Partners in Allergy – Alérgicos como nós!

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Luís
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/33729
https://doi.org/Martins L. Partners in Allergy – Alérgicos como nós! Rev Port Imunoalergologia. 2022; 30(1):7-8 doi.org/10.32932/rpia.2022.03.073
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Resumo: A analogia adaptada entre as histórias de Agatha Christie e o livro de Manuel Alegre podia servir para nome de um filme internacional e ajusta-se perfeitamente à realidade da alergia humana e animal. Sensibilização a diferentes alergénios, diferentes taxas de sensibilização, diferentes padrões de alergia, mas igualmente alérgicos, são o mote. Do nosso lado e do deles fomos descobrindo novas e interessantes semelhanças: a dermatite e a conjuntivite alérgicas causam-nos prurido, o broncospasmo asmático causa-nos dispneia, a alergia alimentar provoca-nos dermatite, queilite e enterite, e às vezes pior. Atualmente, ao arranjar um animal de estimação adere-se a este espírito, perfeitamente inserido no objetivo de qualidade de vida e indissociável da preocupação com a saúde familiar, relacionada com afeções quer de natureza zoonótica, quer alérgica. Se somos alérgicos ao gato, ao coelho ou ao cão que temos lá em casa, a questão assume quase sempre contornos de grande delicadeza. Não existindo um tratamento 100% eficaz ou isento de efeitos secundários, ressalta-se a utilidade de uma abordagem terapêutica multimodal, a nível da evicção do contacto com as espécies alergénicas implicadas, da integridade da barreira cutânea, da inibição dos mediadores inflamatórios e pruriginosos, e do recondicionamento da resposta imunitária. Clinicamente diagnosticada a condição atópica ou de alergia alimentar, torna-se fundamental identificar as espécies alergénicas relacionadas com a alergia individual. Encontramo-nos, pois, num momento de viragem no desenvolvimento do conhecimento científico em imunoalergologia veterinária e comparada. A vertente veterinária tira vantagem da informação e recursos metodológicos desenvolvidos para a nossa espécie, enquanto a vertente humana beneficia da informação obtida no domínio veterinário, onde os animais são nossos conviventes e, em condições éticas, possíveis modelos de estudo.
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