O ensino não formal na aprendizagem de português língua estrangeira em contexto de acolhimento: um estudo de caso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/15883 |
Resumo: | Ensinar uma língua estrangeira exige, da parte do professor/formador, uma constante atualização de conhecimentos relacionados com a didática e a prática dessa língua, porque os métodos não se negam uns aos outros, acrescentam-se, e só conhecendo-os se pode decidir por um ou por outro, de acordo com os alunos/formandos e com o(s) objetivo(s) a atingir. Quem ensina precisa ter consciência da necessidade de competências da língua de acolhimento para a integração de cada imigrante; da importância dos saberes que cada aluno/formando traz consigo; do valor das aprendizagens extralinguísticas para o conhecimento do “outro”; da mais-valia do uso desses saberes na autonomia de cada imigrante. Em Portugal, os documentos de apoio às tarefas do professor/formador não dão receitas porque elas não existem. Todavia, grandes avanços foram feitos nos últimos anos e o professor/formador tem ao seu dispor materiais que lhe permitem trabalhar, autonomamente ou em grupo, com um suporte científico que reduz os riscos desta atividade aparentemente tão solitária. Conscientes de que cada vez mais a aprendizagem de uma língua estrangeira requer uso de metodologias e tarefas diversificadas e adequadas ao público, a educação formal, a não formal e a informal tocam-se e complementam-se, em processos que, ao denominá-los de uma forma, parece que negamos os outros dois. O processo de educação não formal, por se reger por atividades maioritariamente não formais (aprendizagem com e através da experiência, e construção de aprendizagens no conhecimento que já existe), é, segundo vários autores, o indicado para o ensino- -aprendizagem da língua de acolhimento a imigrantes, sobretudo a imigrantes adultos, porque reduz a frustração e a ansiedade. Um programa de ensino não formal de língua portuguesa a adultos imigrantes, em contexto de acolhimento, será, neste trabalho, objeto de reflexão em estudo de caso. Demos voz aos vários atores neste processo e, através da avaliação das competências observadas nos formandos e dos resultados obtidos no exame CIPLE, concluiremos da adequação das práticas aos objetivos de comunicação e integração. O que significa, afinal, integração de imigrantes? Como se entende este processo, presentemente, em Portugal? Como contribuir eficazmente para a integração dos imigrantes, através do ensino do português, num contexto de imersão? |
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O ensino não formal na aprendizagem de português língua estrangeira em contexto de acolhimento: um estudo de casoEducação não formal - PortugalLíngua portuguesa - Estudo e ensino - EstrangeirosLíngua portuguesa - Estudo e ensino - ImersãoImersão linguística (Ensino de línguas)Ensinar uma língua estrangeira exige, da parte do professor/formador, uma constante atualização de conhecimentos relacionados com a didática e a prática dessa língua, porque os métodos não se negam uns aos outros, acrescentam-se, e só conhecendo-os se pode decidir por um ou por outro, de acordo com os alunos/formandos e com o(s) objetivo(s) a atingir. Quem ensina precisa ter consciência da necessidade de competências da língua de acolhimento para a integração de cada imigrante; da importância dos saberes que cada aluno/formando traz consigo; do valor das aprendizagens extralinguísticas para o conhecimento do “outro”; da mais-valia do uso desses saberes na autonomia de cada imigrante. Em Portugal, os documentos de apoio às tarefas do professor/formador não dão receitas porque elas não existem. Todavia, grandes avanços foram feitos nos últimos anos e o professor/formador tem ao seu dispor materiais que lhe permitem trabalhar, autonomamente ou em grupo, com um suporte científico que reduz os riscos desta atividade aparentemente tão solitária. Conscientes de que cada vez mais a aprendizagem de uma língua estrangeira requer uso de metodologias e tarefas diversificadas e adequadas ao público, a educação formal, a não formal e a informal tocam-se e complementam-se, em processos que, ao denominá-los de uma forma, parece que negamos os outros dois. O processo de educação não formal, por se reger por atividades maioritariamente não formais (aprendizagem com e através da experiência, e construção de aprendizagens no conhecimento que já existe), é, segundo vários autores, o indicado para o ensino- -aprendizagem da língua de acolhimento a imigrantes, sobretudo a imigrantes adultos, porque reduz a frustração e a ansiedade. Um programa de ensino não formal de língua portuguesa a adultos imigrantes, em contexto de acolhimento, será, neste trabalho, objeto de reflexão em estudo de caso. Demos voz aos vários atores neste processo e, através da avaliação das competências observadas nos formandos e dos resultados obtidos no exame CIPLE, concluiremos da adequação das práticas aos objetivos de comunicação e integração. O que significa, afinal, integração de imigrantes? Como se entende este processo, presentemente, em Portugal? Como contribuir eficazmente para a integração dos imigrantes, através do ensino do português, num contexto de imersão?Abstract: Teaching a foreign language requires the teacher to constantly update his knowledge regarding the didacticism and usage of that language, as different methods do not deny one another but instead complement each other, and the only way to decide which one to go with, depending on the students and goals to reach, is to be familiar with those methods. Language teachers need to be conscious about the skills that the host language demands for the integration of each immigrant; about the importance of the knowledge that each student has; about the value of extra-linguistic learning when it comes to getting to know other people; and about how much of an asset this knowledge about the autonomy of each immigrant is. In Portugal, the supporting documents for teachers’ tasks do not generate revenue because they do not exist. However, important improvements were made during the last few years and teachers now have access to support material that allow them to work, in an autonomous way or in a group, with a scientific support that reduces the risks of this apparently lonely activity. Knowing that learning a foreign language is increasing the need to use varied methodologies and diverse tasks according to the learner, the formal, non-formal, and informal education complement each other in such processes that, by dominating them in one way, the other two seem to be ignored. The process of non-formal education, because it is based on mainly non-formal activities (learning with and through experience, and creating new learning ways on the already possessed knowledge) is, according to several authors, the most suited one for teaching a new host language to immigrants, especially adults, as it decreases frustration and anxiety. A non-formal Portuguese language teaching program for adult immigrants on a hosting environment will be, on this paper, an object of reflection on a case study. We gave voice to the several authors involved in this process and, through the evaluation of the observed competences of the learners and the results obtained on the CIPLE exam, we shall withdraw several conclusions on the suitability of the practices of the goals of communication and integration. What does “Integration of Immigrants” mean, after all? How is this process understood, nowadays, in Portugal? How can one contribute, in an effective way, for the integration of immigrants, through the Portuguese educational system, in a context of immersion?Gaspar, Catarina I. S.Repositório da Universidade de LisboaMartins, Maria Filomena Bernardo2015-02-03T16:57:44Z2014-11-252014-08-142014-11-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/15883TID:201896044porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:02:48Zoai:repositorio.ul.pt:10451/15883Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:37:11.155150Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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