Construção e avaliação das propriedades psicométricas de uma escala de eventos adversos associados às práticas enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castilho, Amélia Filomena de Oliveira Mendes
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Parreira, Pedro Miguel Santos Dinis
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=vXdmVK
Resumo: As circunstâncias complexas que envolvem a prestação de cuidados de saúde predispõem à ocorrência de avaliações, decisões e práticas incorrectas, que podem originar danos nos doentes. O presente estudo, de natureza não experimental, quantitativo de design transversal (cross-sectional) e descritivo, teve como objectivo construir e analisar as propriedades psicométricas de uma escala de avaliação dos eventos adversos associados à prática de enfermagem no doente internado. A construção da referida escala teve como referencial a proposta de Pasquali (1999) e Moreira (2009). A amostra constituiu-se com enfermeiros que frequentaram os vários cursos de pós licenciatura e mestrado em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem no ano lectivo 2010/2011 (n=149). A versão inicial, apresentada numa escala de cinco pontos, foi apreciada por um painel de peritos. É composta por duas subescalas (processo e resultado) que abrangem seis tipos de eventos adversos em áreas de cuidados críticas para a segurança dos doentes. A subescala de práticas de enfermagem, composta por 39 itens, avalia o processo relativo ao cumprimento de práticas preventivas e falhas na aplicação de normas profissionais. Da análise factorial emergiram dez dimensões com os seguintes valores médios: vigilância (4,22); advocacia (3,98); prevenção de quedas (3,76); prevenção de úlceras (4,02); falhas na preparação da medicação (2,28), falhas na administração de medicação (1,82); falhas na vigilância da medicação (2,08); higienização das mãos (4,43), cuidados com equipamentos de protecção individual (4,05) e higiene ambiental (4,14). Apresenta um alpha de Cronbach global de .90. A subescala de eventos adversos, constituída por 13 itens, avalia o resultado relativo ao risco/ocorrência de eventos adversos. Na análise factorial emergiram os seguintes factores: agravamento do estado do doente, risco e ocorrência de IACs, risco e ocorrência de erros de medicação, risco de quedas e úlceras de pressão, ocorrência de quedas e úlceras de pressão, percepção geral de segurança. Apresenta um alpha de Cronbach global de .85. As análises efectuadas evidenciaram qualidades psicométricas adequadas. Recomenda-se a replicação do estudo, nomeadamente pela limitação da dimensão da amostra obtida.
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