Entre margens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Cristina
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/3921
Resumo: “Un atlas de imágenes suele caracterizarse por la coexistência, en la misma lámina, de maneras diferentes de representar un lugar: el paisage se ve entonces “criticado” por la cartografia, y el próprio mapa “criticado” por un montage de detalles fotográficos inesperados. Es una manera de ver el mundo, de recorrelo según puntos de vista heterogéneos associados unos com otros” (Didi-Huberman, 2011). É através do conceito de atlas que o presente ensaio se constitui, ou seja, sob “uma forma visual de conhecimento” nas palavras de Didi-Huberman (Atlas: Cómo llevar el mundo a cuestas? 2011). A partir de um conjunto de elementos gráficos, como mapas, desenhos e fotografias, realizámos e adquirimos diferentes leituras em torno de um tema central, que tudo incorpora, o território. A concretização deste ensaio emerge de um trabalho de análise, compreensão e interpretação das distintas camadas de história inscritas no território português e na sua leitura como palimpsesto. Esta leitura e consequente reflexão permitir-nos-á, olhar e entender o território que nos envolve, percecionar o que o identifica, o que o caracteriza e o transformou. Analisar o território enquanto palimpsesto, no discurso da arquitetura, significa compreendê-lo em toda a sua plenitude, conhecer cada camada que faz dele aquilo que vemos à superfície. Enquanto ferramenta de análise de um dado lugar, permite-nos entender de que forma podemos usar o conhecimento obtido, no desenvolvimento de estratégias de intervenção e produção de arquitetura. O território contém registada a presença do ser humano sobre um lugar, este conhecimento dota o arquiteto de um maior domínio sobre o que existiu e o que existe. Através da arquitetura, pode estabelecer-se uma relação de continuidade entre o passado e o presente, ao revelar aspetos do lugar que foram obliterados pelo tempo ou pela ação humana. A arquitetura pode ser assim, um meio para a qualificação ou regeneração de um lugar. O termo território assume, por isso, um lugar de destaque. Procurou-se entendê-lo nas suas diferentes dimensões, como o construímos, como o representamos, como nos relacionamos com ele e como o percecionamos. Paralelamente a esta compreensão do território português, foi possível ver outras abordagens de autores diferenciados, que viram na viagem, formas de entender e conhecer os distintos valores naturais e culturais presentes no nosso país, pois foi a viajar que sobre ele se escreveu, se fotografou, se retratou e se divulgou. Estas formas de recolher e difundir informação, foram instrumentos essenciais na revelação e eternização do território num determinado momento, foram as ancoragens preliminares para a compreensão do espaço português e, permitiram, em última análise, a realização do presente ensaio.
id RCAP_55e900f331b841eb21e0d627fc994dcc
oai_identifier_str oai:repositorio.ual.pt:11144/3921
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Entre margensTerritórioPaisagemPalimpsestoMemóriaViagem“Un atlas de imágenes suele caracterizarse por la coexistência, en la misma lámina, de maneras diferentes de representar un lugar: el paisage se ve entonces “criticado” por la cartografia, y el próprio mapa “criticado” por un montage de detalles fotográficos inesperados. Es una manera de ver el mundo, de recorrelo según puntos de vista heterogéneos associados unos com otros” (Didi-Huberman, 2011). É através do conceito de atlas que o presente ensaio se constitui, ou seja, sob “uma forma visual de conhecimento” nas palavras de Didi-Huberman (Atlas: Cómo llevar el mundo a cuestas? 2011). A partir de um conjunto de elementos gráficos, como mapas, desenhos e fotografias, realizámos e adquirimos diferentes leituras em torno de um tema central, que tudo incorpora, o território. A concretização deste ensaio emerge de um trabalho de análise, compreensão e interpretação das distintas camadas de história inscritas no território português e na sua leitura como palimpsesto. Esta leitura e consequente reflexão permitir-nos-á, olhar e entender o território que nos envolve, percecionar o que o identifica, o que o caracteriza e o transformou. Analisar o território enquanto palimpsesto, no discurso da arquitetura, significa compreendê-lo em toda a sua plenitude, conhecer cada camada que faz dele aquilo que vemos à superfície. Enquanto ferramenta de análise de um dado lugar, permite-nos entender de que forma podemos usar o conhecimento obtido, no desenvolvimento de estratégias de intervenção e produção de arquitetura. O território contém registada a presença do ser humano sobre um lugar, este conhecimento dota o arquiteto de um maior domínio sobre o que existiu e o que existe. Através da arquitetura, pode estabelecer-se uma relação de continuidade entre o passado e o presente, ao revelar aspetos do lugar que foram obliterados pelo tempo ou pela ação humana. A arquitetura pode ser assim, um meio para a qualificação ou regeneração de um lugar. O termo território assume, por isso, um lugar de destaque. Procurou-se entendê-lo nas suas diferentes dimensões, como o construímos, como o representamos, como nos relacionamos com ele e como o percecionamos. Paralelamente a esta compreensão do território português, foi possível ver outras abordagens de autores diferenciados, que viram na viagem, formas de entender e conhecer os distintos valores naturais e culturais presentes no nosso país, pois foi a viajar que sobre ele se escreveu, se fotografou, se retratou e se divulgou. Estas formas de recolher e difundir informação, foram instrumentos essenciais na revelação e eternização do território num determinado momento, foram as ancoragens preliminares para a compreensão do espaço português e, permitiram, em última análise, a realização do presente ensaio.CEACT/UAL2018-11-07T12:56:32Z2018-06-01T00:00:00Z2018-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/3921por2182-4339https://doi.org/10.26619/2182-4339/13.4Reis, Cristinainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:25:31Zoai:repositorio.ual.pt:11144/3921Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:35:10.204282Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Entre margens
title Entre margens
spellingShingle Entre margens
Reis, Cristina
Território
Paisagem
Palimpsesto
Memória
Viagem
title_short Entre margens
title_full Entre margens
title_fullStr Entre margens
title_full_unstemmed Entre margens
title_sort Entre margens
author Reis, Cristina
author_facet Reis, Cristina
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Reis, Cristina
dc.subject.por.fl_str_mv Território
Paisagem
Palimpsesto
Memória
Viagem
topic Território
Paisagem
Palimpsesto
Memória
Viagem
description “Un atlas de imágenes suele caracterizarse por la coexistência, en la misma lámina, de maneras diferentes de representar un lugar: el paisage se ve entonces “criticado” por la cartografia, y el próprio mapa “criticado” por un montage de detalles fotográficos inesperados. Es una manera de ver el mundo, de recorrelo según puntos de vista heterogéneos associados unos com otros” (Didi-Huberman, 2011). É através do conceito de atlas que o presente ensaio se constitui, ou seja, sob “uma forma visual de conhecimento” nas palavras de Didi-Huberman (Atlas: Cómo llevar el mundo a cuestas? 2011). A partir de um conjunto de elementos gráficos, como mapas, desenhos e fotografias, realizámos e adquirimos diferentes leituras em torno de um tema central, que tudo incorpora, o território. A concretização deste ensaio emerge de um trabalho de análise, compreensão e interpretação das distintas camadas de história inscritas no território português e na sua leitura como palimpsesto. Esta leitura e consequente reflexão permitir-nos-á, olhar e entender o território que nos envolve, percecionar o que o identifica, o que o caracteriza e o transformou. Analisar o território enquanto palimpsesto, no discurso da arquitetura, significa compreendê-lo em toda a sua plenitude, conhecer cada camada que faz dele aquilo que vemos à superfície. Enquanto ferramenta de análise de um dado lugar, permite-nos entender de que forma podemos usar o conhecimento obtido, no desenvolvimento de estratégias de intervenção e produção de arquitetura. O território contém registada a presença do ser humano sobre um lugar, este conhecimento dota o arquiteto de um maior domínio sobre o que existiu e o que existe. Através da arquitetura, pode estabelecer-se uma relação de continuidade entre o passado e o presente, ao revelar aspetos do lugar que foram obliterados pelo tempo ou pela ação humana. A arquitetura pode ser assim, um meio para a qualificação ou regeneração de um lugar. O termo território assume, por isso, um lugar de destaque. Procurou-se entendê-lo nas suas diferentes dimensões, como o construímos, como o representamos, como nos relacionamos com ele e como o percecionamos. Paralelamente a esta compreensão do território português, foi possível ver outras abordagens de autores diferenciados, que viram na viagem, formas de entender e conhecer os distintos valores naturais e culturais presentes no nosso país, pois foi a viajar que sobre ele se escreveu, se fotografou, se retratou e se divulgou. Estas formas de recolher e difundir informação, foram instrumentos essenciais na revelação e eternização do território num determinado momento, foram as ancoragens preliminares para a compreensão do espaço português e, permitiram, em última análise, a realização do presente ensaio.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-11-07T12:56:32Z
2018-06-01T00:00:00Z
2018-06
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11144/3921
url http://hdl.handle.net/11144/3921
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2182-4339
https://doi.org/10.26619/2182-4339/13.4
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv CEACT/UAL
publisher.none.fl_str_mv CEACT/UAL
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136828005023744