Infecção por streptococo do grupo B antes e após a aplicação do rastreio materno universal. A experiência do Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Trás-os--Montes e Alto Douro
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
DOI: | 10.25754/pjp.2012.2352 |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2012.2352 |
Resumo: | Introdução: O Streptococcus β hemolítico do grupo B (SGB) é considerado o agente de infecção bacteriana perinatal precoce mais frequente. No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto - Douro (CHTMAD), as indicações desenvolvidas pela Secção de Neonatologia (2004) foram implementadas de forma universal a partir do segundo trimestre (2.ºT) de 2006. Objectivos: Determinar a incidência de infecção por SGB na Unidade de Cuidados Especiais ao Recém-Nascido (UCERN) do CHTMAD e descrever os recém-nascidos (RNs) internados e os seus casos. Métodos: Revisão casuística por análise dos processos clínicos dos RNs internados na UCERN por infecção por SGB entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2010. Resultados: Vinte e três recém-nascidos (1,28 ‰) foram admitidos na UCERN, quinze até ao 2ºT de 2006 e oito após esta data. A infecção foi precoce em 83% dos casos. Dos oito internamentos após o 2ºT de 2006, o estado portador materno foi conhecido em seis (em dois não foi realizado por prematuridade - 26 e 32 semanas); em três dos quatro casos com indicação foram administrados antibióticos profiláticos periparto. A manifestação clínica mais encontrada foi a dificuldade respiratória. O SGB foi isolado na hemocultura em 21 dos casos; em dois destes foi detectado também na cultura de líquido cefalorraquidiano. A terapêutica com ampicilina e gentamicina foi a mais usada. Ocorreram dois óbitos. Conclusões: A incidência de infecção neonatal por SGB encontra-se dentro dos valores descritos em outras séries. Após o segundo trimestre de 2006, com a introdução do rastreio universal, assistiu-se a diminuição da incidência de infecção por SGB (0,91‰ versus 1,64‰). |
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Infecção por streptococo do grupo B antes e após a aplicação do rastreio materno universal. A experiência do Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Trás-os--Montes e Alto DouroSéries de casosIntrodução: O Streptococcus β hemolítico do grupo B (SGB) é considerado o agente de infecção bacteriana perinatal precoce mais frequente. No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto - Douro (CHTMAD), as indicações desenvolvidas pela Secção de Neonatologia (2004) foram implementadas de forma universal a partir do segundo trimestre (2.ºT) de 2006. Objectivos: Determinar a incidência de infecção por SGB na Unidade de Cuidados Especiais ao Recém-Nascido (UCERN) do CHTMAD e descrever os recém-nascidos (RNs) internados e os seus casos. Métodos: Revisão casuística por análise dos processos clínicos dos RNs internados na UCERN por infecção por SGB entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2010. Resultados: Vinte e três recém-nascidos (1,28 ‰) foram admitidos na UCERN, quinze até ao 2ºT de 2006 e oito após esta data. A infecção foi precoce em 83% dos casos. Dos oito internamentos após o 2ºT de 2006, o estado portador materno foi conhecido em seis (em dois não foi realizado por prematuridade - 26 e 32 semanas); em três dos quatro casos com indicação foram administrados antibióticos profiláticos periparto. A manifestação clínica mais encontrada foi a dificuldade respiratória. O SGB foi isolado na hemocultura em 21 dos casos; em dois destes foi detectado também na cultura de líquido cefalorraquidiano. A terapêutica com ampicilina e gentamicina foi a mais usada. Ocorreram dois óbitos. Conclusões: A incidência de infecção neonatal por SGB encontra-se dentro dos valores descritos em outras séries. Após o segundo trimestre de 2006, com a introdução do rastreio universal, assistiu-se a diminuição da incidência de infecção por SGB (0,91‰ versus 1,64‰).Sociedade Portuguesa de Pediatria2013-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2012.2352por2184-44532184-3333Silva e Sá, AidaFraga, José CarlosCosta, Ana MargaridaPereira, AntónioSoares, IsabelGaspar, Euricoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T15:07:42Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/2352Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T15:07:42Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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