Oligoelementos em doentes submetidos a gastrostomia endoscópica percutânea para nutrição entérica de longa duração
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/18471 |
Resumo: | RESUMO: Os oligoelementos (ou elementos-traço) são elementos inorgânicos necessários em pequenas quantidades como componentes essenciais de estruturas biológicas. São fornecidos pelos alimentos e encontram-se amplamente difundidos nestes. Uma alimentação saudável deverá fornecer todos estes oligoelementos em doses suficientes para não surgir carência. A sua concentração é regulada através do processo de absorção pelo tubo digestivo e da sua excreção. Alguns podem ser armazenados em locais inativos ou numa forma não-reativa evitando tanto a sua deficiência como o seu excesso. No entanto, em situações de carência alimentar prolongada e/ou ingestão alimentar monótona podem surgir carências em um ou mais oligoelementos podendo resultar em compromisso do metabolismo e danos para o doente. Doentes com disfagia prolongada apresentam carência em macronutrientes pela reduzida e quase sempre monótona, ingestão alimentar. A intervenção nutricional com alimentação entérica por gastrostomia pode ocorrer tardiamente, quando os doentes já apresentam carências energéticas e proteicas. Em Portugal, na alimentação por gastrostomia utilizamse habitualmente alimentos comuns que podem fornecer as necessidades em macronutrientes mas poderão não compensar as necessidades em oligoelementos. Estes quadros carenciais podem ter sinais evidentes, mas é de salientar que no caso das carências subclínicas prolongadas, podem existir consequências biológicas e clínicas relevantes, que passam desapercebidas. A identificação de carências específicas em doentes com disfagia e sob nutrição entérica poderá constituir um avanço no suporte nutricional e permitir uma intervenção mais efetiva. Os cinco artigos que compõem esta tese pretendem explorar e responder a esta problemática. Nos doentes com patologia neurológica ou carcinoma cervicofacial com disfagia prolongada e que foram submetidos a gastrostomia endoscópica, foi nosso objetivo identificar o padrão sérico de 5 oligoelementos: zinco (Zn), selénio (Se), cobre (Cu), crómio (Cr) e ferro (Fe) durante os primeiros meses de nutrição entérica por gastrostomia. Foi também nosso objetivo avaliar a evolução das proteínas séricas nestes doentes e ainda perceber como a concentração sérica dos oligoelementos é influenciada por idade, género e pela patologia de base conducente à disfagia. A avaliação foi feita em três momentos: no momento da gastrostomia endoscópica (T0), 4 (T1) e 12 (T3) semanas depois. No momento T0 verificou-se que o Zn foi o oligoelemento que surgiu com mais baixa concentração sérica na maioria dos doentes. Identificou-se igualmente uma baixa concentração de Zn no sangue total que reflete o Zn intracelular. Contrariamente, os outros oligoelementos apresentavam valores dentro dos limites da normalidade na maioria dos doentes. Não foi encontrada qualquer associação entre a concentração sérica de oligoelementos e a doença subjacente, as proteínas séricas e o Índice de Massa Corporal. Na avaliação da concentração sérica dos mesmos oligoelementos durante 4 a 12 semanas de uso da gastrostomia endoscópica, verificámos que os oligoelementos se comportaram de forma diversa. Assim, relativamente ao Zn, verificou-se manutenção de valores séricos baixos na maioria dos doentes. Os restantes oligoelementos responderam favoravelmente à alimentação por PEG com alimentos correntes, mesmo estando inicialmente abaixo dos valores normais. Quanto às proteínas séricas, aumentaram os seus valores. Destes resultados podemos destacar: 1) a importância da monitorização de oligoelementos em doentes com disfagia prolongada e sob nutrição entérica através de gastrostomia, 2) a necessidade de uma intervenção precoce e monitorização de resultados 3) a necessidade de suplementação precoce com Zn.----------------------------------------------------- ABSTRACT: Trace elements are inorganic elements present in small amounts as essential components of biologic structures. They are widely distributed in the food, hence a healthy diet should be able to provide sufficient amount of trace elements to prevent deficiencies. Trace elements concentration is regulated through the digestive track absorption and excretion processes. Some elements may be stored in inactive locations or in a non-reactive state, preventing both deficiency and excess. However, in situations of prolonged malnutrition and/or monotonous feeding, deficiencies in one or more trace elements may arise, resulting in impaired metabolic pathways and patient damage. Patients with prolonged dysphagia may present macronutrient deficiency due to the reduced and almost always monotonous dietary intake. Nutritional intervention through gastrostomy may be delayed to a point where patients already present both calorie and protein deficiencies. In Portugal, common homemade food is usually used in gastrostomy feeding but, while it can meet the patient’s macronutrient needs, it may fail to supply trace element needs. These deficiency frameworks may have evident signs, but it should be noted that there be relevant biological and clinical consequences in cases of prolonged subclinical deficiencies without clinical signs. Identifying specific deficiencies in dysphagia patients undergoing enteral feeding may become an advance in nutritional support and make way for a more effective intervention. The five articles that compose this thesis intend to explore and provide an answer to this issue. In neurologic or head and neck cancer patients, with prolonged dysphagia undergoing endoscopic gastrostomy, our goal was to identify the serum pattern of five trace elements during the first months after the procedure: zinc (Zn), selenium (Se), copper (Cu), chromium (Cr) and iron (Fe). As an additional goal, we evaluated evolution of serum protein concentration in these patients and attempted to understand how serum trace elements concentration is influence by age, gender and underlying dysphagia-inducing disease. Evaluation was conducted in three moments in time: at the time of gastrostomy (T0), and four weeks (T1) and twelve weeks (T3) following the procedure. At T0, we verified that Zn was the trace element with the lowest serum concentration in the majority of our patient sample. We identified also a low all blood Zn concentration whichreflects intracellular Zn. Conversely, the remaining trace elements present normal values in the majority of the sample. No relationship was found between trace elements serum concentration and underlying disease, serum proteins and Body Mass Index. In serum concentration of the same trace elements at four and twelve weeks following the gastrostomy procedure, it was verified that trace elements present distinctive behaviors. Zn concentration remains low in the majority of patients, while the remaining trace elements responded positively to PEG feeding with homemade meals, even in cases where initial serum concentration was low. Moreover, serum protein concentration also improved. From these results, we can highlight the importance of monitoring trace element concentration in patients with prolonged dysphagia undergoing PEG feeding and the need for an early Zn supplementation. |
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Oligoelementos em doentes submetidos a gastrostomia endoscópica percutânea para nutrição entérica de longa duraçãoOligoelementosDesnutriçãoNutrição entéricaGastrostomiaDisfagiaTrace elementsMalnutritionEnteral feedingGastrostomyDysphagiaCiências MédicasRESUMO: Os oligoelementos (ou elementos-traço) são elementos inorgânicos necessários em pequenas quantidades como componentes essenciais de estruturas biológicas. São fornecidos pelos alimentos e encontram-se amplamente difundidos nestes. Uma alimentação saudável deverá fornecer todos estes oligoelementos em doses suficientes para não surgir carência. A sua concentração é regulada através do processo de absorção pelo tubo digestivo e da sua excreção. Alguns podem ser armazenados em locais inativos ou numa forma não-reativa evitando tanto a sua deficiência como o seu excesso. No entanto, em situações de carência alimentar prolongada e/ou ingestão alimentar monótona podem surgir carências em um ou mais oligoelementos podendo resultar em compromisso do metabolismo e danos para o doente. Doentes com disfagia prolongada apresentam carência em macronutrientes pela reduzida e quase sempre monótona, ingestão alimentar. A intervenção nutricional com alimentação entérica por gastrostomia pode ocorrer tardiamente, quando os doentes já apresentam carências energéticas e proteicas. Em Portugal, na alimentação por gastrostomia utilizamse habitualmente alimentos comuns que podem fornecer as necessidades em macronutrientes mas poderão não compensar as necessidades em oligoelementos. Estes quadros carenciais podem ter sinais evidentes, mas é de salientar que no caso das carências subclínicas prolongadas, podem existir consequências biológicas e clínicas relevantes, que passam desapercebidas. A identificação de carências específicas em doentes com disfagia e sob nutrição entérica poderá constituir um avanço no suporte nutricional e permitir uma intervenção mais efetiva. Os cinco artigos que compõem esta tese pretendem explorar e responder a esta problemática. Nos doentes com patologia neurológica ou carcinoma cervicofacial com disfagia prolongada e que foram submetidos a gastrostomia endoscópica, foi nosso objetivo identificar o padrão sérico de 5 oligoelementos: zinco (Zn), selénio (Se), cobre (Cu), crómio (Cr) e ferro (Fe) durante os primeiros meses de nutrição entérica por gastrostomia. Foi também nosso objetivo avaliar a evolução das proteínas séricas nestes doentes e ainda perceber como a concentração sérica dos oligoelementos é influenciada por idade, género e pela patologia de base conducente à disfagia. A avaliação foi feita em três momentos: no momento da gastrostomia endoscópica (T0), 4 (T1) e 12 (T3) semanas depois. No momento T0 verificou-se que o Zn foi o oligoelemento que surgiu com mais baixa concentração sérica na maioria dos doentes. Identificou-se igualmente uma baixa concentração de Zn no sangue total que reflete o Zn intracelular. Contrariamente, os outros oligoelementos apresentavam valores dentro dos limites da normalidade na maioria dos doentes. Não foi encontrada qualquer associação entre a concentração sérica de oligoelementos e a doença subjacente, as proteínas séricas e o Índice de Massa Corporal. Na avaliação da concentração sérica dos mesmos oligoelementos durante 4 a 12 semanas de uso da gastrostomia endoscópica, verificámos que os oligoelementos se comportaram de forma diversa. Assim, relativamente ao Zn, verificou-se manutenção de valores séricos baixos na maioria dos doentes. Os restantes oligoelementos responderam favoravelmente à alimentação por PEG com alimentos correntes, mesmo estando inicialmente abaixo dos valores normais. Quanto às proteínas séricas, aumentaram os seus valores. Destes resultados podemos destacar: 1) a importância da monitorização de oligoelementos em doentes com disfagia prolongada e sob nutrição entérica através de gastrostomia, 2) a necessidade de uma intervenção precoce e monitorização de resultados 3) a necessidade de suplementação precoce com Zn.----------------------------------------------------- ABSTRACT: Trace elements are inorganic elements present in small amounts as essential components of biologic structures. They are widely distributed in the food, hence a healthy diet should be able to provide sufficient amount of trace elements to prevent deficiencies. Trace elements concentration is regulated through the digestive track absorption and excretion processes. Some elements may be stored in inactive locations or in a non-reactive state, preventing both deficiency and excess. However, in situations of prolonged malnutrition and/or monotonous feeding, deficiencies in one or more trace elements may arise, resulting in impaired metabolic pathways and patient damage. Patients with prolonged dysphagia may present macronutrient deficiency due to the reduced and almost always monotonous dietary intake. Nutritional intervention through gastrostomy may be delayed to a point where patients already present both calorie and protein deficiencies. In Portugal, common homemade food is usually used in gastrostomy feeding but, while it can meet the patient’s macronutrient needs, it may fail to supply trace element needs. These deficiency frameworks may have evident signs, but it should be noted that there be relevant biological and clinical consequences in cases of prolonged subclinical deficiencies without clinical signs. Identifying specific deficiencies in dysphagia patients undergoing enteral feeding may become an advance in nutritional support and make way for a more effective intervention. The five articles that compose this thesis intend to explore and provide an answer to this issue. In neurologic or head and neck cancer patients, with prolonged dysphagia undergoing endoscopic gastrostomy, our goal was to identify the serum pattern of five trace elements during the first months after the procedure: zinc (Zn), selenium (Se), copper (Cu), chromium (Cr) and iron (Fe). As an additional goal, we evaluated evolution of serum protein concentration in these patients and attempted to understand how serum trace elements concentration is influence by age, gender and underlying dysphagia-inducing disease. Evaluation was conducted in three moments in time: at the time of gastrostomy (T0), and four weeks (T1) and twelve weeks (T3) following the procedure. At T0, we verified that Zn was the trace element with the lowest serum concentration in the majority of our patient sample. We identified also a low all blood Zn concentration whichreflects intracellular Zn. Conversely, the remaining trace elements present normal values in the majority of the sample. No relationship was found between trace elements serum concentration and underlying disease, serum proteins and Body Mass Index. In serum concentration of the same trace elements at four and twelve weeks following the gastrostomy procedure, it was verified that trace elements present distinctive behaviors. Zn concentration remains low in the majority of patients, while the remaining trace elements responded positively to PEG feeding with homemade meals, even in cases where initial serum concentration was low. Moreover, serum protein concentration also improved. From these results, we can highlight the importance of monitoring trace element concentration in patients with prolonged dysphagia undergoing PEG feeding and the need for an early Zn supplementation.Guerreiro, António SousaFonseca, JorgeRUNSantos, Carla Adriana da Cunha2016-07-13T17:24:14Z2016-07-132016-07-132016-07-13T00:00:00Zdoctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/18471TID:101407483porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-22T17:22:56Zoai:run.unl.pt:10362/18471Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-22T17:22:56Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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RESUMO: Os oligoelementos (ou elementos-traço) são elementos inorgânicos necessários em pequenas quantidades como componentes essenciais de estruturas biológicas. São fornecidos pelos alimentos e encontram-se amplamente difundidos nestes. Uma alimentação saudável deverá fornecer todos estes oligoelementos em doses suficientes para não surgir carência. A sua concentração é regulada através do processo de absorção pelo tubo digestivo e da sua excreção. Alguns podem ser armazenados em locais inativos ou numa forma não-reativa evitando tanto a sua deficiência como o seu excesso. No entanto, em situações de carência alimentar prolongada e/ou ingestão alimentar monótona podem surgir carências em um ou mais oligoelementos podendo resultar em compromisso do metabolismo e danos para o doente. Doentes com disfagia prolongada apresentam carência em macronutrientes pela reduzida e quase sempre monótona, ingestão alimentar. A intervenção nutricional com alimentação entérica por gastrostomia pode ocorrer tardiamente, quando os doentes já apresentam carências energéticas e proteicas. Em Portugal, na alimentação por gastrostomia utilizamse habitualmente alimentos comuns que podem fornecer as necessidades em macronutrientes mas poderão não compensar as necessidades em oligoelementos. Estes quadros carenciais podem ter sinais evidentes, mas é de salientar que no caso das carências subclínicas prolongadas, podem existir consequências biológicas e clínicas relevantes, que passam desapercebidas. A identificação de carências específicas em doentes com disfagia e sob nutrição entérica poderá constituir um avanço no suporte nutricional e permitir uma intervenção mais efetiva. Os cinco artigos que compõem esta tese pretendem explorar e responder a esta problemática. Nos doentes com patologia neurológica ou carcinoma cervicofacial com disfagia prolongada e que foram submetidos a gastrostomia endoscópica, foi nosso objetivo identificar o padrão sérico de 5 oligoelementos: zinco (Zn), selénio (Se), cobre (Cu), crómio (Cr) e ferro (Fe) durante os primeiros meses de nutrição entérica por gastrostomia. Foi também nosso objetivo avaliar a evolução das proteínas séricas nestes doentes e ainda perceber como a concentração sérica dos oligoelementos é influenciada por idade, género e pela patologia de base conducente à disfagia. A avaliação foi feita em três momentos: no momento da gastrostomia endoscópica (T0), 4 (T1) e 12 (T3) semanas depois. No momento T0 verificou-se que o Zn foi o oligoelemento que surgiu com mais baixa concentração sérica na maioria dos doentes. Identificou-se igualmente uma baixa concentração de Zn no sangue total que reflete o Zn intracelular. Contrariamente, os outros oligoelementos apresentavam valores dentro dos limites da normalidade na maioria dos doentes. Não foi encontrada qualquer associação entre a concentração sérica de oligoelementos e a doença subjacente, as proteínas séricas e o Índice de Massa Corporal. Na avaliação da concentração sérica dos mesmos oligoelementos durante 4 a 12 semanas de uso da gastrostomia endoscópica, verificámos que os oligoelementos se comportaram de forma diversa. Assim, relativamente ao Zn, verificou-se manutenção de valores séricos baixos na maioria dos doentes. Os restantes oligoelementos responderam favoravelmente à alimentação por PEG com alimentos correntes, mesmo estando inicialmente abaixo dos valores normais. Quanto às proteínas séricas, aumentaram os seus valores. Destes resultados podemos destacar: 1) a importância da monitorização de oligoelementos em doentes com disfagia prolongada e sob nutrição entérica através de gastrostomia, 2) a necessidade de uma intervenção precoce e monitorização de resultados 3) a necessidade de suplementação precoce com Zn.----------------------------------------------------- ABSTRACT: Trace elements are inorganic elements present in small amounts as essential components of biologic structures. They are widely distributed in the food, hence a healthy diet should be able to provide sufficient amount of trace elements to prevent deficiencies. Trace elements concentration is regulated through the digestive track absorption and excretion processes. Some elements may be stored in inactive locations or in a non-reactive state, preventing both deficiency and excess. However, in situations of prolonged malnutrition and/or monotonous feeding, deficiencies in one or more trace elements may arise, resulting in impaired metabolic pathways and patient damage. Patients with prolonged dysphagia may present macronutrient deficiency due to the reduced and almost always monotonous dietary intake. Nutritional intervention through gastrostomy may be delayed to a point where patients already present both calorie and protein deficiencies. In Portugal, common homemade food is usually used in gastrostomy feeding but, while it can meet the patient’s macronutrient needs, it may fail to supply trace element needs. These deficiency frameworks may have evident signs, but it should be noted that there be relevant biological and clinical consequences in cases of prolonged subclinical deficiencies without clinical signs. Identifying specific deficiencies in dysphagia patients undergoing enteral feeding may become an advance in nutritional support and make way for a more effective intervention. The five articles that compose this thesis intend to explore and provide an answer to this issue. In neurologic or head and neck cancer patients, with prolonged dysphagia undergoing endoscopic gastrostomy, our goal was to identify the serum pattern of five trace elements during the first months after the procedure: zinc (Zn), selenium (Se), copper (Cu), chromium (Cr) and iron (Fe). As an additional goal, we evaluated evolution of serum protein concentration in these patients and attempted to understand how serum trace elements concentration is influence by age, gender and underlying dysphagia-inducing disease. Evaluation was conducted in three moments in time: at the time of gastrostomy (T0), and four weeks (T1) and twelve weeks (T3) following the procedure. At T0, we verified that Zn was the trace element with the lowest serum concentration in the majority of our patient sample. We identified also a low all blood Zn concentration whichreflects intracellular Zn. Conversely, the remaining trace elements present normal values in the majority of the sample. No relationship was found between trace elements serum concentration and underlying disease, serum proteins and Body Mass Index. In serum concentration of the same trace elements at four and twelve weeks following the gastrostomy procedure, it was verified that trace elements present distinctive behaviors. Zn concentration remains low in the majority of patients, while the remaining trace elements responded positively to PEG feeding with homemade meals, even in cases where initial serum concentration was low. Moreover, serum protein concentration also improved. 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