O ensino de crianças do 1º ciclo do ensino básico com necessidades educativas especiais, nos municípios de Elvas e Olivença, entre 1986 e 1996: estudo descritivo, comparativo e crítico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Antero Bairinhas Alves da
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/14039
Resumo: Introdução - A abordagem aos conceitos-chave contidos neste capítulo procura determinar, caracterizar e entender o desafio da mudança que as instituições de educação especial devem sofrer para enfrentar situações em que a noção de começo está sempre presente, sem se ter a pretensão de realizar um estudo aprofundado e, muito menos, esgotar uma matéria que se revela de tão grande complexidade. Torna-se necessário, neste contexto, ensaiar processos e formas de auto-organização baseados na iniciativa pessoal e de equipas inovadoras, emergentes da própria comunidade educativa, que apontem para a mobilização activa e partilhada. Numa sociedade em mudança permanente, as estruturas e métodos devem estar continuamente sujeitos a um desenvolvimento sustentável, até porque hoje ninguém sabe, e cada vez menos se sabe o que nos espera o futuro. Por tudo isto, a informação é hoje um valor cada vez mais requisitado para a sustentação de uma organização aprendente. O desenvolvimento de pólos de incerteza perturba, cada vez mais, as margens de manobra nos estreitos espaços onde tem lugar a decisão individual. Os processos de globalização obrigam a que se dê uma atenção proeminente aos sistemas e estruturas vocacionados para o trabalho educativo e formativo. Num futuro que começa todos os dias mais cedo as sociedades potenciam-se para a instabilidade, na medida em que se tornam mais abertas e mais imateriais. Por isso, há que valorizar os lugares da expressão do poder do conhecimento e do seu integral aproveitamento; investir no desenvolvimento preferencial de espaços onde se tome possível e viável a criação de destrezas, saberes e aprendizagens fundamentais para que os indivíduos consigam enfrentar os aspectos conhecidos das relações sociais e profissionais e, responsavelmente, domestiquem e libertem essa permanente invenção de substancia humana que se chama conhecimento. É neste contexto que se equaciona a investigação no domínio da organização das acções educacionais, que tendo como pano de fundo uma sociedade onde predominam as actividades "imateriais", se vai tornando mais densa, altamente informante e mais complexa, logo, problemática. Penso que este contexto não deve ser visto como uma ameaça, como é usual interpretá-lo por via da mediatização imediatista, mas como um chão que torna solúvel a difusão do conhecimento e do progresso humano criador de uma cultura de inovação. Os conceitos devem permitir melhorar as competências dos agentes da mudança para a inovação, e também proporcionar o desenvolvimento de profissionais mais criativos, comunicativos, cooperadores e solidários, sempre na perspectiva de que estamos na presença de organizações aprendentes. É através dos conceitos que as ideias ou os objectos são concebidos pelo espírito ou adquiridos por ele, e que permite organizar as percepções e os conhecimentos.
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