Radioembolização de Metástases Hepáticas de Carcinoma Colorretal. Um Estudo Retrospetivo de 9 Anos numa Instituição de Referência em Portugal
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25748/arp.25698 |
Resumo: | Introdução: O papel da radioembolização (RE) de metástases hepáticas de carcinoma colorretal (mhCCR) permanece indefinido. O presente estudo pretende avaliar os resultados e possíveis fatores de prognóstico da RE nestes pacientes. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospetiva de todos os doentes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis submetidos a RE na nossa instituição, desde janeiro de 2011 a março de 2020. A sobrevida a um ano foi determinada pelo método de Kaplan-Meier; para avaliação de fatores de prognóstico foram usados os testes log-Rank, Qui-quadrado, Fisher, Mann-Whitney e teste-t. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes. A idade média foi de 61,5 anos e a maioria dos doentes eram do sexo masculino (63,3%). A dor abdominal foi a complicação mais frequente (40%). O sucesso da RE foi observado em 50% dos casos. Um estádio ≤ 3, níveis de CEA < 20 ng/mL e ausência de invasão vascular ou linfática no momento do diagnóstico, bem como um tempo livre de metastização superior a um ano desde o diagnóstico foram significativamente associados ao sucesso da RE. A sobrevida a um ano de pacientes com e sem sucesso na RE foi de 9,4 e 8,9 meses, respetivamente. Conclusão: A RE é uma terapêutica bem-tolerada, com resultados promissores. A seleção criteriosa dos pacientes é fundamental para a obtenção de uma RE com sucesso. As complicações são poucas e facilmente controladas. Contudo, são necessários mais estudos para fundamentar e validar esta opção na gestão terapêutica dos pacientes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis. |
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Radioembolização de Metástases Hepáticas de Carcinoma Colorretal. Um Estudo Retrospetivo de 9 Anos numa Instituição de Referência em PortugalRadioembolização de Metástases Hepáticas de Carcinoma Colorretal. Um Estudo Retrospetivo de 9 Anos numa Instituição de Referência em PortugalArtigos OriginaisIntrodução: O papel da radioembolização (RE) de metástases hepáticas de carcinoma colorretal (mhCCR) permanece indefinido. O presente estudo pretende avaliar os resultados e possíveis fatores de prognóstico da RE nestes pacientes. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospetiva de todos os doentes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis submetidos a RE na nossa instituição, desde janeiro de 2011 a março de 2020. A sobrevida a um ano foi determinada pelo método de Kaplan-Meier; para avaliação de fatores de prognóstico foram usados os testes log-Rank, Qui-quadrado, Fisher, Mann-Whitney e teste-t. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes. A idade média foi de 61,5 anos e a maioria dos doentes eram do sexo masculino (63,3%). A dor abdominal foi a complicação mais frequente (40%). O sucesso da RE foi observado em 50% dos casos. Um estádio ≤ 3, níveis de CEA < 20 ng/mL e ausência de invasão vascular ou linfática no momento do diagnóstico, bem como um tempo livre de metastização superior a um ano desde o diagnóstico foram significativamente associados ao sucesso da RE. A sobrevida a um ano de pacientes com e sem sucesso na RE foi de 9,4 e 8,9 meses, respetivamente. Conclusão: A RE é uma terapêutica bem-tolerada, com resultados promissores. A seleção criteriosa dos pacientes é fundamental para a obtenção de uma RE com sucesso. As complicações são poucas e facilmente controladas. Contudo, são necessários mais estudos para fundamentar e validar esta opção na gestão terapêutica dos pacientes com mhCCR quimiorrefratárias e irressecáveis.Introduction: The role of radioembolization (RE) in liver dominant metastatic colorectal cancer liver (mCRC) is still unclear. This research aims to assess the prognostic factors and outcomes of RE in these patients. Methodology: A retrospective analysis of all patients with liver mCRC who underwent RE in our institution, from January 2011 to March 2020, was performed. The one-year survival was evaluated with the Kaplan-Meier method and potential prognostic factors were analysed using the log-rank test, Mann-Whitney test, chi-square test, Fisher’s test, and t-test for independent samples. Results: Thirty patients were analysed. The median age was 61.5 years and most patients were male (63.3%). There was a low complication rate. Successful RE was observed in 50% of the cases. Lower cancer stage, CEA levels at diagnosis lower than 20ng/mL, more than one year between diagnosis of CRC and the emergence of liver metastases, absence of vascular or lymphatic invasion at the time of diagnosis were significantly associated with a successful. The one-year survival of patients with and without successful RE was 9.4 and 8.9 months, respectively. Conclusion: The RE was considered a well-tolerated procedure, with easily managed complications and a low complication rate. Careful selection of patients is essential for obtaining a successful ER. However, more studies with larger cohorts are needed to validate this procedure in patients with unresectable and chemorefractory liver mCRC.SPRMN2022-01-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25748/arp.25698por2183-13512183-1351Lameiras Costa, Marta DanielaFerreira, BárbaraSousa, Maria JoséCosta, NunoCastelo-Branco, MiguelGonçalves, Belarminoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:27:24Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/25698Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:00:06.004686Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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