Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales,Michelle
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-12842021000200007
Resumo: Resumo: Este texto expande, aprofunda e comenta o ensaio “As Práticas Artísticas Contemporâneas no Contexto Ibero-Americano e o Pensamento Pós-Colonial e Decolonial” (Sales & Cabrera, 2020), onde comentamos a obra dos artistas Yonamine, Grada Kilomba, Jota Mombaça e Daniela Ortiz. No texto citado, trabalhamos a problemática da discussão em torno do surgimento de um campo de pensamento denominado “pós-colonial”, bem como um projeto decolonial e a maneira como se configuram no espaço ibero-americano práticas poéticas interessadas na discussão em torno do legado colonial. A partir de uma abordagem histórica, neste artigo, tentamos perceber a forma como os estudos pós-coloniais produzem influência no Brasil, assim como o giro e o pensamento decolonial que se consolida na América Latina, a fim de compreender as formas de produzir respostas do campo da arte brasileira para questões que envolvem a descolonização. Nos estudos pós-coloniais e também no projeto decolonial, a descolonização da arte está relacionada com o questionamento da matriz de pensamento eurocêntrico a partir de seus esquemas de representação de mundo racializados e subalternizados, e também está profundamente relacionada com o caráter performativo daquele ou daquela que narra. Ou seja, a descolonização da arte e do pensamento, assim como dos modos de ser e de estar no mundo não estão dissociados do aparecimento de artistas, escritores e intelectuais que disputam o direito de autorepresentação, de auto-apresentação e de criação de narrativas e imagens não coloniais ou completamente fora do imaginário e da cosmovisão euro-centrada. No texto que agora se apresenta, firmamos um interesse aprofundado no contexto brasileiro, apropriando-nos da discussão importante em torno da constituição de um campo de pensamento decolonial, analisando a obra de artistas brasileiros contemporâneos como Jota Mombaça, Juliana Notari, Michelle Mattiuzzi e Paulo Nazareth.
id RCAP_568a3e05c4eb284bc0f7e449b1038443
oai_identifier_str oai:scielo:S2184-12842021000200007
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileiradecolonialarte contemporâneaBrasilResumo: Este texto expande, aprofunda e comenta o ensaio “As Práticas Artísticas Contemporâneas no Contexto Ibero-Americano e o Pensamento Pós-Colonial e Decolonial” (Sales & Cabrera, 2020), onde comentamos a obra dos artistas Yonamine, Grada Kilomba, Jota Mombaça e Daniela Ortiz. No texto citado, trabalhamos a problemática da discussão em torno do surgimento de um campo de pensamento denominado “pós-colonial”, bem como um projeto decolonial e a maneira como se configuram no espaço ibero-americano práticas poéticas interessadas na discussão em torno do legado colonial. A partir de uma abordagem histórica, neste artigo, tentamos perceber a forma como os estudos pós-coloniais produzem influência no Brasil, assim como o giro e o pensamento decolonial que se consolida na América Latina, a fim de compreender as formas de produzir respostas do campo da arte brasileira para questões que envolvem a descolonização. Nos estudos pós-coloniais e também no projeto decolonial, a descolonização da arte está relacionada com o questionamento da matriz de pensamento eurocêntrico a partir de seus esquemas de representação de mundo racializados e subalternizados, e também está profundamente relacionada com o caráter performativo daquele ou daquela que narra. Ou seja, a descolonização da arte e do pensamento, assim como dos modos de ser e de estar no mundo não estão dissociados do aparecimento de artistas, escritores e intelectuais que disputam o direito de autorepresentação, de auto-apresentação e de criação de narrativas e imagens não coloniais ou completamente fora do imaginário e da cosmovisão euro-centrada. No texto que agora se apresenta, firmamos um interesse aprofundado no contexto brasileiro, apropriando-nos da discussão importante em torno da constituição de um campo de pensamento decolonial, analisando a obra de artistas brasileiros contemporâneos como Jota Mombaça, Juliana Notari, Michelle Mattiuzzi e Paulo Nazareth.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade2021-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-12842021000200007Vista. Revista de Cultura Visual n.8 2021reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-12842021000200007Sales,Michelleinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:32:29Zoai:scielo:S2184-12842021000200007Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:35:12.042156Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
title Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
spellingShingle Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
Sales,Michelle
decolonial
arte contemporânea
Brasil
title_short Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
title_full Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
title_fullStr Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
title_full_unstemmed Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
title_sort Nossos Fantasmas Estão Vindo Cobrar: Giro Decolonial na Arte Contemporânea Brasileira
author Sales,Michelle
author_facet Sales,Michelle
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sales,Michelle
dc.subject.por.fl_str_mv decolonial
arte contemporânea
Brasil
topic decolonial
arte contemporânea
Brasil
description Resumo: Este texto expande, aprofunda e comenta o ensaio “As Práticas Artísticas Contemporâneas no Contexto Ibero-Americano e o Pensamento Pós-Colonial e Decolonial” (Sales & Cabrera, 2020), onde comentamos a obra dos artistas Yonamine, Grada Kilomba, Jota Mombaça e Daniela Ortiz. No texto citado, trabalhamos a problemática da discussão em torno do surgimento de um campo de pensamento denominado “pós-colonial”, bem como um projeto decolonial e a maneira como se configuram no espaço ibero-americano práticas poéticas interessadas na discussão em torno do legado colonial. A partir de uma abordagem histórica, neste artigo, tentamos perceber a forma como os estudos pós-coloniais produzem influência no Brasil, assim como o giro e o pensamento decolonial que se consolida na América Latina, a fim de compreender as formas de produzir respostas do campo da arte brasileira para questões que envolvem a descolonização. Nos estudos pós-coloniais e também no projeto decolonial, a descolonização da arte está relacionada com o questionamento da matriz de pensamento eurocêntrico a partir de seus esquemas de representação de mundo racializados e subalternizados, e também está profundamente relacionada com o caráter performativo daquele ou daquela que narra. Ou seja, a descolonização da arte e do pensamento, assim como dos modos de ser e de estar no mundo não estão dissociados do aparecimento de artistas, escritores e intelectuais que disputam o direito de autorepresentação, de auto-apresentação e de criação de narrativas e imagens não coloniais ou completamente fora do imaginário e da cosmovisão euro-centrada. No texto que agora se apresenta, firmamos um interesse aprofundado no contexto brasileiro, apropriando-nos da discussão importante em torno da constituição de um campo de pensamento decolonial, analisando a obra de artistas brasileiros contemporâneos como Jota Mombaça, Juliana Notari, Michelle Mattiuzzi e Paulo Nazareth.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-12842021000200007
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-12842021000200007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-12842021000200007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade
publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade
dc.source.none.fl_str_mv Vista. Revista de Cultura Visual n.8 2021
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137406360748032