The artistic duality of the composer-performer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barceló, Ricardo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/diacritica.300
Resumo: A obra de arte vive apenas nas interpretações que dela são feitas, um facto que ganha maior dimensão no caso da música e outras artes performativas, sendo essas interpretações infinitas perante uma infinidade de personalidades interpretantes. A interpretação supostamente exige fidelidade ao significado da obra, mas a obra também deixa uma margem de liberdade, inevitavelmente, para avisão do intérprete. Composição e performance musical implicam interação com uma realidade física que impõe limitações, perante as quais as personalidades dos artistas tomarão diferentes decisões para superar os obstáculos, revelando um estilo, que deixará transparecer na obra o espírito da pessoa. Consideramos que na situação especial do compositor-intérprete, ou seja, o compositor que compõe uma peça queo próprio executa, o artista passa por um diálogo com a matéria mais de uma vez, lidando com a realidade física, primeiro durante a composição e depois na performance, comunicando dessa forma a obra e a sua maneira de ver a obra ao mesmo tempo. Neste caso não há duas personalidades intervindo na mesma obra, mas uma única pessoa em diferentes situações e lapsos temporais, a interagir com a forma em distintos aspetos, representando um desafio pouco divulgado, que analisamos neste artigo.
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spelling The artistic duality of the composer-performerA dualidade artística do compositor-intérpreteCompositorIntérpreteGuitarraMúsicaPerformanceArteComposerPerformerGuitarMusicPerformanceArtA obra de arte vive apenas nas interpretações que dela são feitas, um facto que ganha maior dimensão no caso da música e outras artes performativas, sendo essas interpretações infinitas perante uma infinidade de personalidades interpretantes. A interpretação supostamente exige fidelidade ao significado da obra, mas a obra também deixa uma margem de liberdade, inevitavelmente, para avisão do intérprete. Composição e performance musical implicam interação com uma realidade física que impõe limitações, perante as quais as personalidades dos artistas tomarão diferentes decisões para superar os obstáculos, revelando um estilo, que deixará transparecer na obra o espírito da pessoa. Consideramos que na situação especial do compositor-intérprete, ou seja, o compositor que compõe uma peça queo próprio executa, o artista passa por um diálogo com a matéria mais de uma vez, lidando com a realidade física, primeiro durante a composição e depois na performance, comunicando dessa forma a obra e a sua maneira de ver a obra ao mesmo tempo. Neste caso não há duas personalidades intervindo na mesma obra, mas uma única pessoa em diferentes situações e lapsos temporais, a interagir com a forma em distintos aspetos, representando um desafio pouco divulgado, que analisamos neste artigo.The work of art lives only in the interpretations that are made of it, a fact that have greater dimension in the case of music and other performing arts; besides that, these interpretations are infinites before a multitude of personalities. The interpretation supposedly requires faithfulness to the musical work, but the work also inevitably leaves a margin of freedom for the interpreter's view. Composition and musical performance imply interaction with a physical reality that imposes limitations, in which the personalities of the artists will make different decisions to overcome the obstacles, revealing a style that will show the spirit of the person in the work. We consider that in the special situation of the composer-performer, that is, the composer who write a piece that he himself performs, the artist goes through a dialogue with the matter more than once, dealing with physical reality, first during the composition and later in the performance, thus communicating the work and its way of understanding the work at the same time. In this case there are not two personalities intervening in the same work, but a single person in different situations and time lapses, interacting with the form in different aspects, representing a little-known challenge, which we analyze in this article.CEHUM2019-11-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.21814/diacritica.300https://doi.org/10.21814/diacritica.300Diacrítica; Vol. 33 N.º 1 (2019): O que é a investigação artística?: Pressupostos, Práticas e Problematizações; 64-76Diacrítica; Vol. 33 No. 1 (2019): What is artistic research?: Presuppositions, Practices and Problematizations; 64-762183-91740870-896710.21814/diacritica.33.1reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5039https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/5039/5512Direitos de Autor (c) 2023 Ricardo Barcelóinfo:eu-repo/semantics/openAccessBarceló, Ricardo2023-07-28T07:47:53Zoai:journals.uminho.pt:article/5039Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:34:40.213586Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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A dualidade artística do compositor-intérprete
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