A enfermagem do trabalho em Portugal: experiência, motivações, locais de trabalho, formação, funções, indicadores produzidos e condições de trabalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/24334 |
Resumo: | Introdução: Na Europa, os enfermeiros são o maior grupo profissional da área da saúde que presta cuidados à população ativa, em contexto laboral. Em Portugal o contributo desses enfermeiros ainda não está devidamente explicado, existindo dúvidas acerca da sua experiência profissional, formação académica e tipo de funções/ papeis que ocupa no contexto da Saúde Ocupacional. Objetivo: Pretende-se conhecer a forma como, no momento, se exerce a Enfermagem do Trabalho em Portugal e, desejavelmente, inferir medidas promotoras de mudança para melhor aproveitar o potencial destes profissionais. Método: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional, de carater transversal, realizado após a aplicação de um inquérito online que contou com a colaboração institucional da Ordem dos Enfermeiros, que disponibilizou o acesso ao questionário através da sua página da internet. A recolha de dados ocorreu entre abril de 2016 e abril de 2017. Resultados: Participaram no estudo 87 enfermeiros que, em média, terminaram o curso de enfermagem há 11.86± 8.79 anos, embora trabalhem na Saúde Ocupacional acerca de 7.60± 6.54 anos. As principais motivações para exercerem é a possibilidade de auferirem de um complemento salarial (os mais experientes) ou de um emprego remunerado (os mais jovens), estando em minoria os que pretendem de futuro dedicar-se exclusivamente à Enfermagem do Trabalho. O exercício em empresas de prestação de serviços externos de Saúde Ocupacional (os menos experientes) é centrado, quase exclusivamente, na prestação de tarefas de carater instrumental, com pouca autonomia e fracas condições de trabalho (estruturais, de recursos humanos ou remuneratórias). A prestação de serviços internos, em empresas, é vista como compensatória, pois enfoca na prevenção e promoção da saúde, permitindo um acompanhamento de proximidade dos colaboradores, com grande autonomia. Falta contudo, demonstrar maior pro-atividade relativamente aos objetivos da empresa e desenvolver áreas como a conceção de cuidados individualizados, a investigação, a reabilitação e o planeamento em saúde. Relativamente à formação, a maioria pediu a autorização para exercer, no entanto, apenas uma minoria já adquiriu a formação necessária para a certificação definitiva. Conclusão: Atendendo ao potencial salutogénico da Enfermagem do Trabalho e das repercussões que a sua atuação pode ter no mundo laboral, projeta-se que, de futuro, deverá existir um maior investimento na formação, direcionando o foco dos Enfermeiros do Trabalho para a gestão, prevenção e promoção da saúde, apostando num aumento de competências associadas à investigação e ao planeamento em saúde que, comprovadamente, gere ganhos objetivamente mensuráveis. |
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A enfermagem do trabalho em Portugal: experiência, motivações, locais de trabalho, formação, funções, indicadores produzidos e condições de trabalhoThe occupational health nursing in Portugal: experience, motivations, places of work, training, functions, indicators produced and conditions of workEnfermagem do trabalhoEnfermeiro do trabalhoSaúde ocupacionalOccupational health nursingOccupational health nursesOccupational healthIntrodução: Na Europa, os enfermeiros são o maior grupo profissional da área da saúde que presta cuidados à população ativa, em contexto laboral. Em Portugal o contributo desses enfermeiros ainda não está devidamente explicado, existindo dúvidas acerca da sua experiência profissional, formação académica e tipo de funções/ papeis que ocupa no contexto da Saúde Ocupacional. Objetivo: Pretende-se conhecer a forma como, no momento, se exerce a Enfermagem do Trabalho em Portugal e, desejavelmente, inferir medidas promotoras de mudança para melhor aproveitar o potencial destes profissionais. Método: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional, de carater transversal, realizado após a aplicação de um inquérito online que contou com a colaboração institucional da Ordem dos Enfermeiros, que disponibilizou o acesso ao questionário através da sua página da internet. A recolha de dados ocorreu entre abril de 2016 e abril de 2017. Resultados: Participaram no estudo 87 enfermeiros que, em média, terminaram o curso de enfermagem há 11.86± 8.79 anos, embora trabalhem na Saúde Ocupacional acerca de 7.60± 6.54 anos. As principais motivações para exercerem é a possibilidade de auferirem de um complemento salarial (os mais experientes) ou de um emprego remunerado (os mais jovens), estando em minoria os que pretendem de futuro dedicar-se exclusivamente à Enfermagem do Trabalho. O exercício em empresas de prestação de serviços externos de Saúde Ocupacional (os menos experientes) é centrado, quase exclusivamente, na prestação de tarefas de carater instrumental, com pouca autonomia e fracas condições de trabalho (estruturais, de recursos humanos ou remuneratórias). A prestação de serviços internos, em empresas, é vista como compensatória, pois enfoca na prevenção e promoção da saúde, permitindo um acompanhamento de proximidade dos colaboradores, com grande autonomia. Falta contudo, demonstrar maior pro-atividade relativamente aos objetivos da empresa e desenvolver áreas como a conceção de cuidados individualizados, a investigação, a reabilitação e o planeamento em saúde. Relativamente à formação, a maioria pediu a autorização para exercer, no entanto, apenas uma minoria já adquiriu a formação necessária para a certificação definitiva. Conclusão: Atendendo ao potencial salutogénico da Enfermagem do Trabalho e das repercussões que a sua atuação pode ter no mundo laboral, projeta-se que, de futuro, deverá existir um maior investimento na formação, direcionando o foco dos Enfermeiros do Trabalho para a gestão, prevenção e promoção da saúde, apostando num aumento de competências associadas à investigação e ao planeamento em saúde que, comprovadamente, gere ganhos objetivamente mensuráveis.Introduction: In Europe, nurses are the largest professional group in the health area that provides care to the active population in a work context. In Portugal, the contribution of these nurses is not yet adequately explained, and there are doubts about their professional experience, academic training and the type of roles they occupy in the context of Occupational Health. Objective: It is intended to know how Occupational Health Nursing Work in Portugal, to infer measures that promote change in order to better utilize the potential of these professionals. Methods: It is a descriptive, cross-sectional study carried out after the application of an online survey that had the institutional collaboration of the Order of Nurses, which provided the questionnaire access through its website. Data collection took place between April 2016 and April 2017. Results: The study included 87 nurses who, on average, finished the nursing course 11.86± 8.79 years, although they work in Occupational Health about 7.60± 6.54 years. The main motivations for exercising are the possibility of obtaining a salary supplement (the most experienced) or a paid job (the youngest), being in the minority those who intend to dedicate themselves exclusively to the Occupational Health. The exercise in companies that provide external occupational health services (the least experienced) is focused almost exclusively on the provision of tasks of an instrumental nature, with little autonomy and weak working conditions (structural, human resources or remuneration). The provision of internal services in companies is seen as compensatory, since it focuses on the prevention and promotion of health, allowing a close monitoring of employees, with great autonomy. However, it is necessary to demonstrate greater pro-activity in relation to the company’s objectives and to develop areas such as the design of individualized care, research, rehabilitation and health planning. Regarding training, most asked for authorization to pursue, however, only a minority has already acquired the training necessary for final certification. Conclusion: Given the salutogenic potential of Occupational Health Nursing and the repercussions that its performance may have, it is projected that, in the future, there should be a greater investment in training, directing the focus of Occupational Health Nurses to the management, prevention and Promotion of health, betting on an increase of competences associated with research and health planning that, demonstrably, generate objectively measurable gainsVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaAlmeida, A.Santos, M.2018-05-16T14:35:23Z2017-07-202018-03-06T09:41:24Z2017-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/24334porSANTOS, Mónica, ALMEIDA, Armando - A enfermagem do trabalho em Portugal: experiência, motivações, locais de trabalho, formação, funções, indicadores produzidos e condições de trabalho, Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional Online, ISSN 2183-8453, 4, 1-18, 20172183-845310.31252/RPSO.20.07.2017info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-09-06T12:21:45Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/24334Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-09-06T12:21:45Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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