Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Carla Sofia Pires
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/3247
Resumo: A apoptose constitui um processo fisiológico de morte celular, caracterizado por alterações morfológicas distintas e mecanismos bioquímicos e moleculares bem definidos. O seu papel de destaque em numerosos eventos biológicos e importantes processos patológicos conduziu a um crescente interesse na investigação dos mecanismos celulares que regulam o processo apoptótico. A aplicação de metodologias capazes de identificar células apoptóticas despoletou um enorme desenvolvimento de técnicas. No entanto, as propriedades demonstradas por estes ensaios nem sempre se aplicam ao estudo de amostras tecidulares, pelo que a escolha dos diferentes métodos deverá ser criteriosamente avaliada, tendo em conta a aplicação pretendida e as alterações morfológicas que se pretendem detetar. Das várias técnicas disponíveis para deteção da apoptose em tecidos, muitos investigadores recomendam o método TUNEL, o qual se baseia na marcação de produtos endonucleossómicos resultantes da fragmentação do DNA. Outros métodos histoquímicos também disponíveis incluem a deteção do citocromo c, libertado da mitocôndria ou a deteção das proteínas pró e anti-apoptóticas, Bax, Bidm e Bcl-2, envolvidas nos mecanismos intrínsecos da apoptose. Mais recentemente, a marcação de produtos específicos resultantes da clivagem de proteínas alvo pelas caspases, tem vindo a ser considerada uma abordagem promissora. Como principal objectivo deste trabalho pretendeu-se avaliar a técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular, em tecidos animais, tendo por base o método TUNEL, o qual permite a deteção de fragmentos de DNA. Os resultados obtidos permitiram concluir que, apesar do método TUNEL possuir as suas limitações ao nível da sensibilidade e especificidade, o mesmo constitui um mecanismo imunohistoquímico útil na deteção de células apoptóticas. Contudo, segundo opinião de vários autores, adverte-se para a necessidade da aplicação de pelo menos dois métodos imunohistoquímicos como forma de validar a ocorrência do processo apoptótico, razão pela qual se optou pela deteção do citocromo c citosólico como método complementar, uma vez que a sua libertação para o espaço citosólico se encontra implicada na ativação da apoptose.
id RCAP_59203ad9ad6e8cde72a0efd323785a98
oai_identifier_str oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/3247
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celularApoptoseTecido animalCitocromo CImunohistoquímicaTecidos parafinadosHistopatologiaTécnica analíticaTUNELApoptosisImmunohistochemistryParaffin embedded tissuesCytochrome c.A apoptose constitui um processo fisiológico de morte celular, caracterizado por alterações morfológicas distintas e mecanismos bioquímicos e moleculares bem definidos. O seu papel de destaque em numerosos eventos biológicos e importantes processos patológicos conduziu a um crescente interesse na investigação dos mecanismos celulares que regulam o processo apoptótico. A aplicação de metodologias capazes de identificar células apoptóticas despoletou um enorme desenvolvimento de técnicas. No entanto, as propriedades demonstradas por estes ensaios nem sempre se aplicam ao estudo de amostras tecidulares, pelo que a escolha dos diferentes métodos deverá ser criteriosamente avaliada, tendo em conta a aplicação pretendida e as alterações morfológicas que se pretendem detetar. Das várias técnicas disponíveis para deteção da apoptose em tecidos, muitos investigadores recomendam o método TUNEL, o qual se baseia na marcação de produtos endonucleossómicos resultantes da fragmentação do DNA. Outros métodos histoquímicos também disponíveis incluem a deteção do citocromo c, libertado da mitocôndria ou a deteção das proteínas pró e anti-apoptóticas, Bax, Bidm e Bcl-2, envolvidas nos mecanismos intrínsecos da apoptose. Mais recentemente, a marcação de produtos específicos resultantes da clivagem de proteínas alvo pelas caspases, tem vindo a ser considerada uma abordagem promissora. Como principal objectivo deste trabalho pretendeu-se avaliar a técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular, em tecidos animais, tendo por base o método TUNEL, o qual permite a deteção de fragmentos de DNA. Os resultados obtidos permitiram concluir que, apesar do método TUNEL possuir as suas limitações ao nível da sensibilidade e especificidade, o mesmo constitui um mecanismo imunohistoquímico útil na deteção de células apoptóticas. Contudo, segundo opinião de vários autores, adverte-se para a necessidade da aplicação de pelo menos dois métodos imunohistoquímicos como forma de validar a ocorrência do processo apoptótico, razão pela qual se optou pela deteção do citocromo c citosólico como método complementar, uma vez que a sua libertação para o espaço citosólico se encontra implicada na ativação da apoptose.ABSTRACT: Apoptosis is a physiological cell death process characterized by distinctive morphological changes and biochemical and molecular mechanisms well defined. His leading role in many important biological events and pathological processes has led to a growing interest in investigating the cellular mechanisms that regulate the apoptotic process. The application of methodologies, capable of identifying apoptotic cells, triggered a huge development of techniques. However, the properties shown by these assays do not always apply to the study of tissue samples, whereby the choice of different methods must be carefully evaluated, taking into account the intended application and the morphological changes that are intended to detect. Of the various available techniques for detection of apoptosis in tissues, many investigators recommend the TUNEL method, which is based on the labeling of endonucleossomic products resulting from DNA fragmentation. Other methods available include histochemical detection of cytochrome c release from mitochondria or detection of proteins pro-and anti-apoptotic Bax, Bid and Bcl-2, involved in the intrinsic mechanisms of apoptosis. More recently, the marking of specific products resulting from cleavage by caspases target proteins, has been regarded as a promising approach. The main objective of this work intended to evaluate the immunohistochemical technique as a method for detection of apoptosis at cellular level, in animal tissues, based on TUNEL method, which allows the detection of DNA fragments. The results showed that, despite the TUNEL method has its limitations in terms of sensitivity and specificity, it constitutes a mechanism useful for immunohistochemical detection of apoptotic cells. However, according to the opinion of several authors, attention is drawn to the need to apply, at least, two immuhistochemical methods as a way to validate the occurrence of apoptosis, so, for that reason, we opted for the detection of cytosolic cytochrome c as a complementary method, since their release into the cytosolic space is implicated in the activation of apoptosis.Vala, HelenaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuGarcia, Carla Sofia Pires2016-06-24T08:35:18Z2013-11-012013-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/3247TID:201196549porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:26:37Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/3247Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:42:19.007474Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
title Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
spellingShingle Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
Garcia, Carla Sofia Pires
Apoptose
Tecido animal
Citocromo C
Imunohistoquímica
Tecidos parafinados
Histopatologia
Técnica analítica
TUNEL
Apoptosis
Immunohistochemistry
Paraffin embedded tissues
Cytochrome c.
title_short Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
title_full Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
title_fullStr Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
title_full_unstemmed Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
title_sort Avaliação da técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular
author Garcia, Carla Sofia Pires
author_facet Garcia, Carla Sofia Pires
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Vala, Helena
Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
dc.contributor.author.fl_str_mv Garcia, Carla Sofia Pires
dc.subject.por.fl_str_mv Apoptose
Tecido animal
Citocromo C
Imunohistoquímica
Tecidos parafinados
Histopatologia
Técnica analítica
TUNEL
Apoptosis
Immunohistochemistry
Paraffin embedded tissues
Cytochrome c.
topic Apoptose
Tecido animal
Citocromo C
Imunohistoquímica
Tecidos parafinados
Histopatologia
Técnica analítica
TUNEL
Apoptosis
Immunohistochemistry
Paraffin embedded tissues
Cytochrome c.
description A apoptose constitui um processo fisiológico de morte celular, caracterizado por alterações morfológicas distintas e mecanismos bioquímicos e moleculares bem definidos. O seu papel de destaque em numerosos eventos biológicos e importantes processos patológicos conduziu a um crescente interesse na investigação dos mecanismos celulares que regulam o processo apoptótico. A aplicação de metodologias capazes de identificar células apoptóticas despoletou um enorme desenvolvimento de técnicas. No entanto, as propriedades demonstradas por estes ensaios nem sempre se aplicam ao estudo de amostras tecidulares, pelo que a escolha dos diferentes métodos deverá ser criteriosamente avaliada, tendo em conta a aplicação pretendida e as alterações morfológicas que se pretendem detetar. Das várias técnicas disponíveis para deteção da apoptose em tecidos, muitos investigadores recomendam o método TUNEL, o qual se baseia na marcação de produtos endonucleossómicos resultantes da fragmentação do DNA. Outros métodos histoquímicos também disponíveis incluem a deteção do citocromo c, libertado da mitocôndria ou a deteção das proteínas pró e anti-apoptóticas, Bax, Bidm e Bcl-2, envolvidas nos mecanismos intrínsecos da apoptose. Mais recentemente, a marcação de produtos específicos resultantes da clivagem de proteínas alvo pelas caspases, tem vindo a ser considerada uma abordagem promissora. Como principal objectivo deste trabalho pretendeu-se avaliar a técnica imunohistoquímica como método de deteção da apoptose a nível celular, em tecidos animais, tendo por base o método TUNEL, o qual permite a deteção de fragmentos de DNA. Os resultados obtidos permitiram concluir que, apesar do método TUNEL possuir as suas limitações ao nível da sensibilidade e especificidade, o mesmo constitui um mecanismo imunohistoquímico útil na deteção de células apoptóticas. Contudo, segundo opinião de vários autores, adverte-se para a necessidade da aplicação de pelo menos dois métodos imunohistoquímicos como forma de validar a ocorrência do processo apoptótico, razão pela qual se optou pela deteção do citocromo c citosólico como método complementar, uma vez que a sua libertação para o espaço citosólico se encontra implicada na ativação da apoptose.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-11-01
2013-11-01T00:00:00Z
2016-06-24T08:35:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.19/3247
TID:201196549
url http://hdl.handle.net/10400.19/3247
identifier_str_mv TID:201196549
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130890101587968