Eutanásia e suicídio medicamente assistido : atitude dos médicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Helena Sofia Rodrigues Fragoeiro de Gouveia e, 1984-
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/32826
Resumo: Tese de mestrado, Cuidados Paliativos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2017
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spelling Eutanásia e suicídio medicamente assistido : atitude dos médicosEutanásiaSuicidio medicamente assistidoDecisões em fim de vidaMorte assistidaCuidados paliativosTeses de mestrado - 2017Domínio/Área Científica::Ciências MédicasTese de mestrado, Cuidados Paliativos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2017Os médicos desempenham um papel importante ao nivel das decisões em fim de vida, sendo que no último século o progresso técnico e científico conduziu a uma mudança nos padrões da morte, com as doenças degenerativas, oncológicas e crónicas ocupando um lugar de destaque em termos de mortalidade. Vive-se durante mais tempo, mas nem sempre com uma melhor qualidade de vida. A morte e o morrer são muitas vezes escondidas da sociedade, e por vezes até do próprio moribundo, suscitando mais sofrimento e dificuldade em lidar com a morte. Embora a eutanásia e o suicidio assistido existam desde a antiguidade, continuam a ser temas controversos, não só devido às questões legais que lhe são inerentes, mas também, e sobretudo, devido às questões éticas associadas. Apesar de ser legal em alguns países, em Portugal, a morte assistida não se encontra regulamentada. Contudo, variados autores têm estudado estas temática, embora em Portugal não existam muitos estudo, particularmente do ponto de vista do médico. Com este estudo procurou-se obter mais informações sobre o que pensam os médicos portugueses sobre a eutanásia e o suicidio assistido, bem como sobre as suas atitudes face a eventuais pedidos. Este estudo foi do tipo descritivo, quantitativo, correlacional e transversal e teve lugar na Ilha Madeira. O instrumento utilizado foi o questionário realizado por Ferraz Gonçalves em 2006 sobre as atitudes dos oncologistas portugueses face à eutanásia e ao suicidio assistido. Os dados foram posteriormente analisados com o programa SPSS. A amostra foi constituída por 183 médicos com idades compreendidas entre os 25 e os 65 anos, a maioria dos quais pertencendo ao género feminino (73,8%). Apesar da maioria dos médicos recusar-se a praticar eutanásia no quadro legal vigente (48,1%), o número daqueles predispostos a realizá-la aumentava se a mesma fosse legalizada. A maioria dos inquiridos (65,6%) pensam que a eutanásia deveria ser permitida em Portugal. Contudo, o número daqueles que pensam que o suicidio assistido deveria ser legalizado é menor (46,9%). A maioria discorda com o alargamento dos conceitos de eutanásia e suicídio assistido a doentes não terminais. Apenas 10,9% dos médicos alguma vez recebeu um pedido de eutanásia e sómente 2,2% receberam pedidos de suicidio medicamente assistido. Nenhum médico referiu ter participado de uma morte assistida. Contudo, a maioria gostaria de poder optar pela morte assistido no caso de padecer de uma doença terminal. Finalmente, embora a maioria dos médicos concordasse que os cuidados paliativos resolviam a maioria se não todos os pedidos de morte assistida, apenas uma minoria apresentava formação nesta área, o que nos remete para a necessidade de investir a este nível.Physicians play an important role in end of life decisions. In the last century, the technical and scientific progress has conducted to a change in the patterns of dying with degenerative, oncologic and chronic diseases occupying a different place from the one they used to. People live longer, but not always with a better quality of life. Death and dying are often hidden from the society, and sometimes even from the person itself, leading to more suffering and difficulty in dealing with death. Euthanasia and physician assisted suicide have existed in societies since ancient times. However, they are still controversial matters not only due to legal aspects, but also and mainly because of the ethical aspects that concerns them. In spite of being legal in some countries, in Portugal there is not a legal frame regulating assisted death. There are not also many studies about it. However, throughout the years and places, different authors have studied these themes from different perspectives. In Portugal only a few studies have been made from the physician point of view. With this study we have tried to find out some more information about what Portuguese physicians think about euthanasia and physician assisted death, and their attitudes towards eventual requests. This was a descriptive, quantitative, correlational and transversal study and took place in Madeira Island. The instrument used was the questionnaire made by Ferraz Gonçalves in 2006 concerning the attitudes from Portuguese oncologists toward euthanasia and physician assisted suicide. We have made some changes so it could include other kind of physicians. The data where then analyzed with SPSS. The sample was constituted by 183 physicians between 25 and 65 years old, mainly (73,8%) from the female gender. Although many of the doctors refused in taking part of assisted death in the actual legal frame (48,1%), the number of those that would do it if it was legalized was substantially bigger. Most of the doctors (65,6%) think that euthanasia should be allowed in Portugal. However, the number of those who think physician assisted suicide should be allowed is smaller (46,9%). Even smaller is the number of those who think the concepts of euthanasia and assisted death should be enlarged and include non-terminal patients. Only a few doctors have ever received an euthanasia (10,9%) or physician assisted suicide (2,2%) request, and none has admitted to having done it. However, most of them would like to be able to choose assisted death in the case of being terminally ill. Nevertheless most of the doctors have agreed that palliative care would prevent most if not all requests of assisted death, only a few had some kind of formation in this area (30,1%).Barbosa, António, 1950-Repositório da Universidade de LisboaFreitas, Helena Sofia Rodrigues Fragoeiro de Gouveia e, 1984-2018-04-17T10:26:34Z20172017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/32826TID:201697432porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:27:18Zoai:repositorio.ul.pt:10451/32826Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:48:00.409142Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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