Literacia em saúde acerca do VIH/SIDA da população idosa de uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da região centro

• Autor(a) principal: Sequeira, Teresa I A T
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/8693
• topic: Literacia em saúde; Síndrome da imunodeficiência adquirida (VIH/SIDA); Idosos; Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados; Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública

Enquadramento: A literacia em saúde sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida (VIH/SIDA) pode ser uma ferramenta-chave na gestão da doença e, em muitos países onde a sua prevalência é elevada, o aumento dos seus níveis pode contribuir para a redução das taxas de incidência. As evidências apontam para uma significativa incidência de VIH/SIDA entre os adultos mais velhos em todo o mundo, com um aumento da prevalência ao longo dos anos. No entanto, muitos idosos não se consideram em risco de contrair a doença e percecionam-na como uma doença dos mais jovens. Objetivos: Avaliar o nível de literacia em saúde acerca do VIH/SIDA dos idosos de uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da região centro; Verificar se as variáveis sociodemográficas e profissionais influenciam o nível de literacia em saúde sobre o VIH/SIDA dos idosos de uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da região centro. Métodos: Estudo não experimental, de matriz transversal, descritivo-correlacional e de natureza quantitativa com a participação de 350 idosos, utentes de uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da região centro. Resultados: Predomínio do género feminino (66,3%), com uma média de idade de 72,17±6,31 anos. Maior percentagem de idosos com fraca literacia sobre o VIH/SIDA (43,7%), sendo que 32,9% detêm moderada literacia, 12,0% boa literacia e 11,4% elevada literacia. A idade, as habilitações académicas e a zona de residência foram variáveis sociodemográficas e profissionais com relevância estatisticamente significativa, tendo-se apurado que os idosos com idade ≥65 anos (p=0,000), com o ensino superior (p=0,000) e residentes em meio urbano (p=0,000) revelam mais literacia sobre o VIH/SIDA. As variáveis preditoras de literacia sobre o VIH/SIDA foram a idade e as habilitações académicas, sugerindo que quanto menos idade e mais escolaridade os idosos têm, mais elevada é a literacia sobre o VIH/SIDA. Conclusão: Os resultados apurados sugerem a necessidade de desenvolvimento e implementação de programas de educação para a saúde, onde se possam abordar os vários conceitos acerca da transmissão do VIH/SIDA, elucidar sobre as possíveis formas/fontes de transmissão, prevenção e qual a sintomatologia mais habitual, bem como a forma de evitar a doença e quais os sinais e sintomas mais comuns. No âmbito da intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária esses programas podem ser incluídos nas consultas, de forma objetiva e programada.