A escola como espaço de confluência da diversidade linguística e cultural: olhar(es) integrador(es) sobre alunos imigrantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Carlos Manuel Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/17187
Resumo: Portugal, um país com uma longa tradição de emigração, tem registado, nos últimos quarenta anos, um aumento significativo de imigrantes e a escola tem sido o espaço privilegiado para a sua integração, colocando-se-lhe o desafio da sua inclusão linguística e cultural. Assim, é fundamental valorizar o ensino e a aprendizagem do Português como Língua Não Materna, consciencializando todos os agentes educativos da importância da educação linguística para a valorização do Outro. Verifica-se, no entanto, que há inúmeros constrangimentos que condicionam este trabalho nas escolas, nomeadamente a discrepância entre o edifício legislativo e a realidade escolar, a escassa formação dos professores, a falta de maleabilidade curricular e a atitude nem sempre muito acolhedora da comunidade escolar relativamente aos alunos estrangeiros. Há, pois, que refletir sobre eventuais soluções para algumas das situações identificadas, para que a educação em Portugal dê resposta à diversidade étnico-linguística das nossas escolas. Com o presente Relatório, pretende-se perceber que contacto têm os alunos nativos de uma turma de LE II do 7.º ano do 3.º CEB com línguas e culturas estrangeiras, que olhar(es) têm eles sobre essas línguas e culturas e como perspetivariam o acolhimento a eventuais colegas oriundos de países hispanohablantes, destacando os aspetos por eles considerados mais importantes para a integração desses alunos. Para abordar estas questões, os alunos responderam a um questionário e foram-lhes propostas algumas atividades de natureza linguística e cultural, com o objetivo de auxiliar “estes colegas estrangeiros” na sua integração. Através da análise de dados, concluiu-se que os alunos têm contactado com línguas e culturas estrangeiras dentro e fora da escola, que as valorizam e que estariam recetivos a acolher e ajudar a integrar eventuais alunos estrangeiros, nomeadamente oriundos dos países hispanohablantes, o que se verificou pela forma entusiasta como aderiram às atividades que lhes foram propostas. Este estudo confirma e reforça a ideia de que é imperativo educar os alunos para a diversidade linguística e cultural – uma realidade cada vez mais presente nas escolas portuguesas – e formar cidadãos que respeitem as diferentes identidades.
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Verifica-se, no entanto, que há inúmeros constrangimentos que condicionam este trabalho nas escolas, nomeadamente a discrepância entre o edifício legislativo e a realidade escolar, a escassa formação dos professores, a falta de maleabilidade curricular e a atitude nem sempre muito acolhedora da comunidade escolar relativamente aos alunos estrangeiros. Há, pois, que refletir sobre eventuais soluções para algumas das situações identificadas, para que a educação em Portugal dê resposta à diversidade étnico-linguística das nossas escolas. Com o presente Relatório, pretende-se perceber que contacto têm os alunos nativos de uma turma de LE II do 7.º ano do 3.º CEB com línguas e culturas estrangeiras, que olhar(es) têm eles sobre essas línguas e culturas e como perspetivariam o acolhimento a eventuais colegas oriundos de países hispanohablantes, destacando os aspetos por eles considerados mais importantes para a integração desses alunos. Para abordar estas questões, os alunos responderam a um questionário e foram-lhes propostas algumas atividades de natureza linguística e cultural, com o objetivo de auxiliar “estes colegas estrangeiros” na sua integração. Através da análise de dados, concluiu-se que os alunos têm contactado com línguas e culturas estrangeiras dentro e fora da escola, que as valorizam e que estariam recetivos a acolher e ajudar a integrar eventuais alunos estrangeiros, nomeadamente oriundos dos países hispanohablantes, o que se verificou pela forma entusiasta como aderiram às atividades que lhes foram propostas. Este estudo confirma e reforça a ideia de que é imperativo educar os alunos para a diversidade linguística e cultural – uma realidade cada vez mais presente nas escolas portuguesas – e formar cidadãos que respeitem as diferentes identidades.Portugal, a country with a long tradition of emigration, has registered, in the last forty years, a significant increase in immigrants, being school the most privileged space for their integration. Consequently, this situation has posed the challenge of their linguistic and cultural inclusion. Thus, it has been essential to enhance the teaching and learning of Portuguese as a non-native language and to raise in all educators the awareness of a linguistic education in order to value the cultural diversity. It is known, however, that there are many constraints that affect this work in schools, particularly the discrepancy between the laws and the school reality, the lack of teacher training, the lack of curricular flexibility and the meager welcoming attitude from the school community towards foreign students. It is, therefore, necessary to reflect on possible solutions to some of the identified situations, so that education in Portugal responds effectively to the linguistic ethnic diversity of our schools. With this report, we intend to realize which contact 7th grade native students have in a second language class learning foreign languages and cultures; which perspectives they have about those languages and cultures and how they would consider to host students from Spanish-speaking countries, highlighting the aspects they consider most important for their integration. To address these issues, the students answered to a questionnaire and engaged in some linguistic and cultural activities proposed to help these foreign learners in their integration. Through data analysis, we could conclude that students who have had contact with foreign languages and cultures - within and outside the school - value and would be receptive to welcome and even to help integrate any foreign students, especially those coming from Spanish-speaking countries. This was easily possible to see through the enthusiastic way students joined in the activities. This study confirms and reinforces the idea that it is imperative to make students aware of the linguistic and cultural diversity - an increasingly current reality in Portuguese schools - and to educate citizens who will respect multiple identities.Universidade de Aveiro2017-04-06T10:57:42Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/17187TID:201602555porMartins, Carlos Manuel Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:32:53Zoai:ria.ua.pt:10773/17187Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:52:22.987585Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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