Determinantes do Controlo Pessoal da Parturiente

• Autor(a) principal: Sim-Sim, Margarida
• Data de Publicação: 2012
• Outros Autores: Barros, Maria da Luz, Duarte, Carla, Grilo, Rita, Duarte, Ana
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/6887
• topic: Dor,; Parto,; Saúde Materna,; Enfermagem

O controlo durante o trabalho de parto é fundamental para que a experiência de parto decorra com os melhores resultados para a mãe e a criança. Partindo de um modelo de autoeficácia, identificaram-se numa amostra da parturientes da região algarvia, os melhores preditores do controlo pessoal Objetivos: Descrever a perceção de controlo pessoal da mulher em Trabalho de Parto; Identificar os preditores do grau de controlo da mulher durante o trabalho de parto Metodologia: Estudo quantitativo, transversal. Amostra de conveniência de 120 mulheres. Aplicou-se questionário de auto-preenchimento. Variáveis socio-demográficas, caraterização obstétrica, escalas LAS e BANSILQ. Aspetos éticos respeitados; Permissão de autores das escalas foi concedida. Resultados: Das 10 variáveis manifestas, a mais valorizada é “senti que estava com pessoas que se preocupavam comigo”, onde 87 (73.1%) participantes registam a categoria “quase todo o tempo”. As correlações entre a variável latente [LAS] e manifestas, são mais elevadas, nos indicadores “senti-me confiante” (r=.770; N=105; p=.000), “senti-me controlada” (r=.711; N=105; p=.000). Considerando as 82 mulheres que tiveram parto por via baixa, através de uma regressão linear, utilizando o método Stepwise, observou-se que no subgrupo das 23 parturientes que tinham feito Preparação psicoprofilática para o parto, a variável que melhor prediz o grau de controlo no trabalho de parto [LAS], é o nível de informação recebida pelas enfermeiras durante o trabalho de parto (p=.033), com um nível de explicação de 16.1%. No subgrupo das 41 parturientes que não fizeram PPP, a melhor preditora do controlo no TP é o apoio emocional oferecido pelas enfermeiras durante o trabalho de parto, explicando 9.4% (R2Aj=.094). Conclusões: O controlo pessoal durante o trabalho de parto possui múltiplos factores. As parturientes possuem uma perceção elevada do seu controlo durante o trabalho de parto. Sendo diversa a história e as características pessoais e também a preparação da mulher, assim será o tipo de apoio que valoriza e necessita. Independentemente da PPP, são colocados em segundo plano a intensidade da dor à entrada do hospital e nas contrações expulsivas, a idade, o tempo de TP, a robustez da criança e o recurso a Epidural, em favor da informação e apoio durante o trabalho de parto.