Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5414
Resumo: Introdução: O contacto pele a pele precoce define-se como colocar o recém-nascido sobre a mãe, nos primeiros 5 minutos após o parto, durante pelo menos uma hora, de acordo com recomendações internacionais, independentemente da via de parto. Objetivos: Testar os benefícios do contacto pele a pele precoce no recém-nascido de termo nas medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca durante a primeira hora pós-parto e influência de outras variáveis (idade gestacional, tipo de parto, índice de Apgar e amamentação na primeira hora) nestas medidas. Comparar estes dados entre uma instituição pública do interior do país (Hospital Sousa Martins – Guarda) e uma privada do litoral centro (Clínica de Santo António Amadora – Lisboa). Métodos: Preenchimento de grelha com dados referentes ao parto e recém-nascido. As medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca foram preenchidas no minuto 60 pós-parto. Foi realizada análise descritiva, teste t-Student, teste ANOVA, teste Qui-quadrado e correlações com o teste de Pearson, cujos valores de p <0,05 são significativos. Resultados: A amostra foi constituída por 142 elementos, dos quais 68% corresponderam ao Hospital Sousa Martins e 32% à Clínica de Santo António. Quanto ao início do contacto pele a pele, a forma precoce (primeiros 5 minutos pós-parto) foi maioritariamente observada na instituição pública (76% da amostra, p <0,001). A duração média do contacto foi superior na instituição pública (p <0,001), de quase 108 minutos. Na relação entre as medidas e a instituição, verificou-se que a saturação periférica de oxigénio foi superior na instituição privada (p <0,001) enquanto a frequência cardíaca foi superior na instituição pública (p <0,001). Os recém-nascidos sem contacto obtiveram a saturação periférica de oxigénio superior e os que iniciaram após os 5 minutos pós-parto obtiveram um valor inferior (p <0,05). Na comparação entre as durações do contacto, a saturação periférica de oxigénio diminuiu com o aumento da sua duração (60 minutos ou mais, p <0,05). A frequência cardíaca foi superior para os que tiveram no mínimo 60 minutos de contacto (p <0,05). Conclusão: O Hospital Sousa Martins apresentou melhores indicadores em termos de contacto pele a pele – início mais precoce e maior duração (cumprindo o tempo mínimo recomendado internacionalmente). Destacou-se que a temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca mantiveram-se dentro dos intervalos fisiológicos em toda a amostra, provando que este contacto não confere riscos nem desvantagens para o recém-nascido, devendo ser estimulado em todas as instituições de saúde.
id RCAP_54c1abc27faed3048b71c35b77a2b102
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5414
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúdeContacto Pele A Pele PrecoceFrequência CardíacaRecém-Nascido de TermoSaturação de OxigénioTermorregulaçãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O contacto pele a pele precoce define-se como colocar o recém-nascido sobre a mãe, nos primeiros 5 minutos após o parto, durante pelo menos uma hora, de acordo com recomendações internacionais, independentemente da via de parto. Objetivos: Testar os benefícios do contacto pele a pele precoce no recém-nascido de termo nas medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca durante a primeira hora pós-parto e influência de outras variáveis (idade gestacional, tipo de parto, índice de Apgar e amamentação na primeira hora) nestas medidas. Comparar estes dados entre uma instituição pública do interior do país (Hospital Sousa Martins – Guarda) e uma privada do litoral centro (Clínica de Santo António Amadora – Lisboa). Métodos: Preenchimento de grelha com dados referentes ao parto e recém-nascido. As medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca foram preenchidas no minuto 60 pós-parto. Foi realizada análise descritiva, teste t-Student, teste ANOVA, teste Qui-quadrado e correlações com o teste de Pearson, cujos valores de p <0,05 são significativos. Resultados: A amostra foi constituída por 142 elementos, dos quais 68% corresponderam ao Hospital Sousa Martins e 32% à Clínica de Santo António. Quanto ao início do contacto pele a pele, a forma precoce (primeiros 5 minutos pós-parto) foi maioritariamente observada na instituição pública (76% da amostra, p <0,001). A duração média do contacto foi superior na instituição pública (p <0,001), de quase 108 minutos. Na relação entre as medidas e a instituição, verificou-se que a saturação periférica de oxigénio foi superior na instituição privada (p <0,001) enquanto a frequência cardíaca foi superior na instituição pública (p <0,001). Os recém-nascidos sem contacto obtiveram a saturação periférica de oxigénio superior e os que iniciaram após os 5 minutos pós-parto obtiveram um valor inferior (p <0,05). Na comparação entre as durações do contacto, a saturação periférica de oxigénio diminuiu com o aumento da sua duração (60 minutos ou mais, p <0,05). A frequência cardíaca foi superior para os que tiveram no mínimo 60 minutos de contacto (p <0,05). Conclusão: O Hospital Sousa Martins apresentou melhores indicadores em termos de contacto pele a pele – início mais precoce e maior duração (cumprindo o tempo mínimo recomendado internacionalmente). Destacou-se que a temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca mantiveram-se dentro dos intervalos fisiológicos em toda a amostra, provando que este contacto não confere riscos nem desvantagens para o recém-nascido, devendo ser estimulado em todas as instituições de saúde.Introduction: The skin-to-skin contact is defined as placing the newborn on the mother, in the first 5 minutes after birth for at least one hour, according to international recommendations, regardless of the mode of delivery. Objectives: Test the benefits of skin-to-skin contact in term newborns in the measures temperature, peripheral oxygen saturation and heart rate during the first postpartum hour and influence of other variables (gestational age, mode of delivery, Apgar index and breastfeeding in the first hour) in these measures. Compare these data between a public institution inland (Hospital Sousa Martins - Guarda) and a private institution in the central coast (Clínica de Santo António Amadora - Lisboa). Methods: Evaluation grid filled with data relating to childbirth and newborn. The measures temperature, peripheral oxygen saturation and heart rate were filled in 60 minutes after childbirth. Descriptive analysis was performed, as well as t-test, ANOVA test, chi-square test and correlations with the Pearson test, whose p values <0,05 are significant. Results: The sample consisted of 142 members, of which 68% corresponded to Hospital Sousa Martins and 32% to Clínica de Santo António. Regarding the beginning of the skin-to-skin contact, early form (first 5 minutes post-partum) was mainly observed in the public institution (76%, p <0.001). The average contact duration was superior in public institution (p <0.001), almost 108 minutes. In the relationship between the measures and the institution, it was found that the peripheral oxygen saturation was higher in the private institution (p <0.001) while the heart rate was higher in the public institution (p <0.001). Newborns contactless obtained the peripheral oxygen saturation higher and those who started after 5 minutes postpartum had a lower value (p <0.05). In the comparison between the duration of the contact, the peripheral oxygen saturation decreased with increasing duration (60 minutes or more, p <0.05). Heart rate was higher for those who had at least 60 minutes of contact (p <0.05). Conclusions: The Hospital Sousa Martins presented better indicators in terms of skin-to-skin contact – earlier onset and longer duration (fulfilling the minimum time recommended internationally). It is noteworthy that the temperature, peripheral oxygen saturation and heart rate remained within the physiological intervals throughout the sample, proving that this contact does not confer risks or disadvantages for the newborn, and should be encouraged in all health institutions.Costa, Ricardo Jorge Barros dauBibliorumCirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito2018-07-24T15:33:34Z2016-4-142016-05-182016-05-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5414TID:201774119porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5414Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:19.894523Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
title Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
spellingShingle Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
Cirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito
Contacto Pele A Pele Precoce
Frequência Cardíaca
Recém-Nascido de Termo
Saturação de Oxigénio
Termorregulação
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
title_short Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
title_full Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
title_fullStr Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
title_full_unstemmed Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
title_sort Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúde
author Cirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito
author_facet Cirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Costa, Ricardo Jorge Barros da
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Cirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito
dc.subject.por.fl_str_mv Contacto Pele A Pele Precoce
Frequência Cardíaca
Recém-Nascido de Termo
Saturação de Oxigénio
Termorregulação
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
topic Contacto Pele A Pele Precoce
Frequência Cardíaca
Recém-Nascido de Termo
Saturação de Oxigénio
Termorregulação
Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina
description Introdução: O contacto pele a pele precoce define-se como colocar o recém-nascido sobre a mãe, nos primeiros 5 minutos após o parto, durante pelo menos uma hora, de acordo com recomendações internacionais, independentemente da via de parto. Objetivos: Testar os benefícios do contacto pele a pele precoce no recém-nascido de termo nas medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca durante a primeira hora pós-parto e influência de outras variáveis (idade gestacional, tipo de parto, índice de Apgar e amamentação na primeira hora) nestas medidas. Comparar estes dados entre uma instituição pública do interior do país (Hospital Sousa Martins – Guarda) e uma privada do litoral centro (Clínica de Santo António Amadora – Lisboa). Métodos: Preenchimento de grelha com dados referentes ao parto e recém-nascido. As medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca foram preenchidas no minuto 60 pós-parto. Foi realizada análise descritiva, teste t-Student, teste ANOVA, teste Qui-quadrado e correlações com o teste de Pearson, cujos valores de p <0,05 são significativos. Resultados: A amostra foi constituída por 142 elementos, dos quais 68% corresponderam ao Hospital Sousa Martins e 32% à Clínica de Santo António. Quanto ao início do contacto pele a pele, a forma precoce (primeiros 5 minutos pós-parto) foi maioritariamente observada na instituição pública (76% da amostra, p <0,001). A duração média do contacto foi superior na instituição pública (p <0,001), de quase 108 minutos. Na relação entre as medidas e a instituição, verificou-se que a saturação periférica de oxigénio foi superior na instituição privada (p <0,001) enquanto a frequência cardíaca foi superior na instituição pública (p <0,001). Os recém-nascidos sem contacto obtiveram a saturação periférica de oxigénio superior e os que iniciaram após os 5 minutos pós-parto obtiveram um valor inferior (p <0,05). Na comparação entre as durações do contacto, a saturação periférica de oxigénio diminuiu com o aumento da sua duração (60 minutos ou mais, p <0,05). A frequência cardíaca foi superior para os que tiveram no mínimo 60 minutos de contacto (p <0,05). Conclusão: O Hospital Sousa Martins apresentou melhores indicadores em termos de contacto pele a pele – início mais precoce e maior duração (cumprindo o tempo mínimo recomendado internacionalmente). Destacou-se que a temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca mantiveram-se dentro dos intervalos fisiológicos em toda a amostra, provando que este contacto não confere riscos nem desvantagens para o recém-nascido, devendo ser estimulado em todas as instituições de saúde.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-4-14
2016-05-18
2016-05-18T00:00:00Z
2018-07-24T15:33:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/5414
TID:201774119
url http://hdl.handle.net/10400.6/5414
identifier_str_mv TID:201774119
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136359912308736