Histerectomia totalmente laparoscópica: análise retrospetiva de 262 casos
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/32455 |
Resumo: | Introdução: A histerectomia é a cirurgia ginecológica major mais frequentemente realizada nos países desenvolvidos, considerando- -se três principais vias de abordagem: vaginal, abdominal e laparoscópica. Apesar de múltiplas vantagens, a histerectomia totalmente laparoscópica tem-se associado a controvérsia relativamente à taxa de complicações. Objectivos: Análise da nossa casuística de histerectomia totalmente laparoscópica e avaliação da taxa de complicações. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos das doentes submetidas a histerectomia totalmente laparoscópica no nosso departamento, pela mesma equipa cirúrgica, entre abril de 2009 e março de 2013 (n = 262). Resultados: As doentes tinham em média 48,9 ± 9 anos e 49,2% tinha antecedentes de cirurgia abdomino-pélvica. O índice de massa corporal médio era 26,5 ± 4,5 kg/m2 , sendo que 42% eram obesas ou tinham excesso de peso. O tempo operatório médio para realiza- ção da histerectomia totalmente laparoscópica foi 77,7 ± 27,5 minutos, diminuindo significativamente com o aumento da experiência da equipa cirúrgica. O peso médio da peça operatória foi 241 ± 168,4g e a duração média do internamento após a cirurgia foi 1,49 ± 0,9 dias. A diferença entre a hemoglobina pré e pós-operatória foi 1,5 ± 0,8g/dL. A morbilidade major foi 1,5% (n = 4) e a minor 11,5% (n = 30). Salienta-se um caso de conversão para laparotomia e dois casos de deiscência da cúpula vaginal. Não ocorreu nenhuma lesão urinária ou gastrointestinal grave. Conclusões: Esta série demonstra que, se realizada por uma equipa cirúrgica adequadamente treinada, a histerectomia totalmente laparoscópica é segura e associada a baixa taxa de complicações. |
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Histerectomia totalmente laparoscópica: análise retrospetiva de 262 casosTotal laparoscopic hysterectomy: retrospective analysis of 262 casesComplicações pós-operatóriasHisterectomiaLaparoscopiaPortugalIntrodução: A histerectomia é a cirurgia ginecológica major mais frequentemente realizada nos países desenvolvidos, considerando- -se três principais vias de abordagem: vaginal, abdominal e laparoscópica. Apesar de múltiplas vantagens, a histerectomia totalmente laparoscópica tem-se associado a controvérsia relativamente à taxa de complicações. Objectivos: Análise da nossa casuística de histerectomia totalmente laparoscópica e avaliação da taxa de complicações. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos das doentes submetidas a histerectomia totalmente laparoscópica no nosso departamento, pela mesma equipa cirúrgica, entre abril de 2009 e março de 2013 (n = 262). Resultados: As doentes tinham em média 48,9 ± 9 anos e 49,2% tinha antecedentes de cirurgia abdomino-pélvica. O índice de massa corporal médio era 26,5 ± 4,5 kg/m2 , sendo que 42% eram obesas ou tinham excesso de peso. O tempo operatório médio para realiza- ção da histerectomia totalmente laparoscópica foi 77,7 ± 27,5 minutos, diminuindo significativamente com o aumento da experiência da equipa cirúrgica. O peso médio da peça operatória foi 241 ± 168,4g e a duração média do internamento após a cirurgia foi 1,49 ± 0,9 dias. A diferença entre a hemoglobina pré e pós-operatória foi 1,5 ± 0,8g/dL. A morbilidade major foi 1,5% (n = 4) e a minor 11,5% (n = 30). Salienta-se um caso de conversão para laparotomia e dois casos de deiscência da cúpula vaginal. Não ocorreu nenhuma lesão urinária ou gastrointestinal grave. Conclusões: Esta série demonstra que, se realizada por uma equipa cirúrgica adequadamente treinada, a histerectomia totalmente laparoscópica é segura e associada a baixa taxa de complicações.INTRODUCTION: Hysterectomy is one of the most common gynecological procedures and may be performed either by vaginal approach, laparotomy or laparoscopy. Although total laparoscopic hysterectomy has multiple advantages, conflicting major complication rates have been previously reported. OBJECTIVES: To describe our experience performing TLH and to evaluate complication rates. MATERIAL AND METHODS: A retrospective observational study of all total laparoscopic hysterectomy performed in our department, by the same surgical team, between April 2009 and March 2013 (n = 262), was conducted. Medical records were reviewed for patient characteristics, operating time, uterine weight, post-operative hemoglobin variation, length of hospital stay, and intra and postoperative complications. RESULTS: Patient average age was 48.9 ± 9.0 years and 49.2% had previous abdominopelvic surgery. The average body mass index was 26.5 ± 4.5 kg/m(2) and 42% of women were either overweight or obese. The mean operating time during the total study period was 77.7 ± 27.5 minutes, but it decreased significantly as the surgical team's training increased. Average uterine weight was 241.0 ± 168.4 g and average hospital stay was 1.49 ± 0.9 days. The mean postoperative hemoglobin variation was -1.5 ± 0.8 g/dL. The major and minor complication rates were 1.5% (n = 4) and 11.5% (n = 30), respectively. One procedure was converted to laparotomy and two women had a vaginal vault dehiscence. No important urinary tract or bowel injuries occurred. CONCLUSIONS: This study demonstrates that, in experienced hands, total laparoscopic hysterectomy is safe and with low complications rates.Ordem dos MédicosUniversidade do MinhoSilva, Cristina NogueiraRibeiro, Samuel SantosBarata, SóniaAlho, ConceiçãoOsório, FilipaJorge, Carlos Calhaz20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/32455por0870-399Xhttp://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/4080/3962info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:37:11Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/32455Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:33:26.015682Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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