain that develop subjective and objective instability, after a period of 6 weeks. Secondarily, we sought to trace relationships between a patient profile and instability of the joint and also to identify the most prevalent cause and mechanism of injury of the tibiotarsal joint sprain. Methods: Through a prospective longitudinal study of patients who had visited the CHCB ER with ankle sprain from 1 October to 31 December 2012, we studied 24 individuals aged between 16 and 65 years old with ankle sprain. After six weeks in the follow-up appointment it was applied one questionnaire to collect data. Individuals with complaints and signs of subjective joint instability underwent ankle bilateral radiography sided laden weight and in radiological lateral stress test, in order to identify objective instability. Results: A sample made by 58.3% males and 41.7% females were observed. On physical examination, 45.8% had positive subjective instability in the follow-up appointment. Of these, 45.5% had positive radiological lateral stress test, in other words, objective instability. In this study, positive symptoms in the follow-up appointment had statistically significant relationships with positive CAIT, subjective instability and objective instability. It was also observed a statistically significant relationship between age and objective instability, RICE treatment and pain evolution, severe symptoms in ER and objective instability, objective instability and the quality of life subscale in FAOS and between early mobilization and pain reduction. In the sprain the most prevalent cause was irregular ground (54,2%) and the most prevalent mechanism was inversion (89,5%). Conclusions: Ankle sprains are musculoskeletal injuries very common in the ER, with high socioeconomic costs associated. In addiction to a correct treatment in the acute phase, it was found in this study the importance on a follow-up visit. Approximately half of the patients with sprains progressed to subjective and objective instability of the ankle and should be diagnosed and treated early to avoid repeat sprains and degenerative joint squeals.Universidade da Beira InteriorLopes, Cláudia Manuela Silva SantosEsteves, NunouBibliorumCunha, Manuel Rafael Caixeiro da2013-11-06T17:04:12Z2013-052013-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1465porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:01Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1465Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:16.616436Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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