A imunomodulação do pigmento malárico (hemozoína) aumenta a susceptibilidade para infecções bacterianas disseminadas?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boura, Márcia Carlos Rocha
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/7228
Resumo: Tese de mestrado, Doenças Infecciosas Emergentes, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2012
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spelling A imunomodulação do pigmento malárico (hemozoína) aumenta a susceptibilidade para infecções bacterianas disseminadas?HemozoínaFagocitoseSépsisTeses de mestrado - 2012Tese de mestrado, Doenças Infecciosas Emergentes, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2012Introdução: A infecção por Plasmodium falciparum é referida em diversos trabalhos, como um factor de risco para sépsis bacteriana, mais especificamente, por Salmonella não-typhi. Os fagócitos, monócitos e granulócitos, constituem a primeira linha de defesa do organismo contra patogéneos externos. Desta forma, caso este mecanismo se encontre comprometido pode levar à disseminação da infecção bacteriana, contribuindo para o aumento da morbilidade e mortalidade. O pigmento malárico (hemozoína), um sub-produto do metabolismo do parasita, é libertado na corrente sanguínea após a lise eritrocítica e é ingerido pelos fagócitos, onde persiste por longos períodos. Objectivo: Determinar se a hemozoína, ingerida por monócitos e granulócitos, tem alguma influência na função destas células, em particular na subsequente fagocitose e capacidade de eliminar bactérias (Salmonella enterica serótipo Typhimuirium). Métodos: Pré-incubaram-se monócitos e granulócitos, com diferentes concentrações de hemozoína. Após esta pré-incubação, acedeu-se à capacidade fagocítica, através da incubação com bio-partículas de Escherichia coli, conjugadas com um fluorocromo dependente do pH (pHrodo™). Estas bio-partículas apenas fluorescem em meio acídico como o encontrado em fagossomas, sendo assim possível detectá-las por citometria de fluxo. A capacidade fagocítica e bactericida de monócitos que ingeriram hemozoína foi avaliada através da utilização de bactérias viáveis, Salmonella GPF positiva. Resultados: Os fagócitos pré-incubados com hemozoína, apresentam uma capacidade fagocítica comprometida relativamente aos controlos. Este efeito é dependente da dose de hemozoína utilizada e do tempo de incubação. A inibição da capacidade fagocítica não se cinge apenas aos fagócitos que ingeriram hemozoína. No ensaio fagocítico, com bactérias viáveis, não se verificou diferenças entre as capacidades fagocíticas de monócitos incubados com e sem hemozoína. No entanto, o ensaio bactericida revelou que, os monócitos pré-incubados com hemozoína, permitiram uma maior sobrevivência bacteriana. Conclusão: A hemozoína parece inibir a capacidade fagocítica de monócitos e de granulócitos. A capacidade de destruir bactérias parece estar, igualmente diminuída nos fagócitos incubados com hemozoína. Este facto pode explicar a predisposição dos doentes com malária para adquirirem infecções bacterianas disseminadas.Introduction: Plasmodium falciparum infection is referred, by several studies, as a risk factor for bacterial sepsis, especially with non-typhi Salmonella. Phagocytes (monocytes and granulocytes) are the first line of defense against external pathogens. If this mechanism is impaired it could lead to dissemination of bacterial infection contributing to increased morbidity and mortality. Malaria pigment (haemozoin), a sub-product of parasite’s metabolism, released in the blood stream after erithrocytic lysis, is ingested by these cells, where it may persist. Objective: To investigate if the hemozoin ingested by monocytes and granulocytes has some influence in their function in particular the subsequent phagocytosis and killing of bacteria (Salmonella enterica serovar Typhimurium). Methods: Monocytes and granulocytes were pre-incubated with different amounts of hemozoin. After this pre-incubation phagocytic capacity was assessed by incubation with a pH dependent dye conjugated with Escherichia coli particles (pHrodo ™). These particles only fluoresce in acidic environment, such as found in phagossomes, which can be measured by flow cytometry. GFP transfected Salmonella were used to assess phagocytosis of live bacteria and killing of these bacteria in hemozoin containing phagocytes. Results: Phagocytes pre-incubated with hemozoin have their phagocytic ability impaired relatively to the control. This effect is both dose and time dependent. The inhibition of phagocytic ability is not restricted only to phagocytes that ingested hemozoin. The phagocytic assay using viable bacteria revealed no differences between monocytes incubated with hemozoin and the respective controls. However, the bactericidal assay revealed higher bacterial survival in the hemozoin pre-incubated monocytes. Conclusion: Hemozoin seems to impair the phagocytic capacity of phagocytes. Furthermore, phagocytes ability to kill bacteria seems decreased by hemozoin. This may explain why malaria patients acquire disseminated bacterial infections more easily.Hänscheid, Thomas, 1964-Repositório da Universidade de LisboaBoura, Márcia Carlos Rocha2012-11-15T12:01:24Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/7228porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:50:14Zoai:repositorio.ul.pt:10451/7228Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:32:05.592960Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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