Aleitamento materno pode prevenir a síndrome metabólica?

• Autor(a) principal: Macedo, Luciana de Jesus Martins de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12780
• topic: Adolescente; Aleitamento Materno; Criança; Síndrome Metabólica; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina

Enquadramento: A prevalência da síndrome metabólica em idade pediátrica está a aumentar, em paralelo com as tendências crescentes das taxas de obesidade e sedentarismo, tornando-se num fator de relevância em saúde pública. As definições desta síndrome têm dificultado o desenvolvimento de um consenso para os critérios de diagnóstico na população pediátrica. Embora a patogénese da síndrome metabólica não esteja completamente compreendida, define-se como o conjunto de alterações metabólicas que compreendem a resistência à insulina, a intolerância à glicose, a hipertensão arterial sistémica, aumento de triglicerídeos e diminuição do HDL. Apesar de serem escassas, as evidências científicas já indicam uma associação entre o aleitamento materno e o menor risco de desenvolver síndrome metabólica. Objetivo: Verificar se o aleitamento materno é um fator de proteção para a síndrome metabólica. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica, utilizando as plataformas eletrónicas de bases de dados: Medline/Pubmed, Cochrane Library e Scielo, realizando a avaliação crítica, extração e síntese dos dados, sendo o corpus da investigação constituído por 11 estudos, selecionados no espaço temporal de 2014 a 2022. Resultados: Os resultados evidenciam que o aleitamento materno associou-se independentemente a componentes da síndrome metabólica. Todavia, não houve relação clara de dose-resposta entre o aleitamento materno e a redução do risco de síndrome metabólica. Todos os artigos reforçam a necessidade de realizar mais estudos sobre a associação entre o aleitamento materno e a síndrome metabólica. Conclusões: O incentivo à amamentação exclusiva até aos seis meses de vida e como complemento por um período mínimo de dois anos assumem-se como importantes medidas de prevenção no combate do sobrepeso e da obesidade pediátrica. Tendo em conta que ainda não existe consenso quanto ao aleitamento materno poder ser um fator preventivo da síndrome metabólica em idade pediátrica, sugere-se a realização de um estudo primário com uma amostra dilatada para que se possa ter um conhecimento mais efetivo desta realidade.