Ajustamento psicológico de adultos portugueses à pandemia por COVID-19: O papel da inflexibilidade psicológica e da centralidade do acontecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Beatriz da Silva
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11328/3615
Resumo: A pandemia por COVID-19 trouxe consequências negativas a vários níveis, principalmente na saúde mental dos indíviduos. Alguns dos fatores que podem influenciar a sintomatologia decorrente da pandemia são a centralidade que esse acontecimento assumiu na história de vida do indivíduo, assim como, a inflexibilidade psicológica. Este estudo tem como principal objetivo analisar a sintomatologia psicopatológica numa amostra da comunidade em período de pandemia. Especificamente, pretendeu-se avaliar o papel da inflexibilidade psicológica enquanto preditor da sintomatologia, e o papel moderador da centralidade do acontecimento na relação entre estas duas variáveis. A amostra foi constituída por 175 participantes. A sintomatologia depressiva e ansiosa revelou-se mais elevada, principalmente nos indivíduos com menor suporte social. As mulheres apresentaram níveis significativamente mais elevados de sintomatologia depressiva. A inflexibilidade psicológica prevê a sintomatologia ansiosa, independentemente da centralidade do acontecimento, mas apenas prediz a sintomatologia depressiva quando a pandemia assume uma elevada centralidade. Quanto à sintomatologia somática, quanto menor for a centralidade do acontecimento, maior será o impacto da inflexibilidade psicológica na somatização. Estes resultados, reforçam a necessidade de intervenção na sintomatologia psicopatológica, principalmente nos indivíduos que poderão estar em maior risco. A intervenção mais adequada deverá atender à redução da centralidade do evento e à promoção da flexibilidade psicológica.
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