Eutanásia em Idade Pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Inês Beles Dias Sousa e
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11375
Resumo: Introdução: A eutanásia em menores tem sido uma questão debatida nos últimos tempos, após a sua legalização na Bélgica, em 2014. Em Portugal, a sua discussão tem sido constante, sendo essencial compreender qual a opinião dos médicos, que lidam com crianças em situações de fim de vida, face à despenalização da eutanásia e se consideram os cuidados paliativos pediátricos como alternativa. De facto, a criança é um ser vulnerável, pelo que levanta questões éticas que devem ser abordadas e refletidas. Materiais e Métodos: Este é um estudo transversal, descritivo, qualitativo e quantitativo, com base na aplicação de um questionário anónimo a todos os médicos da área da pediatria, neonatologia e cirurgia pediátrica, do distrito do Porto. O questionário avalia a opinião dos médicos face à problemática da despenalização da eutanásia, o nível de formação destes médicos em cuidados paliativos e a sua opinião quanto ao investimento nesta área. Posteriormente, realizou-se uma análise dos dados obtidos. Resultados: O estudo incluiu 131 médicos, sendo que 80,9% são do sexo feminino e 73,3% afirmam ter crenças religiosas. Conclui-se que 32,8% dos médicos são a favor da despenalização da eutanásia em menores, 95,4% dos médicos considera os cuidados paliativos pediátricos como alternativa à eutanásia, mas apenas 17,6% afirma ter formação nesta área. Por fim, 90,1% da amostra considera que o investimento dos cuidados paliativos pediátricos em Portugal é deficiente. Conclusão: É essencial investir nos cuidados paliativos pediátricos. A formação dos médicos nesta área deve ser obrigatória, de forma a capacitá-los para situações de fim de vida em menores. Para além disso, é necessário investir na paliação em Portugal, através da integração total desta área no Sistema Nacional de Saúde e mediante recursos financeiros, que atualmente estão reduzidos.
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