O exercício em gramáticas de português como língua estrangeira para francófonos (século XIX)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Maria do Céu
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://ojs.letras.up.pt/index.php/LinguarumArena/article/view/5088
Resumo: Este texto aborda aspetos da atividade heterogénea (em termos de objetivos e modos de realização) conhecida sob a etiqueta de “exercício”, a partir de um corpus de gramáticas de português como língua estrangeira (PLE) do século XIX, dirigidas a um público-alvo francês. Tais aspetos prendem-se a conceções, ambientes de aprendizagem, formas e práticas que o exercício assumiu num momento histórico em que, do ponto de vista metodológico, a gramática e a tradução eram a base do ensino das línguas modernas estrangeiras, ainda muito marcado pela reputação do texto literário. A abordagem é, pois, historiográfi ca, na linha da articulação de princípios e metodologias propostos por Koerner (2014) e Auroux (2007) para o estudo da história das ideias linguísticas. O presente trabalho é uma aproximação a ideias linguísticas sobre o exercício, em torno de dois vetores fundamentais: de um lado, a tradição gramatical de PLE, no contexto das especifi cidades e características de gramáticas de línguas estrangeiras, que vários investigadores (P. Swiggers, J. Gómez Asencio, N. McLelland, entre outros) têm vindo a assinalar; de outro, a cronologia do século XIX e a defi nição de um público-alvo francês, aspetos ligados, na medida em que, face aos dados de que se dispõe, o século XIX parece ter sido um período de grande vitalidade na produção editorial francesa de gramáticas de PLE, da autoria de falantes nativos (portugueses / brasileiros) e não nativos (franceses). Sabe-se que o exercício tem sempre lugar em qualquer método de aprendizagem, seja como elemento essencial, ou apenas constitutivo do processo de ensino. A sua complexidade decorre exatamente do facto de, apresentando-se como uma constante, ser portador de marcas que indiciam implícitos linguísticos, cognitivos, afetivos, psicomotores. A discussão destas questões, que implicaria distinções entre exercício / atividade / tarefa / resolução de problemas, ficará de remissa, por enquanto.
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