A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Diogo de Barros Pereira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11110/1888
Resumo: O desenvolvimento do turismo baseado na comunidade local tornou-se uma ferramenta importante para a gestão sustentável do destino. Trabalhar com pessoas, e não apenas para as pessoas, deve ser o lema de qualquer estratégia de desenvolvimento turístico. Os residentes são importantes stakeholders da atividade turística pois podem influenciar o processo de desenvolvimento do destino. Por esse motivo, é fundamental conhecer as perceções e as atitudes dos residentes face aos impactos gerados pelo turismo. Por outro lado, a interação que ocorre entre residentes e visitantes também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do turismo no destino. O turismo relaciona-se com ócio e descanso, mas está a desnaturalizar-se e a converter-se numa ameaça para a vida quotidiana, conforto e tranquilidade dos residentes dos centros mais procurados pelos turistas. Os residentes já não aceitam os turistas e passam a hostilizá-los, uma vez que destroem o seu meio ambiente natural, agridem a sua cultura, impedem a sua participação nas atividades e a frequência a lugares que lhes pertencem. Isso faz parte de um fenómeno a que chamamos de turismofobia, que é generalizado quando o equilíbrio ou a capacidade de carga de um destino é planeado deficientemente. O fenómeno da turismofobia está diretamente relacionado com o aumento de práticas insustentáveis do turismo de massas e é explicado por uma manifestação de mal-estar social contra a pressão turística que pode privar uma comunidade e marginalizar os residentes. O principal objetivo do estudo é identificar os impactos do turismo percecionados pela comunidade local relativamente ao desenvolvimento do turismo na cidade do Porto, e explorar a relação estabelecida entre residentes e visitantes. Os questionários foram aplicados em 2019 aos residentes locais, a fim de avaliar a perceção dos impactos positivos e negativos do turismo na cidade, bem como a interação que a comunidade local tende a manter com os turistas e de que maneira essa relação influencia o turismo, a sua atividade e o valor da experiência turística. O estudo permite concluir que os inquiridos que vivem no centro da cidade e que não estão ligados ao setor do Turismo, Comércio e Serviços tendem a percecionar os impactos negativos do setor ou associam os benefícios deste desenvolvimento em menor grau, traduzindo-se em atitudes desfavoráveis que poderão colocar em causa a satisfação dos turistas e a consequente fidelização do destino. Os resultados deste estudo são uma fonte valiosa de informação para minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos do turismo na cidade do Porto, bem como para os agentes turísticos dos destinos.
id RCAP_5bff8c3592d31cf52328df1e7865b547
oai_identifier_str oai:ciencipca.ipca.pt:11110/1888
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTOImpactos do turismoperceçõesPortoresidentesO desenvolvimento do turismo baseado na comunidade local tornou-se uma ferramenta importante para a gestão sustentável do destino. Trabalhar com pessoas, e não apenas para as pessoas, deve ser o lema de qualquer estratégia de desenvolvimento turístico. Os residentes são importantes stakeholders da atividade turística pois podem influenciar o processo de desenvolvimento do destino. Por esse motivo, é fundamental conhecer as perceções e as atitudes dos residentes face aos impactos gerados pelo turismo. Por outro lado, a interação que ocorre entre residentes e visitantes também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do turismo no destino. O turismo relaciona-se com ócio e descanso, mas está a desnaturalizar-se e a converter-se numa ameaça para a vida quotidiana, conforto e tranquilidade dos residentes dos centros mais procurados pelos turistas. Os residentes já não aceitam os turistas e passam a hostilizá-los, uma vez que destroem o seu meio ambiente natural, agridem a sua cultura, impedem a sua participação nas atividades e a frequência a lugares que lhes pertencem. Isso faz parte de um fenómeno a que chamamos de turismofobia, que é generalizado quando o equilíbrio ou a capacidade de carga de um destino é planeado deficientemente. O fenómeno da turismofobia está diretamente relacionado com o aumento de práticas insustentáveis do turismo de massas e é explicado por uma manifestação de mal-estar social contra a pressão turística que pode privar uma comunidade e marginalizar os residentes. O principal objetivo do estudo é identificar os impactos do turismo percecionados pela comunidade local relativamente ao desenvolvimento do turismo na cidade do Porto, e explorar a relação estabelecida entre residentes e visitantes. Os questionários foram aplicados em 2019 aos residentes locais, a fim de avaliar a perceção dos impactos positivos e negativos do turismo na cidade, bem como a interação que a comunidade local tende a manter com os turistas e de que maneira essa relação influencia o turismo, a sua atividade e o valor da experiência turística. O estudo permite concluir que os inquiridos que vivem no centro da cidade e que não estão ligados ao setor do Turismo, Comércio e Serviços tendem a percecionar os impactos negativos do setor ou associam os benefícios deste desenvolvimento em menor grau, traduzindo-se em atitudes desfavoráveis que poderão colocar em causa a satisfação dos turistas e a consequente fidelização do destino. Os resultados deste estudo são uma fonte valiosa de informação para minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos do turismo na cidade do Porto, bem como para os agentes turísticos dos destinos.2020-03-13T13:39:18Z2020-03-13T13:39:18Z2020-03-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/11110/1888oai:ciencipca.ipca.pt:11110/1888porhttp://hdl.handle.net/11110/1888202456420Cardoso, Diogo de Barros Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T12:53:12Zoai:ciencipca.ipca.pt:11110/1888Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:02:11.118567Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
title A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
spellingShingle A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
Cardoso, Diogo de Barros Pereira
Impactos do turismo
perceções
Porto
residentes
title_short A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
title_full A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
title_fullStr A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
title_full_unstemmed A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
title_sort A RELAÇÃO RESIDENTE-VISITANTE E O FENÓMENO DA TURISMOFOBIA O CASO DO PORTO
author Cardoso, Diogo de Barros Pereira
author_facet Cardoso, Diogo de Barros Pereira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardoso, Diogo de Barros Pereira
dc.subject.por.fl_str_mv Impactos do turismo
perceções
Porto
residentes
topic Impactos do turismo
perceções
Porto
residentes
description O desenvolvimento do turismo baseado na comunidade local tornou-se uma ferramenta importante para a gestão sustentável do destino. Trabalhar com pessoas, e não apenas para as pessoas, deve ser o lema de qualquer estratégia de desenvolvimento turístico. Os residentes são importantes stakeholders da atividade turística pois podem influenciar o processo de desenvolvimento do destino. Por esse motivo, é fundamental conhecer as perceções e as atitudes dos residentes face aos impactos gerados pelo turismo. Por outro lado, a interação que ocorre entre residentes e visitantes também desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do turismo no destino. O turismo relaciona-se com ócio e descanso, mas está a desnaturalizar-se e a converter-se numa ameaça para a vida quotidiana, conforto e tranquilidade dos residentes dos centros mais procurados pelos turistas. Os residentes já não aceitam os turistas e passam a hostilizá-los, uma vez que destroem o seu meio ambiente natural, agridem a sua cultura, impedem a sua participação nas atividades e a frequência a lugares que lhes pertencem. Isso faz parte de um fenómeno a que chamamos de turismofobia, que é generalizado quando o equilíbrio ou a capacidade de carga de um destino é planeado deficientemente. O fenómeno da turismofobia está diretamente relacionado com o aumento de práticas insustentáveis do turismo de massas e é explicado por uma manifestação de mal-estar social contra a pressão turística que pode privar uma comunidade e marginalizar os residentes. O principal objetivo do estudo é identificar os impactos do turismo percecionados pela comunidade local relativamente ao desenvolvimento do turismo na cidade do Porto, e explorar a relação estabelecida entre residentes e visitantes. Os questionários foram aplicados em 2019 aos residentes locais, a fim de avaliar a perceção dos impactos positivos e negativos do turismo na cidade, bem como a interação que a comunidade local tende a manter com os turistas e de que maneira essa relação influencia o turismo, a sua atividade e o valor da experiência turística. O estudo permite concluir que os inquiridos que vivem no centro da cidade e que não estão ligados ao setor do Turismo, Comércio e Serviços tendem a percecionar os impactos negativos do setor ou associam os benefícios deste desenvolvimento em menor grau, traduzindo-se em atitudes desfavoráveis que poderão colocar em causa a satisfação dos turistas e a consequente fidelização do destino. Os resultados deste estudo são uma fonte valiosa de informação para minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos do turismo na cidade do Porto, bem como para os agentes turísticos dos destinos.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-03-13T13:39:18Z
2020-03-13T13:39:18Z
2020-03-13T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11110/1888
oai:ciencipca.ipca.pt:11110/1888
url http://hdl.handle.net/11110/1888
identifier_str_mv oai:ciencipca.ipca.pt:11110/1888
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11110/1888
202456420
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799129892274569216