O comprometimento organizacional como determinante da voz: um estudo de perfis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sabino, Ana Margarida Fernandes Pereira do Nascimento
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/4848
Resumo: O comprometimento organizacional tem ganho cada vez mais importância como potenciador das dinâmicas organizacionais, particularmente em contextos de imprevisibilidade, como é o actual. O presente estudo visa dar continuidade ao trabalho de Nascimento (2010), propondo-se responder à seguinte questão de partida: em que medida é que a relação entre o comprometimento organizacional e a voz, mediada pela satisfação com o trabalho, é influenciada pelos perfis de comprometimento baseados na componente normativa? Teoricamente adoptou-se o Modelo das Três-Componentes do Comprometimento de Meyer e Allen (1991 e 1997) que postula que este constructo é composto por uma componente afectiva, normativa e calculativa. Em relação aos perfis do comprometimento, adoptou-se o estudo de Meyer e Parfyonova (2010) em que foram definidos dois perfis. Um primeiro, composto pela associação da componente afectiva e normativa que se denomina de Dever Moral. E um outro, Obrigação por Dívida, composto pela associação da componente normativa com a calculativa. A voz é perspectivada como uma das estratégias comportamentais tipificadas no Modelo EVLN de Farrel e Rusbult (1983). Finalmente, adoptou-se o Modelo das Características da Função de Hackman e Oldham (1980) para a satisfação com o trabalho. Foi testado inicialmente o modelo proposto. Posteriormente verificou-se em que medida é que esse modelo diferia de um perfil de Dever Moral para um perfil de Obrigação por Dívida. Os resultados demonstraram a necessidade de se continuar a realizar estudos referentes à componente normativa. Este trabalho revelou também a importância em percepcionar os diferentes tipos de vozes que emergem nestes contextos. Finalmente, invoca-se a necessidade das organizações passarem a gerir os afectos, visto a componente afectiva ter assumido um papel preponderante independentemente do perfil de comprometimento.
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