Ciganos, os portugueses esquecidos: percepções de justiça e relações com as autoridades, a lei e a justiça

• Autor(a) principal: Teixeira, Virgínia
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/2483
• topic: Privação Relativa; Lei; Interiorização das Normas Sociais; Relative Deprivation; Law; Collective Self-Esteem; Interiorization of Social Norms

Neste estudo correlacional o objectivo foi o de aprofundar factores que poderão influenciar a Privação Relativa, utilizando variáveis apresentadas nos estudos de Vala, Lopes e Brito (1999), de Vala, Brito e Lopes (1999) e os de Lima e Vala (2003a, 2003b), como a Satisfação com a Vida, Auto-Estima Colectiva, Interdependência, Legitimidade das Assimetrias; Interiorização das Normas Sociais, Crença na Mudança Social; Participação em Acções Colectivas e Controlo sobre a Vida e Sobre o Sistema Social. Os participantes foram 121 indivíduos de etnia cigana, 38 do sexo feminino (31.4%) e 83 do sexo masculino (68.6%) e os resultados mostraram que o número de indivíduos duplamente privados é significativo; e que os inquiridos apresentam alta Satisfação com a Vida, Auto-Estima Colectiva, Crença na Mudança Social, Percepção de Legitimidade e Interiorização das Normas Sociais, e baixa Participação em Acções Colectivas. A análise correlacional apresentou diversas associações com os índices de Privação Relativa, que sugerem futuras linhas de investigação. Optou-se por realizar ainda análises de variância utilizando apenas os índices de Privação Relativa Intergrupal como variáveis dependentes teóricas, tendo-se verificado várias diferenças significativas, nomeadamente que a participação em acções colectivas ocorre primordialmente em privados e que no índice das relações com as autoridades, a Lei e a Justiça, a Auto-Estima Colectiva é mais intensa em privados e a legitimidade em Gratificados; não se tendo verificado diferenças significativas no caso da Privação Relativa Institucional.