A análise do impacto da prematuridade na vinculação mãe-bebé

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Maria Inês Sengo
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/48464
Resumo: A evidência científica, sugere desde há largas décadas o quanto as relações estabelecidas com os cuidadores e a construção de um vínculo seguro, são modelos fundamentais sobre os quais o ser humano cresce, que adquirem uma significância crescente ao longo do ciclo de vida, servindo como base do desenvolvimento psicossocial da criança. É também amplamente estudado o quanto a prematuridade é um fator potencialmente capaz de impactar inúmeras áreas da vida não só da família, mas maioritariamente da mãe, trazendo por vezes dificuldades na criação da relação mãe-bebé. Fatores impactantes no sistema familiar e, principalmente, na vivência materna do nascimento do seu/sua filho/a prematuro, podem ser facilitadores ou não da criação de um vínculo seguro entre a díade. Desta forma, foi efetuado um estudo qualitativo exploratório acerca das perceções maternas sobre a prematuridade e as fases que se seguem após o nascimento do bebé prematuro. Foram conduzidas quatro entrevistas individuais, semiestruturadas, analisadas através de um procedimento de análise temática e de conteúdo (Bardin, 2009). Como resultados obtidos, é possível dividi-los em dois grupos, essenciais na fase da análise e discussão dos resultados: uma experiência materna manifestamente mais positiva, uma experiência que não se enquadra no extremo positivo ou negativo, e duas experiências onde os sentimentos negativos foram frequentemente mais relatados, e por isso analisados e discutidos, em comparação. Mães que relatam menor perceção de autoeficácia, défice entre a expectativa face aos cuidados prestados versus cuidados prestados, privação de contacto com o bebé, mais sentimentos de culpa face ao parto prematuro, percecionam, de modo geral, maior dificuldade no processamento da experiência da prematuridade, podendo ser um sinal de alerta para a construção de um vínculo seguro.
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