Distribuição dos modos conjuntivo e indicativo no português falado e escrito em Angola : um contributo no estudo comparativo com o PE, numa perspectiva semântica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/26302 |
Resumo: | Com esta investigação, pretende-se compreender a distribuição dos modos con-juntivo e indicativo no português usado em Angola (PA), procurando os fatores que subjazem à seleção de um modo em detrimento de outro. Inserindo-se a dissertação aqui apresentada no domínio da semântica, o estudo procura avaliar se fatores de natureza semântica apresentados na literatura como relevantes para explicar a distribuição dos modos indicativo e conjuntivo em português europeu (PE) e noutras línguas são igual-mente operativos em português de Angola. Espera-se que a presente dissertação possa contribuir não só para o conhecimento linguístico geral, mas também para o ensino do português em Angola. A componente empírica desta dissertação é constituída por um inquérito, aplica-do a informantes adultos residentes em quatro localidades de Angola. Este inquérito está dividido em duas partes: a primeira recolhe dados pessoais do informante e a segunda é formada por um questionário com 41 frases de diversa natureza sintática, com um espa-ço em branco que era solicitado aos informantes que preenchessem, flexionando o verbo que lhes era indicado, tendo em conta a sua intuição linguística. A elaboração do inquérito foi feita de modo a poder testar quatro hipóteses, cada uma das quais correspondendo a uma explicação disponível na literatura para a distri-buição dos modos indicativo e conjuntivo em PE e/ou noutras línguas. Feita a recolha dos dados, procedeu-se à sua análise e discussão, tendo-se con-cluído que nenhuma das hipóteses testadas se confirma taxativamente, embora os dados permitam observar tendências para a preferência por um modo ou por outro nalguns tipos de frase (o que sugere que o sistema do modo em português de Angola não é com-pletamente caótico). Sumariamente, nalguns contextos sintáticos verifica-se a tendência para a seleção do mesmo modo que seria usado em PE, mas noutros contextos há evi-dentes variações na comparação do PA com o PE e em vários contextos os dados obti-dos pelo inquérito mostram indefinição no modo preferencialmente usado em PA. Com este trabalho, e dada a escassez de estudos e de recolha de dados do PA, espera-se contribuir para um maior conhecimento desta variedade do português. |
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Distribuição dos modos conjuntivo e indicativo no português falado e escrito em Angola : um contributo no estudo comparativo com o PE, numa perspectiva semânticaLíngua portuguesa - AngolaLíngua portuguesa - SubjuntivoLíngua portuguesa - IndicativoLíngua portuguesa - SemânticaLíngua portuguesa - Variação linguística - AngolaTeses de mestrado - 2016Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasCom esta investigação, pretende-se compreender a distribuição dos modos con-juntivo e indicativo no português usado em Angola (PA), procurando os fatores que subjazem à seleção de um modo em detrimento de outro. Inserindo-se a dissertação aqui apresentada no domínio da semântica, o estudo procura avaliar se fatores de natureza semântica apresentados na literatura como relevantes para explicar a distribuição dos modos indicativo e conjuntivo em português europeu (PE) e noutras línguas são igual-mente operativos em português de Angola. Espera-se que a presente dissertação possa contribuir não só para o conhecimento linguístico geral, mas também para o ensino do português em Angola. A componente empírica desta dissertação é constituída por um inquérito, aplica-do a informantes adultos residentes em quatro localidades de Angola. Este inquérito está dividido em duas partes: a primeira recolhe dados pessoais do informante e a segunda é formada por um questionário com 41 frases de diversa natureza sintática, com um espa-ço em branco que era solicitado aos informantes que preenchessem, flexionando o verbo que lhes era indicado, tendo em conta a sua intuição linguística. A elaboração do inquérito foi feita de modo a poder testar quatro hipóteses, cada uma das quais correspondendo a uma explicação disponível na literatura para a distri-buição dos modos indicativo e conjuntivo em PE e/ou noutras línguas. Feita a recolha dos dados, procedeu-se à sua análise e discussão, tendo-se con-cluído que nenhuma das hipóteses testadas se confirma taxativamente, embora os dados permitam observar tendências para a preferência por um modo ou por outro nalguns tipos de frase (o que sugere que o sistema do modo em português de Angola não é com-pletamente caótico). Sumariamente, nalguns contextos sintáticos verifica-se a tendência para a seleção do mesmo modo que seria usado em PE, mas noutros contextos há evi-dentes variações na comparação do PA com o PE e em vários contextos os dados obti-dos pelo inquérito mostram indefinição no modo preferencialmente usado em PA. Com este trabalho, e dada a escassez de estudos e de recolha de dados do PA, espera-se contribuir para um maior conhecimento desta variedade do português.The aim of this research is to contribute to the understanding of how the indica-tive and subjunctive moods work in the spoken and written Angolan Portuguese (AP), by grasping what are the factors involved in the choice one or another mood in this va-riety of Portuguese. The domain of this dissertation relies under semantics. The purpose is to evaluate whether semantic explanations for the distribution of mood available in the literature and designed on the basis of data of European Portuguese (EP) and/or oth-er languages can explain data of Angolan Portuguese. I hope that this dissertation may be a contribution to general aspects of linguistics, and also to the teaching the Portu-guese language in Angola. The empirical component of this research is supported by a survey with a ques-tionary, which was applied to adults who live in four provinces of Angola. The survey is divided in two parts: the first one gathers the personal information of the informants, while the second one is a linguistic inquiry, compounded by 41 sentences with gaps to be filled in with a verb (presented in the infinitive form), by choosing either the indica-tive or the subjunctive mood, according to the own linguistic intuitions of the inform-ants. This linguistic inquiry allows the testing of four hypotheses, each one corre-sponding to an explanation given in literature for the distribution of the indicative and subjunctive moods in EP and/or other languages. The analysis of the obtained data allows the conclusion that none of those four hypotheses clearly accounts for the data of Angolan Portuguese. However, some tendencies for the preference of one or another mood in some syntactic contexts can be observed (which suggests that the mood system in Angolan Portuguese is not chaotic). Briefly, in some syntactic contexts there is a similarity between AP and EP concerning the choice of mood, but in other contexts there are clear divergences between the two varieties of Portuguese, and in some contexts a clear indefinition is observed concerning the choice of mood in AP. Given the lack of studies concerning the Portuguese of Angola, I hope that this dissertation can be a contribution to increase the knowledge of this variety of Portu-guese.Marques, Rui Pedro RibeiroRepositório da Universidade de LisboaTrinta, Carlos Domingos2017-01-28T16:52:30Z2016-12-212016-09-292016-12-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/26302TID:201549310porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-20T17:32:43Zoai:repositorio.ul.pt:10451/26302Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-20T17:32:43Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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