Pós-operatório de Correcção de Escoliose: Experiência da Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aires de Sousa, L.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Silvestre, C., Carvalho, A., Oom, P., Santos, E., Correia, M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.16/875
Resumo: RESUMO Objectivo: Analisar os casos de escoliose submetidos a intervenção cirúrgica, que fi zeram o pós-operatório na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, para identifi car problemas ou defi ciências e propor soluções. Métodos: Análise retrospectiva dos casos referidos, no período de 2000 a 2004. Resultados: Em 39 doentes identifi cados foram analisados 30, dos quais 21 eram do sexo feminino e as idades encontravam-se compreendidas entre 17 meses e 17 anos. A escoliose idiopática foi o tipo mais frequente (quinze casos), seguida da neuromuscular (doze casos), não havendo diferença signifi cativa nas idades em que foram corrigidas. Foram realizadas provas de função respiratória pré-operatórias em nove doentes. Tiveram necessidade de ventilação mecânica treze doentes; a duração média da ventilação foi de 2 dias. A todos os doentes foi administrada analgesia. Em quinze casos foi efectuada transfusão de concentrado eritrocitário, em dez dos quais autóloga. Houve complicações precoces em quatro casos (13%) - choque hipovolémico (dois), pneumotórax (um), pneumoperitoneu (um) – e complicações tardias em sete casos (23%): a mais frequente foi a infecção urinária. A mortalidade foi de 1/39 casos (2,5%). Conclusões: É desejável a aplicação dum protocolo de avaliação/tratamento escalonado para a dor. A ventilação mecânica nestes doentes está dependente de vários factores (patologia de base, grau de insufi ciência respiratória existente, duração da anestesia, necessidade de analgesia de potência elevada). É fundamental a estabilização hemodinâmica no bloco operatório e deve ser sempre feita uma avaliação criteriosa das indicações para transfusão. A escoliose neuro-muscular requer uma abordagem multidisciplinar pré-operatória. Objective: To a n a l y s e t h e postoperative in the Intensive Care Unit after scoliosis surgery, in order to identify problems and propose solutions. Methods: A retrospective review of those cases in the period between 2000 and 2004. Results: Thirty patients undergoing surgery for scoliosis were analysed. Ages ranged from 17 months to 17 years and 21 patients were female. Idiopathic scoliosis was the most frequent (15 patients),followed by neuromuscular scoliosis (12 patients). There were not significative differences in the age at which surgical correction was done. Nine patients (eight with neuromuscular scoliosis) had preoperative pulmonary function testing. Thirteen patients (11 with neuromuscular scoliosis) required mechanical ventilation with a mean duration of two days. Every patient received analgesy - in 25 cases an opioid was used. Fifteen patients were transfused – autologous blood was used in ten. There were early complications in four cases (13%) – hypovolemic shock (2), pneumothorax (1), pneumoperitoneum (1). There were late complications in seven (23%): the most frequent was urinary tract infection. Mortality was 1/39 cases (2.5%). Conclusions: Effective postoperative pain management requires a stepped approach. Mechanical ventilation of these patients is dependent on different factors (patient disorder, respiratory insuffi ciency grade, anaesthesia duration, high grade analgesy). It is very important a good haemodynamic control during surgery. Neuromuscular scoliosis requires an attempted multimodal preoperatory approach.
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