Casuística das malformações congénitas detetadas ecograficamente no CHCB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, André Laiginhas Afonso Bravo e
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8104
Resumo: Introdução: A deteção de anomalias congénitas é um dos principais objetivos da ecografia de rastreio pré-natal, tendo a notificação das mesmas ao Registo Nacional de Anomalias Congénitas vindo progressivamente a aumentar graças a esta importante ferramenta. Embora grande parte das grávidas cujos fetos desenvolveram malformações no decurso da gestação não apresentem fatores de risco identificáveis, existem certos fatores que propiciam o surgimento destas anomalias, pelo que o seu estudo se revela de suma importância. Objetivos: Caracterizar a população de grávidas do Centro Hospitalar Cova da Beira em que foram detetadas ecograficamente, durante a gravidez, anomalias congénitas, avaliando variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas com fatores de risco, fazendo ainda uma comparação dos resultados com um grupo de controlo constituído por grávidas cujos fetos não tiveram qualquer tipo de anomalia congénita detetada. Métodos: Estudo observacional, analítico e retrospetivo, cujos dados foram recolhidos dos processos clínicos das grávidas seguidas em Consultas de Obstetrícia entre 2012 e 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: A amostra é constituída por 40 mulheres para o grupo de estudo e 43 mulheres para o grupo de controlo. Detetaram-se 40 casos de recém-nascidos com malformações congénitas, sendo que destes 27,5% apresentaram associações de malformações congénitas pertencentes a mais do que uma entidade nosológica. Verificou-se, para a análise distributiva por grupo de estudo, que existem diferenças estatisticamente significativas para as variáveis desfecho clínico, idade gestacional, peso e índice obstétrico do recém-nascido à nascença, antecedentes familiares de malformações congénitas, alergias medicamentosas e seroconversão na grávida para agentes infeciosos pesquisados nos exames de rastreio pré-natal padrão; foram também encontradas, na análise inferencial, correlações entre a variável dependente com as variáveis sexo do recém-nascido, situação profissional da grávida, situação profissional do pai e hábitos tabágicos. Conclusão: Este estudo fornece mais provas quanto à associação das malformações congénitas a certas variáveis sociodemográficas, clínicas e associadas a fatores de risco presentes na grávida, e conseguiu ainda demonstrar que as malformações congénitas estão associadas a piores resultados nos parâmetros antropométricos medidos nos recém-nascidos quando em comparação com o grupo de controlo. É assim necessária a manutenção da pesquisa exaustiva dos factores de risco modificáveis e não modificáveis para as malformações congénitas da nossa população, já que o acesso atempado a tal informação permite às equipas profissionais uma intervenção mais direcionada à evicção dos factores de risco modificáveis específicos de cada grávida, fornecendo ainda a possibilidade de um melhor aconselhamento e educação em relação a fatores de risco não modificáveis.
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Objetivos: Caracterizar a população de grávidas do Centro Hospitalar Cova da Beira em que foram detetadas ecograficamente, durante a gravidez, anomalias congénitas, avaliando variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas com fatores de risco, fazendo ainda uma comparação dos resultados com um grupo de controlo constituído por grávidas cujos fetos não tiveram qualquer tipo de anomalia congénita detetada. Métodos: Estudo observacional, analítico e retrospetivo, cujos dados foram recolhidos dos processos clínicos das grávidas seguidas em Consultas de Obstetrícia entre 2012 e 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: A amostra é constituída por 40 mulheres para o grupo de estudo e 43 mulheres para o grupo de controlo. Detetaram-se 40 casos de recém-nascidos com malformações congénitas, sendo que destes 27,5% apresentaram associações de malformações congénitas pertencentes a mais do que uma entidade nosológica. Verificou-se, para a análise distributiva por grupo de estudo, que existem diferenças estatisticamente significativas para as variáveis desfecho clínico, idade gestacional, peso e índice obstétrico do recém-nascido à nascença, antecedentes familiares de malformações congénitas, alergias medicamentosas e seroconversão na grávida para agentes infeciosos pesquisados nos exames de rastreio pré-natal padrão; foram também encontradas, na análise inferencial, correlações entre a variável dependente com as variáveis sexo do recém-nascido, situação profissional da grávida, situação profissional do pai e hábitos tabágicos. Conclusão: Este estudo fornece mais provas quanto à associação das malformações congénitas a certas variáveis sociodemográficas, clínicas e associadas a fatores de risco presentes na grávida, e conseguiu ainda demonstrar que as malformações congénitas estão associadas a piores resultados nos parâmetros antropométricos medidos nos recém-nascidos quando em comparação com o grupo de controlo. É assim necessária a manutenção da pesquisa exaustiva dos factores de risco modificáveis e não modificáveis para as malformações congénitas da nossa população, já que o acesso atempado a tal informação permite às equipas profissionais uma intervenção mais direcionada à evicção dos factores de risco modificáveis específicos de cada grávida, fornecendo ainda a possibilidade de um melhor aconselhamento e educação em relação a fatores de risco não modificáveis.Introduction: The detection of congenital anomalies is one of the main goals of prenatal screening ultrasound, and its notification to the National Registry of Congenital Anomalies has progressively increased because of this important tool. Although the majority of pregnant women whose fetuses developed malformations during pregnancy do not present with identifiable risk factors, there are certain factors that may lead to the appearance of such anomalies, thus its study reveals as a matter of paramount importance. Objectives: Describe the population of pregnant women at the Centro Hospital da Cova da Beira whose fetuses had congenital anomalies detected by prenatal ultrasound, by analyzing sociodemographic, clinical and risk-related variables as well as comparing of the results with a control group of pregnant women whose fetuses did not have any type of congenital anomaly detected. Methods: This is an observational, analytical and retrospective study. Data was obtained from the files of pregnant women followed between 2012 and 2016 at Centro Hospitalar Cova da Beira. Results: The sample consisted of 40 women in the study group and 43 women in the control group. 40 cases of newborns with congenital malformations were detected, of which 27.5% had associations of congenital malformations belonging to more than one nosological entity. For the distributive analysis, there were found statistically significant differences for the clinical outcome at birth, gestational age, birth weight and obstetric score of the newborn at birth, family history of congenital malformations, drug allergies and seroconversion for infectious agents screened on standard prenatal screening tests; Correlations were also found in the inferential analysis between the dependent variable with the gender of the newborn, the pregnant woman’s professional status, the father's professional status and the pregant woman’s smoking habits. Conclusion: This study gives further evidence of the association of congenital malformations with certain socio-demographic, clinical and risk factor-associated variables present in pregnant women, and was able to demonstrate that congenital malformations were associated with worse results in the anthropometric parameters measured in newborns comparing to the control group. It is therefore necessary to maintain the exhaustive research of modifiable and non-modifiable risk factors for congenital malformations of our population, since timely access to such information allows professional teams a much more directed intervention in order to avoid modifiable risk factors specific to each pregnant women, while also providing the possibility of better counseling and education regarding non-modifiable risk factors.Meyer, Fernanda Taliberti PeretoRodrigues, Nélia Lamberta PereirauBibliorumSilva, André Laiginhas Afonso Bravo e2019-12-23T17:06:45Z2017-6-22017-07-032017-07-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8104TID:202346820porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:51Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8104Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:31.065075Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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