SIDA: Prevenção impossível

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Manuel
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/3092
Resumo: A prevenção da SIDA é indissociável da compreensão dos mecanismos psíquicos subjacentes às atitudes e aos comportamentos de risco dos sujeitos, tanto em relação a si próprio como em relação aos outros. A prevenção da SIDA está condenada ao fracasso se a mensagem sanitária não for interiorizada, integrada do ponto de vista psíquico, de modo a que cada um ponha em prática medidas de contenção e prevenção da doença. Muitos indivíduos, no exercício da sua sexualidade, ainda que adultos, estão momentaneamente sob influência de um estado sexual da mente infantil (perversa, polimorfa, imatura, impulsiva e projectiva) que lhe dita as atitudes e os comportamentos de risco através da negação da realidade. Alguns atacam mesmo a realidade, numa relação de ódio a vida, de inveja e de destrutividade, destruindo a vida pela raiz, reduzida a sexualidade ao sexo, ao acto. Ao fazê-lo agem sob a influência da identificação projectiva patológica. No estado actual dos conhecimentos, e nos países desenvolvidos, não nos parece que a prevenção seja possível se não dirigirmos a mensagem sanitária a parte perversa da personalidade que sabota a prevenção.
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